segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A Internet É O Novo Capeta, Diz Bento XVI

O que dizer de uma instituição milenar que promoveu guerras e genocídios, decretou milhares de penas de morte e faturou bilhões e bilhões nas mais diversas moedas usando como justificativa a existência de um deus, um deus, aliás, da qual ela seria uma representante legal na Terra, um deus que não existe ? O que dizer do compromisso dessa instituição com a verdade, instituição que vende (caro) um produto que não entrega, um produto irreal? Nenhum compromisso, é óbvio, uma vez que ela, a Igreja, comercializa uma mentira.
Pois é justamente o chefão dessa máfia que se diz preocupado com a verdade. Segundo o Papa Bento XVI, a internet pode substituir a verdade pelas opiniões, o argumento mais convicente assumiria o papel da verdade. E não é isso a verdade? A mentira que é melhor, ou antes, contada? Quem mente antes, ou melhor, diz a verdade.
A preocupação do Papa não é com a verdade, conceito tão irreal e mutável quanto o deus que ele agencia. A preocupação do sumo pontífice é com o enfraquecimento da verdade da igreja. O medo do fiho da puta é perder (sei lá por que ele ainda considera que o detém) o monopólio da verdade, perder o monopólio de deus. O medo é ter que repartir a verdade e, consequentemente, os dividendos advindos dela.
No discurso, o Papa "pede aos jovens "bom uso" das redes sociais, que estas não sejam um instrumento para reduzir as pessoas a categorias, que tenta manipulá-las emotivamente e que permite aos poderosos monopolizar as opiniões dos demais".
Reduzir as pessoas à categorias (crentes ou hereges), manipulá-las emocionalmente (sobrecarregá-las de culpa e chantageá-las com o Inferno) e monopolizar opiniões (existe um só deus, o meu; e deixá-las submissas para uso dos poderosos). É a internet que faz isso? Para mim, isso é muito mais a cartilha da igreja católica.
O medo do Papa é ter de repartir a verdade, repartir o pão. Pão que, diga-se de passagem, Cristo só repartia porque não era ele quem o fazia ou comprava. Bon vivant, cheio de lábia, tremendo 171 que era, Cristo contava suas historinhas pro povo e ganhava comida e bebida nas tavernas, uma espécie de couvert artístico, aí era fácil repartir. Fosse ele plantar o trigo, moer para a farinha, fazer a massa e cozer, duvido que repartisse fácil assim, judeu que também era.
Que se fodam o Papa e o Cristo (esse já se fodeu).

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Não É Carnaval, Mas É Madrugada (4)

Bloco Da Solidão
(Evaldo Gouveia)
Angústia,
solidão,
um triste adeus em cada mão,
lá vai meu bloco, vai,
só desse jeito
é que ele sai,
na frente, sigo eu,
levo o estandarte
de um amor
O amor que se perdeu,
no carnaval,
lá vai meu bloco
e lá vou eu, também,
mais uma vez,
sem ter ninguém,
no sábado, domingo,
segunda e terça-feira,
e quarta-feira vem
e o ano inteiro
é todo assim,
por isso, quando eu passar
batam palmas prá mim.

Aplaudam quem sorriu

trazendo lágrimas no olhar,
merece uma homenagem,
quem tem forças prá cantar
tão grande é minha dor,
pede passagem
quando sai comigo só, 

lá vai meu bloco, vai.
Larará, larará, ...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Kid Abelha, E Por Que Não?

Não deixe de cruzar
O seu olhar com o meu...

Lei Maria Da Penha Protege Viado, No RS

Parece piada pronta.
É que em Rio Pardo (RS), a 144 km de Porto Alegre, o juiz Osmar de Aguiar Pacheco resolveu aplicar a Lei Maria da Penha para salvaguardar uma bichona que se diz ameaçada por seu ex-macho. O juiz entendeu que embora a lei tenha como objetivo original a proteção das mulheres, ela pode ser estendida para casos envolvendo "homens", desde que um dos lados esteja vulnerável, enfraquecido, "passivo" de ser vitimado.
Depois dizem que eu falo demais, mas a coisa tá perdendo o senso, a noção, as estribeiras. Que se mude, então, o nome da lei ao menos. Lei João da Penha, João da Pica, sei lá.
Daqui a pouco, a bicharada vai até conseguir dispensa do dia de serviço alegando TPM e desconforto do climatério e menopausa. É muita bagunça. É muita falta de vergonha na cara.
Fonte : Folha de São Paulo

Prova Sobre o Tráfico Visava Debate...Sei, Sei.

O rudimento de uma prática educacional (as verdadeiras) é a apresentação inicial de seu objetivo. Antes de mais nada, o aluno precisa saber a que se propõe a atividade, qual a intenção daquela aula.
Chovo no molhado porque o tal professor de Santos (SP), aquele que fez a avaliação de matemática focando a contabilidade do tráfico de drogas, está tentando se safar dizendo que tal aberração tinha um objetivo : promover o debate sobre as drogas. Alguém acredita nele? Óbvio que, orientado por algum rábula, o nobre mestre está é tirando o dele da seringa. Será que antes de entregar a abjeta prova, ele comunicou aos alunos do objetivo que alega agora? Duvido. Quero estar errado, mas duvido. Ele quis ser "legal", "falar a linguagem do aluno", como pregam os peidagogos, ser engraçadinho, brincar com coisa séria. Mas se esqueceu de que ainda existem alunos decentes, que estão ali para tentar aprender - são poucos, mas ainda os há. E foi aí que ele se estrepou. Merecidamente.
Porém demos um voto de confiança ao educador, aceitemos que ele realmente teve a intenção de promover um debate. Ele é professor de matemática, certo? Que capacitação profissional ele tem para debater o assunto drogas? Nenhuma. O máximo que ele poderia expor aos alunos, seria sua vivência pessoal do assunto, o máximo que ele poderia oferecer, seria uma "aula" sobre senso comum, sobre "achaísmo". O que não é (não deveria ser) o papel da escola, a escola deve transmitir aos alunos informações com o mínimo de rigor científico, seja de que assunto for.
O assunto drogas poderia muito bem ser dividido entre : a) professores de química, que informariam sobre a natureza das moléculas de cada droga, do mecanismo pelo qual elas se ligam aos receptores cerebrais, que é o mecanismo do próprio vício; b) professores de biologia, que informariam dos danos e disfunções corporais acarretados pelo uso das drogas; c) professores de sociologia, que discutiriam (esses, sim, com propriedade) o papel das drogas nas sociedades. Ainda poderiam compor melhor o quadro, médicos, psicólogos, policiais, mas a escola não conta com esses profissionais em suas folhas de pagamento. 
Professor de matemática? Não tem nada que cheirar nesse assunto.
O mais provável é que ele se livre e volte para a sala de aula, o Estado não pode se dar ao luxo de perder alguém que trabalhe por salário tão baixo, a falta de professores é crassa.
Mas me dou ao direito de me imaginar num país sério, numa Noruega, por exemplo : apologia ao crime e às drogas ilegais, é crime?
Então, puna-se!!!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Os Necessários Podres Poderes

Em sua letra de "Podres Poderes", Caetano Veloso pergunta :
Será que nunca faremos
Senão confirmar
A incompetência
Da América católica
Que sempre precisará
De ridículos tiranos?
A resposta é SIM, certo povos e culturas sempre precisarão de tiranos, ditadores, déspotas, rígidos pais que os conduzam. Inteligentíssimo que é, Caetano também sabia a resposta.
Alguns povos e países nunca chegarão à idade adulta, à sua fase responsável, nunca decidirão pelos ditames de suas vidas, nunca saberão andar pelas próprias pernas. E não é porque foram dominados ou oprimidos por regimes totalitários, não : é porque ser adulto e independente dá trabalho, decidir os próprios rumos e assumir os erros ao longo desse aprendizado é extremamente trabalhoso. É mais fácil e cômodo deixar que nos levem pela mão, que tenhamos sempre um Pai a nos guiar; no caso, o Estado representado por um ditador.
A primeira providência para um povo ser verdadeiramente independente é se educar. Estudar é chato, é maçante, é muito trabalho para nada; pergunte a um brasileiro médio e verifique se a resposta obtida será muito diferente do que acabei de dizer. Estudar é árduo. Não é mesmo para qualquer um.
E a tomada de suas próprias decisões, então? É dificílimo arriscar-se sem alguém a lhe mostrar o caminho. Estabelecer suas próprias diretrizes envolve imenso planejamento e raciocínio, cumpri-las, enorme disciplina. Planejamento, raciocínio, disciplina...muito trabalho, de novo. Quero meu pai, gritam esses povos, quero que o Estado seja meu eterno provedor, e os Estados lhes atendem, mas cobram-lhes incondicional obediência, o que é mais que justo.
Certos povos e países - e aqui os latinos e os africanos são campeões - nunca deixarão de ser eternas crianças (no mau sentido), esses povos se manterão infantiloides o resto de suas existências.
Saddam Hussein foi deposto e enforcado, e o Iraque libertado de sua tirania. Voltem lá no Iraque e vejam hoje a situação do povo : muito pior que nos tempos de Saddam. Simplesmente não sabem como equilibrar-se sozinhos; ruim com um ditador, desastroso sem ele.
Passem pelo Egito daqui a uns quatro ou cinco anos. A situação, tenho certeza, estará ainda mais calamitosa, pessoas já farão referências saudosas a Mubarak, afirmarão ao mais novos que aqueles foram bons tempos. E agora querem fazer o mesmo na Líbia, depor Kadhafi.
Povos que não gerenciam os próprios destinos são ingratos, além de preguiçosos são ingratos. Insatisfeitos, têm que encontrar um bode expiatório para sua incapacidade de cuidar da vida, via de regra, seus governantes. Tudo passa a ser culpa do indivíduo centralizador do poder. Ledo e prazenteiro engano. As misérias do Iraque, Egito e Líbia não são de responsabilidade, respectivamente, de Saddam, Mubarak ou Khadafi. É do próprio despreparo e comodismo de seus povos, que permitiram que figuras como essas surgissem e se estabelecessem.
Tais povos são mesmo infantiloides, são como aquelas crianças que, um belo dia, revoltam-se contra os pais, põem mochila às costas e decidem fugir de casa, fazer as próprias regras, não obedecer a mais ninguém. Findos a comida e dinheiro, voltam de mochila murcha para seus confortáveis quartos, veem que não fazem nem para pagar o papel com que limpam o rabo embosteado. Em breve, novos ditadores estarão estabelecidos no Iraque, no Egito e na Líbia, se Khadafi cair. Por que vocês acham que os EUA mantém tropas de paz no Iraque? Justamente para isso, para que o povo, de automático, não ponha outro ditador no lugar daquele a quem os EUA tiveram tanto trabalho para depor.
Conosco, brasileiros, não é diferente, embora possa parecer. Vivemos sob uma ditadura até hoje. Somos obrigados a nos alistar no exército, somos obrigados a votar, para exercer nosso direito de ir e vir temos que pagar pedágio, somos obrigados a responder ao CENSO (tentei não respondê-lo, de pronto, o fiscal do IBGE sacou uma cópia da lei que me obrigaria a fornecer dados pessoais ao Estado), como professor sou obrigado a aprovar alunos analfabetos porque o Estado estabeleceu um plano de metas, não posso mais definir o conteúdo de minha disciplina, tenho que dar a cartilha imposta pelo Governo etc etc.
Sim, Caetano, nós também sempre precisaremos de rídiculos tiranos, estejam eles trajando fardas verde-oliva, macacão de operário ou laquê e botox : sempre necessitaremos deles.
Ser independente, arcar com as consequências das próprias decisões, impor-se como indivíduo, diferenciar-se do rebanho, repito, dá muito trabalho. E, nós, povos colonizados, não temos predisposição ou afeição pela labuta, ou colonizados não teríamos sido. Melhor suportar uma chicotada e um ferro em brasa na bunda de vez em quando.
Minha solidariedade, aqui, por todos os ditadores do mundo, esses incompreendidos.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Barulho II - Uma Raça a Ser De"tunada"

Se alguns subgrupos humanos fossem exterminados, em nada a sua falta seria sentida pelo planeta. Antes pelo contrário, um alívio imediato seria experimentado.
É o caso, a exemplo, nem é deles que quero falar, dos flanelinhas, os tais guardadores de carro. Pústulas, gentinha, estorquidores, achacadores, a ralé. Esses tumores criaram metástases por todos os gânglios da cidade, até nas portas de hospitais e cemitérios, os vagabundos estão. Se alguém me desse uma metralhadora, e me garantisse total impunidade, eu sairia fuzilando, feito o Rambo, essa gentalha, sem culpa, sem remorso.
Outro subgrupo de alta perniciosidade, e é deles que falo hoje, são aqueles furúnculos humanos que dirigem os chamados carros "tunados", veículos guarnecidos de toneladas de caixas de som. E esses filhos das putas não passam durante o dia, é sempre de madrugada, quando o cidadão honesto e trabalhador está tentando descansar. Tudo quanto é tipo de lixo é vomitado das caixas de som, pornografia, apologia às drogas e à violência, sertanejo universitário, música baiana etc etc. De novo, dizem, é a tal diferença cultural, tem de ser tolerada. Por que eles não param em frente aos chiqueiros que têm por casa e botam sua "diferença cultural" para a mãe ouvir?
Os "tunados" são outra raça que eu exterminaria tranquilamente, garantida me fosse a impunidade. E para esses, eu nem queria metralhadora. Mataria-os com minhas próprias mãos, esganados, a dentadas, rasgando a jugular dos filhos das putas, bem Wolverine. Devia haver uma rígida lei que limitasse a potência dos aparelhos de som instalados em veículos automotivos, uma potência mínima, de música de consultório médico, acupunturista. Proibiram fumar em locais fechados pelo incômodo causado a narizes mais sensíveis. Pois a mim, barulho incomoda muito mais que fumaça. E faz mal também. Barulho também é considerado poluição.
Um bom exemplo nesse caminho foi dado pela Câmara Municipal de Fortaleza, ontem, 22/02/11, ao aprovar o projeto de lei que proíbe o funcionamento dos aparelhos de som automotivos, veta a todos, sem distinção quanto à potência. O projeto de lei é do vereador Guilherme Sampaio, líder do PT na Câmara. Os aparelhos em funcionamento serão apreendidos e os donos, indiciados por poluição sonora.
O Marreta malha, mas elogia quando é justo : louvável iniciativa a desse vereador e a aprovação unânime de seu projeto pela Câmara Municipal de Fortaleza.

Barulho I - Comedor de Pipoca Levou Um "Pipoco"

Conforme envelhecemos, perdemos a paciência para quase tudo. Perdemos, na verdade, o encanto pelas coisas, e consequentemente a paciência. Perdi, já há algum tempo, o encanto pelo cinema, pelas salas de cinema, por ir ao cinema.
Uma das razões foi a crescente falta de educação das pessoas. Nas últimas vezes em que estive em uma sala de cinema, senti-me em um ambiente aflitivo, claustrofóbico, até. Uma total falta de compostura e respeito pelo ritual que é (deveria ser) assistir a um filme num cinema. Uma cacofonia generalizada, dessas de deixar a gente tonto, uma balbúrdia sonora pantagruélica. Somem os sons de saúvas depenando uma roseira, de mandruvás desossando um coqueiro, do D. João VI comendo frangos, e ampliem o resultado milhares de vezes. Era isso o que eu ouvia.
Barulhos de pipocas sendo mascadas e, depois, dos sacos de pipoca sendo amassados; o barulho aluminizado das embalagens de salgadinhos; o barulho das bocas falando e comendo ao mesmo tempo, chicletes sendo ruminados; o barulho do celofane das balas; o barulho dos refrigerantes sendo sugados deseducamente, do ar sendo aspirado pelo canudinho quando o refrigerante acabava; o barulho dos celulares sendo ligados e desligados, aquela miríade estroboscópica das luzes das telas dos celulares acendendo e apagando, verdes, azuis, amarelas, uma confusão de fogos-fátuos abandonando os corpos mortos dos aparelhos e de seus usuários. Essa situação se arrastou durante uma boa meia hora do filme começado, só acabou quando as pessoas "resolveram" assistir ao filme, quando lembraram que estavam ali para isso.
Só que em Riga, capital da Letônia, um desses abjetos seres teve o merecido. A justiça foi feita durante a exibição de "Cisne Negro", com a apetitosa Natalie Portman. Um homem de 27 anos já havia advertido outro, de 47 anos, a respeito do barulho que esse fazia ao comer pipoca. Não atendido, não teve dúvidas : passou fogo no triturador de piruá, mandou bala, deu um "pipoco" no comedor de pipoca.
Acho que ainda acontece pouco desses incidentes. Em épocas de tolerância - ao invés de educação -, temos que engolir calados muitas coisas durante o dia, durante a vida. Nada, hoje, é errado. Tudo tem de ser tolerado. Toda diferença, respeitada. O sujeito é uma cavalgadura, mas a falta de educação dele é uma diferença cultural, tem de ser tolerada. O cacete que tem. Chega uma hora em que a tampa da panela de pressão arrebenta.
Se eu fosse o juiz a julgar o caso, absolveria o justiceiro. Daria, a guisa de satisfação para a sociedade, uma pena alternativa ao sujeito, por exemplo, ser lanterninha de cinema por um tanto de horas (sacanagem, eu não cometeria uma maldade dessas).
E já que o pano de fundo foi um cinema, Viva o "Um Dia de Fúria".
"Um Dia de Fúria", direção de Joel Schumaccher.
Com Michael Douglas, o comedor da Catherine Zeta-Jones.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Pequeno Conto Noturno (20)

Samsara se senta na cama, de frente para Rubens, costas apoiadas na parede, nua, pernas cruzadas em "X", braços unidos em círculo a cingir os joelhos, o ar a ventilar suas bastas pilosidades.
- É isso, então?!?! Toda essa merda para isso? - desabafa Samsara, enquanto seca o último gole de uísque, mastiga o gelo a seguir.
Rubens normalmente consegue detectar os dias em que não se deve trepar com Samsara, os dias nos quais ela se torna intragável depois da metida, a revolta de Samsara contra o mundo sempre eclode depois da foda; fosse antes, pensa Rubens, o tesão acumulado a manteria minimamente interessante, mas depois... Depois da foda, homem perde todo o interesse pelo o que a mulher tenha a dizer. Hoje, Rubens não reconheceu os sinais pós-coito em Samsara. Azar. Terá que ver onde a coisa vai dar.
- Para isso, o quê? - pergunta Rubens e dá uma boa calibrada no copo de Samsara com mais uísque, dose tripla, quanto antes a dopar, menor o suplício, pensa ele.
- Décadas, - vocifera Samsara e dá uma boa emborcada - praticamente três décadas de estudo, especialização, aperfeiçoamento, de muitas noites em claro, para chegar nesta estagnação profissional ? Para valer, moral e monetariamente, a mesma coisa que qualquer idiota sem pelo no saco com diploma tirado à distância?
- É a globalização, é a pasteurização, é o pastiche - diz, sem dizer nada, Rubens, querendo generalizar, desviar e fazer morrer o assunto, tentando abrandar Samsara com as técnicas "tá todo mundo na mesma situação que a sua" e "tem gente por aí muito pior que você"; técnicas católicas-cristãs de conformismo, Rubens é ateu, mas amoral o suficiente para se valer das estratégias do inimigo caso seja em benefício próprio.
- Globalização é o caralho! Pastiche é o cacete! - vocifera Samsara, sinalizando claramente o malogro do ardil de Rubens, que suspira em rendição e dá uma entornada.
- Sempre, - prossegue Samsara - sempre, em todos os níveis de escolaridade pelos quais passei, disseram-me acima da média, fizeram-me acreditar que eu era alguém a fazer diferença, que eu tinha um puta potencial, porra. E, agora, eu paro, olho...e aí? Era isso? É assim que acaba?
- As coisas não acabam, - recomeça Rubens, tentando um novo caminho, uma nova tática - mas chega um momento em que elas estacionam, estabilizam, deixam de nos surpreender, entram num intervalo; com uns acontece mais cedo, com outros, mais tarde.
- Pois comigo foi cedíssimo! - brada Samsara.
- Será?
- Certeza! Eu, nós, somos pessoas diferenciadas - e, de novo, Samsara deixa o copo só no gelo, Rubens a reabastece, outra tripla.
- Eu já acho que somos somente pessoas comuns com uma autoimagem imensamente ampliada de nós mesmos, não somos idiotas, mas também não fomos muito além.
- Então tava todo mundo errado? E todos os que sempre afirmaram a minha superioridade ao rebanho? Todas mentiram? - ataca Samsara.
- Dilataram a verdade - contra-ataca Rubens.
- Disseram só pra me agradar? - escudeia-se Samsara.
- Disseram só pra te comer! - touché de Rubens.
Samsara cala momentaneamente. Podia bem ser verdade. Tinha, de fato, terminado em algumas camas dessas pessoas tão elogiosas.
- Aliás, - inicia o arremate Rubens, sentindo o pau dar mostras de nova atividade - olhando para você desse ângulo, parece-me que aquelas suas celulitezinhas desapareceram, aquelas que você tinha no encontro das pernas com a bunda, sua dieta está surtindo efeito.
- Verdade? - anima-se um pouco Samsara.
- Lógico.

Homem Do Bigode Cheiroso

Essa música é da Banda das Velhas Virgens, um caso raríssimo no cenário musical, raro ao quadrado. Primeiro que é um grupo de rock que toca rock; segundo que não tem viadinho no grupo, lá é tudo macho, o Velhas Virgens é uma das pouquíssimas bandas de rock heterossexuais do planeta, eles e o Camisa de Vênus.
Homem do Bigode Cheiroso já é um hino. E viva a heterossexualidade !!!

Homem Do Bigode Cheiroso

(Velhas Virgens - Paulo de Carvalho)
Eita homem do bigode cheiroso!
Eita homem do bigode pra cheirar!
Eita homem do bigode cheiroso!
Vem dá um cheiro e tente adivinhar.

Que cheiro é esse diga lá Geni:

"É o cheiro mais estranho que eu já vi"
Que cheiro é esse diga lá Aretha:
"É tão gostoso isso é coisa do capeta"

Que cheiro é esse, venha cheirar!

Só tem esse cheiro quem já esteve lá
É um jardim de mato preto e chão molhado
Que não se acaba quanto mais eu lavo

Que cheiro é esse diga lá Carlota:

"É um cheirinho que nunca se esgota"
Que cheiro é esse diga lá Zilu:
"É um cheirinho que eu só sinto em tu"

Que cheiro é esse, venha cheirar!

Só tem esse cheiro quem já esteve lá
É um jardim de mato preto e chão molhado
Que não se acaba quanto mais eu lavo

Eita Homem do Bigode Cheiroso

Eita Homem do Bigode Sssssssh
Eita Homem do Bigode Cheiroso
Vem dá um cheiro e tente adivinhar

Que cheiro é esse diga lá Geni:

"Ë um cheiro lá da casa do xixi"
Que cheiro é esse diga lá Aretha:
"É tão gostoso isso é cheiro de boceta"

Que cheiro é esse, venha cheirar!

Só tem esse cheiro quem já esteve lá
É um jardim de mato preto e chão molhado
Que não se acaba quanto mais eu lavo

Eita homem do bigode cheiroso!

Eita homem do bigode pra cheirar!
Eita homem do bigode cheiroso!
Vem dá um cheiro e tente adivinhar.

Que cheiro é esse diga lá Carlota:

"É um cheirinho que vem lá da xoxota"
Que cheiro é esse diga lá Zilu:
"É um cheirinho de pertinho do cu"

Eita Homem do Bigode Cheiroso!

Eita Homem do Bigode pra cheirar!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Livros Do MEC São Vendidos Em Sebos

Iniciei minha vida escolar com 6 anos de idade, em 1973. À boa época, escola era um local de obrigações e responsabilidades antes de tudo.
Tínhamos uniforme, camisa branca de botões e insígnia da escola no bolso, bermuda preta de tergal e sapato preto, e o uniforme era obrigatório, não tinha choro. Aos que , comprovadamente, a aquisição da vestimenta estivesse fora de suas posses, a APM (associação de pais e mestres) prestava auxílio, mas eram poucos os que a ela recorriam, era uma questão de honra o pai prover o uniforme aos filhos.
Material escolar também era obrigatório, inclusive os livros didáticos, ítem mais oneroso do arsenal do aluno, mas igualmente não tinha desculpa : tinha que ter os livros. E os pais se viravam, cada um dava seu jeito, a escola até passava listas de adesão de compra e negociava preços com as editoras, mas todo aluno tinha que ter os livros. A chegada dos livros novos era um acontecimento para nós, folheávamos cuidadosamente cada um deles, curiosos de seu conteúdo e receosos de que o mesmo superasse nossas capacidades de aprendizado, cada série era mais difícil que a outra, havia lendas terríveis sobre a sétima série. Os livros eram zelosamente encapados pelas mães, para que melhor se conservassem - elas sabiam o quanto eles haviam lhes custado - e pudessem, inclusive, ser aproveitados pelos irmãos ou primos menores nos próximos anos.
Há quarenta anos era dificílimo municiar um filho e mantê-lo na escola, e a maioria o fazia. Suava, mas fazia. E logicamente cobrava do filho o bom uso e conservação do material.
Já de algum tempo para cá, os governos dão tudo para os alunos : lápis, cadernos, canetas, borracha, régua, mochilas e livros, todos os livros, e bons livros, das melhores editoras. O resultado desta esmola é mais que prevísivel, quem não trabalha para ter o que tem, não dá o mínimo valor. Pobre é foda, pobre brasileiro, pior ainda. Reclama que não estuda por falta de condições, aí ganha tudo e sabem o que fazem? Quebram as réguas e lápis em brincadeiras idiotas, arrancam folhas em branco dos cadernos para fazer aviõezinhos e bolinhas de papel, detonam os livros, é comum ver livros esquecidos embaixo das carteiras depois de poucos dias de seu recebimento e já em estado de penúria, sem capa, páginas tortas, cheias de orelhas, riscados, um verdadeiro crime. Vejo isso todos os dias, todos os anos.
E a maioria, apesar de tê-los recebido gratuitamente, não os leva para as salas de aula. É comum o professor iniciar uma atividade no livro didático e constatar que, de uma sala de quarenta alunos, apenas uns cinco, oito, dez alunos, estão de posse do livro. Os alunos alegam que o peso dos livros é excessivo, que ficam com dores nas costas de carregá-los. Deviam eram ser chamados às suas verdadeiras vocações e postos a puxar uma carroça pra ver o é uma verdadeira dor nas costas. Meninos e meninas, de dezesseis, dezessete anos, já mortos, cansados, preguiçosos. Alguns até conseguem atestados médicos comprovando sua impossibilidade de carregar o material. Só que para conversar em aula, namorar no pátio e chutar bola a esmo nas aulas de educação física, eles têm uma saúde de aço.
Preguiçosos, a escola atual cria gerações de moloides, com o aval e comodidade de pais idem.
Li, agora, que a Polícia Federal apreendeu na quinta-feira, 17/02/11, cerca de 2.000 livros do Ministério da Educação que eram vendidos em um sebo em Natal (RN). Ou seja, as famílias ganham gratuitamente os livros e os vendem nos sebos da cidade para levantar um troco. Não foi surpresa nenhuma para mim. Eu era frequentador regular de sebos até há uns três, quatro anos e vi muito disso. Todo livro recebido pelo aluno deve ser devolvido à escola no final do ano letivo, mas o controle disso é falho, como todo controle no que é público. E para quem não dá o menor valor à educação e aos livros, como é o caso do grosso de nossa população, qualquer trocado pago pelo dono do sebo é lucro.
Claro que os livros continuarão a ser distribuídos como esmola, há interesses eleitoreiros nisso, mas nenhum governo tinha que dar porra nenhuma de graça, os governos podiam até subsidiar uma parte e cobrar um preço simbólico da cada livro, mas o sujeito tinha que pagar, para dar valor.
Alunos portam celulares de último tipo, desfilam com tênis que custam mais de um salário minímo, as meninas fazem escovas progressivas nos cabelos, fazem tatuagens, colocam piercings etc etc, tudo caríssimo. Já vi mães se revoltarem e comparecerem em mutirão à escola para xingar um professor de português que havia pedido a compra de um livro paradidático, portanto fora do pacote dado pelo governo. Preço do livro : R$ 18,00. Esse povinho nosso, a tribo de Gérson, tinha tudo é que apanhar na cara e passar o dia inteiro com uma pesada enxada nas mãos.
Livros do governo são vendidos em sebos; apartamentos do programa Minha Casa, Minha Vida, avaliados em R$ 15 mil, são vendidos a R$ 500 por seus felizes moradores, que voltam a morar nas favelas de onde saíram; terras ganhas em reforma agrária também são arrendadas ou negociadas das mais diversas maneiras pelos "homens da terra" que as receberam ou as invadiram.
Tudo pode nesse paisinho de merda e de merdas. Tudo é legal na pátria de Gérson. Afinal, o negócio é levar vantagem em tudo, certo?

CARALHO !!!

Definitivamente, parem o mundo que eu quero descer. Tenho uma cultura geral razoavelmente superior aos de minha época, e muito, muito maior à média da geração atual (o que não nada significa ou se configure em algum mérito). O problema é que não deu tempo de eu ganhar dinheiro com esse meu conhecimento, quando da vez de seu uso, o mundo já estava de ponta-cabeça, o conhecimento não valia mais nada. Uma vez que não há o menor rudimento de conhecimento clássico nas novas gerações, a falta dele foi transformada em cultura, cultura pop, merda pop. Esta valorização do nada encontra terreno fértil nas áreas subjetivas, como a arte por exemplo. É absurda a quantidade de lixo exposta nas bienais da vida.
É o caso dum grupo de "artistas" russos que pichou um pênis na ponte sobre o rio Neva, em São Petesburgo, Rússia. Isso mesmo, um pau, uma jeba, um pinto, um pau, um caralho, em terras de antiga KGB. E agora concorrem a um prêmio de inovação organizado pelo Ministério da Cultura do país, no valor de 250 mil rublos, 14 mil reais. E nem é um pinto caprichado, não. Nada de anatomia precisa, dos volumes do caralho, nada das suas imperfeições, relevos, veias saltadas e seus cambiáveis tons de roxo. Nada disso. É menos que uma caricatura de pinto : um canudo com a ponta arredondada e cortada verticalmente por um risco a simular a saída da uretra, parece um daqueles foguetes de desenho animado, e tem 65 metros de altura.
Os membros (olha a piada pronta) do grupo dizem que seu objetivo é "destruir as antigas simbologias repressivas-patriarcais". Claro que é simbologia patriarcal, é um pau, ora porra. Se fosse matriarcal, seria um enorme bucetão.
É triste, muito triste. A Rússia, ex-União Soviética, há não muito tempo, foi celeiro de grandes mentes nas mais diversas áreas. Escritores com Gogol, Gorki, Dostoiévski, Tchekhov, Nabokov, Tolstói, ou cientistas como Mendeleiv (o da tabela periódica), Pavlov, Oparin, George Gamow (simplesmente o cara da hipótese do Big Bang), ou pintores como Marc Cahgall. Esse mesmo país, hoje, dá prêmio para pichadores e para desenhos de pinto. Bons tempos os da Guerra Fria, bons tempos os das prisões na Sibéria; deu liberdade, desgraçou.
Nasci em época errada. Se eu fosse adolescente nos dias atuais, ganharia várias exposições e bienais, e muita grana. Eu e alguns de meus colegas de escola, os que sempre tirávamos as menores notas da turma em educação artística, e não era "pegação" no pé da professora, não sabíamos mesmo desenhar, éramos péssimos.
Eu e minha turma seríamos, hoje, artistas "conceituais" conceituadíssimos, as carteiras de nossa sala de aula estariam expostas à visitação e admiração nas maiores galerias do mundo, Londres, Madri, Berlim, Roma, Nova Iorque. Riscávamos nelas, à caneta, a pincel atômico, até a estilete, vários caralhos, e ficávamos quietos, à espreita do primeiro que sentasse em cima dos pintos. E rolávamos de rir. Hoje, ganharíamos dinheiro. "Nossos" pintos eram praticamente idênticos ao pichado na ponte russa. Era até mais caprichado, o dos russos não têm nem as bolas, nós desenhávamos o saco e as duas pelotas : éramos muito melhores que os russos.
Abaixo cito minha fonte, lá tem a foto do pinto a quem possa interessar; que aqui o blog é espada, não entra desenho de pinto.
Fonte : Meia Hora Online

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Prova De Matemática Simula Contabilidade Do Tráfico De Drogas

Está aí, seus peidagogos de merda! Vocês estão conseguindo, estão prestes a vencer, estão muito perto de obter êxito total em seu objetivo : transformar a escola e a educação numa grande bagunça, na absoluta degradação do ensino. Vejam o que vocês e suas teorias de limitar a escola ao "cotidiano" do aluno estão fazendo, seus filhos de putas.
Em Santos, litoral paulista, um professor da rede estadual realizou uma avaliação diagnóstica direcionada a alunos de 14 anos. Um parênteses : essa tal de avaliação diagnóstica é mais uma das excrescências criadas pelos peidagogos, eu nunca faço essa merda. Seguindo, o dedicado mestre seguiu à risca os cânones da peidagogia e levou o cotidiano para a sua sala de aula : os seis problemas propostos abordavam a fabricação de cocaína e o lucro com a sua venda, o consumo de crack, a venda de heroína “batizada” e o dinheiro recebido por um assassinato encomendado.Cotidianíssimo. Os peidagogos devem estar orgulhosos de seus discípulos.
O mestre levou azar porque uma aluna não entendeu as perguntas e levou a prova para casa, foi pedir ajuda dos pais. Surreal? Não, é o cotidiano! O cotidiano das escolas, lotadas cada vez mais deste tipo de traste a empunhar o sagrado giz, tomadas por estes idiotas, sem valores, sem moral nenhuma, crias, eles próprios, da libertinagem pedagógica através da qual foram "educados".
A Secretaria Estadual de Educação afastou o professor e diz que o caso vai ser investigado? Afastou? Se o cara for professor efetivo, tem que exonerar o pulha. Investigar o quê? A prova dada aos alunos é a prova do crime. Provavelmente, ele vai alegar que foi uma brincadeira. Ele que vá brincar assim lá com os filhos dele, se é que os tem. Tem que pôr o estrupício no olho da rua.
Vejam as questões :
1) Zaroio tem um fuzil AK-47 com carregador de 80 balas. Em cada rajada ele gasta 13 balas. Quantas rajadas poder disparar?
2) Biroska comprou 10 gramas de coca pura que misturou com bicarbonato na proporo de 4 partes de p para 6 de bicarbonato. A seguir, vendeu 6 gramas desta mistura ao Cascudo por R$ 150 e 16 gramas ao Chinfra por R$ 40 a grama. Então:
a) Quem que comprou mais barato? Cascudo ou Chinfra?
b) Quantos gramas de mistura o Biroska preparou?
c) Quanto de cocana contm essa mistura?
3) Jamanta comprou 200 gramas de herona que pretende revender com um lucro de 20% graas ao “batismo” com p de giz. Qual a quantidade de giz que ele ter que colocar?
4) Rojo cafeto na Praa Mau e tem 3 prostitutas que trabalham para ele. Cada uma cobra R$ 35, dos quais R$ 20 so entregues a Rojo. Quantos clientes ter que atender cada prostituta para poder comprar a sua dose diria de crack no valor de R$ 150?
5) Chaveta recebe R$ 500 por cada BMW roubado, R$ 125 por carro japons e R$ 250 por 4X4. Como j puxou 2 BMW e 3 4X4, quantos carros japoneses ter que roubar para receber R$ 2.000?
6) Pipoco est na priso por assassinato pelo qual recebeu o equivalente a R$ 5.000. A mulher dele gasta R$ 50,00 por ms. Quanto dinheiro vai restar quando Pipoco sair da priso daqui a 4 anos?

Satisfeitos, canalhada da peidagogia? Tenho certeza de que sim.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Festas Bunga-Bunga

Nem em nossos mais licenciosos sonhos, nós, reles e pobres mortais, conseguimos conceber a cena, nem nos damos à liberdade de, nunca irá acontecer mesmo conosco : dezenas de mulheres, dos mais sortidos países e nacionalidades, escolhidas a dedo nas agências mais caras do mundo, só a nata da bucetaiada. Nuas. Todas nuas e dançando loucamente num frenesi de feromônios. Todas se esfregando, se roçando, boca com boca, boca com peito, peito com bunda, bunda com boca, boca com xota, peito com xota, peito com peito, bunda com bunda, bunda com xota, xota com xota... uma depravação só, uma verdadeira loucura.
No centro de todo esse ritual, um sultão dos tempos atuais, um homem agraciado, abençoado, um iluminado, um cara que nasceu com o pau pra Lua. Quem? Ora, quem? Berlusconi! Silvio Berlusconi. Essas festas, das quais Berlusconi era o idealizador, organizador e único beneficiário, ficaram conhecidas como festas bunga-bunga.
Quem conta tudo isso é a biscate Ruby, de acordo com ela, eram jantares promovidos por Berlusconi, após os quais todo mundo descia para o subsolo e lá a coisa pegava, rolava a bunga-bunga. Ruby diz que tinha a sensação de que as mulheres competiam entre si para fazer com que Berlusconi as notasse, com performances sexuais cada vez mais ousadas.
Depois da exibição, 5 ou 6 delas eram escolhidas por Berlusconi e o acompanhavam a um aposento reservado, onde se revezavam na vara do premiê. Berlusconi teria tido a ideia para as suas festas bunga-bunga numa visita que fez a seu amigo, o ditador líbio Muammar Khadafi, que mantém um harém à sua disposição.
A virgem Ruby conta ainda que só cedeu à proposta de Berlusconi para que participasse da bunga-bunga na segunda tentativa do italiano, mas com uma condição : ela dançaria vestida, segundo a donzela, ela era a única vestida no meio da putaria toda. Puta que o pariu!!!! Tem puta que é muito cara de pau!!! Ela diz que ficava só olhando e servindo umas bebidinhas aos participantes. Tem que apanhar na cara, essa moça, e nunca mais conseguir um pau pagante na vida.
As festas bunga-bunga eram verdadeiros festivais gastronômicos de peitões e peitinhos, bucetões e bucetinhas, jilozões e jilozinhos, um menu para macho nenhum botar defeito. Eram também um evento artístico, um incentivo à dança, Berlusconi é um autêntico mecenas. Berlusconi é um dos últimos mananciais de macheza do mundo, um dos últimos reservatórios da verdadeira virilidade humana, Berlusconi é o que todo macho era antes do viado virar moda, Berlusconi é um avatar do vigor masculino, Berlusconi é um elemental da eterna paudurescência.
E querem condenar esse homem? Pelo quê?
Ora, deixemos de coisa e cuidemos da vida.

UM E OUTRO

Os trajetos opostos de Um e Outro cruzavam-se em todos os chamados dias úteis da semana, por volta das 6 horas da manhã.
Um : roupas por passar, cabelo por aparar, tênis por trocar, barba por fazer, bolsa cáqui a tiracolo, sugerindo o exercer de uma atividade de cunho cerebral, ou a mimese desta, e uma assídua lata de cerveja na mão.
Outro : camisa e calça sociais bem passadas e engomadas, cinto a imitar couro com inicial do nome na fivela, sapatos comprados em saldões de grandes magazines, não obstante honestos e lustrados, um crachá plastificado no peito, pendendo de uma fita azul feito uma medalha ou condecoração, sugerindo atividade relacionada a vendas, talvez gerente de alguma loja de crediários, vista a presença de uma gravata de crochê.
Um mal olhava para o Outro, Um mal olhava para qualquer pessoa; Outro sempre olhava para Um, na procura, pensou Um inicialmente, de um daqueles cumprimentos a meneios de cabeça, uma mímica de bom-dia, Um não gosta de bom-dia, boa-tarde ou boa-noite.
Percebeu, depois, Um, o que em si tanto atraía o olhar incomodado de Outro, era a lata de cerveja em sua mão; Outro fazia sabe-se lá que juízos de valor sobre Um, o que pouco se lhe dava, Um cagava e andava para Outro, e bebia sua cerveja, Um respondia assim a todas as chateações do mundo, tomava sua cerveja.
Um dia, ainda escuro, já que época de horário de verão, Outro interceptou os passos de Um :
- Você não tem vergonha ? - interpelou Outro.
- De quê ? - foi a resposta-pergunta de Um.
- De já, logo cedo, estar aí com esta lata de cerveja na mão ? - prosseguiu Outro, com voz de conquistador barato, Outro era vendedor, com toda a certeza, concluiu Um.
- E você ? Também não tem vergonha ? - retrucou Um.
- Eu ?!?!? Vergonha de quê ? - proferiu Outro, muito mais um desafio que uma pergunta, um desafio lançado a Um para que fosse apontada nele, Outro, uma única imperfeição, desafio que Outro estava certo de vencer, seguro da sobriedade e correção de sua postura e trajar.
Um respondeu-lhe :
- Não tem vergonha de já, logo cedo, estar aí com este crachá no peito?

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Fidel castro Pede Que Intelectuais Salvem o Planeta

Tem gente que não sabe a hora de morrer, ou de ficar calado. Não é o caso de Fidel Castro, ele nem deveria ter nascido.
Há muito tempo tomado pela senilidade e demência, ele volta à cena e reúne intelectuais cubanos e de outras nacionalidades, especialmente escritores, filósofos e historiadores, para clamar pela salvação do planeta. Rárarárárárrárá´!!!! A reunião aconteceu durante a Feira Internacional do Livro de Havana, e Fidel acredita que estes estudiosos possam dissuadir os políticos a tomarem novos rumos em suas gestões, caminhos mais saudáveis para o planeta.
Que boa piada! Escritor, filósofo, historiador, sociólogo, antropólogo etc etc só são de valia para uma conversa de boteco, de nada sabem da prática, do funcionamento real do mundo. Este pessoal mudar o mundo, pois sim. Foram justamente tais intelectuais que botaram o mundo nesta merda.
Fidel, por quem nunca nutri nenhuma simpatia, com seus paredões de fuzilamento, já fez muito mais pelo bem do planeta que todos os intelectuais do mundo reunidos.
Queremos, nós, humanos, realmente salvar o planeta? Simples : sumamos dele.
E bem podíamos começar por Fidel e estes intelectuais humanistas.

Acarajé Comanda Inflação Nacional

Quem tem por volta de seus 40 anos e frequenta supermercados regulamente, deve estar com uma pequena sensação de desconforto, uma ligeira apreensão, uma incipiente temeridade causada pela alta geral dos preços, receio este desencadeado por uma espécie de deja vu, lembranças de uma época de inflação galopante e não tão distante assim. Finais da década de 70 a meados da de 80, a inflação atingia fácil os 20% mensais, chegando a bater nos absurdos 80% mensais em 1985, quando não houve outro jeito : foram cortados três zeros da moeda, trocado seu nome para cruzado e congelados os preços, uma solução de desespero, um paliativo, foi a era dos Fiscais do Sarney e das tabelas da SUNAB. A verdadeira estabilidade da moeda nacional só foi conseguida a partir de 1994 com o Plano Real, no primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, estabilidade passada de mão beijada para Lula e que, parece-me, Dilma começa pôr a perder.
Foi uma época braba, os produtos tinham seus preços reajustados várias vezes numa mesma semana, e atingia todos os setores, alimentos, transportes, remédios, educação, eletrônicos, vestuário.
Colecionador de gibis que era na época, lembro que a Editora Abril desistiu de imprimir o preço na capa das revistas, substituiu-o por um código, A1, C3, Z7 etc, o jornaleiro recebia uma tabela dos códigos com os correspondentes valores em cruzados e essa tabela era trocada quinzenalmente. A impressão que tínhamos era a de que deixaram a coisa correr frouxo e quando deram pelo estrago, já não havia muito o que fazer, a inflação dessa época foi feito aquele tumor que só é descoberto depois de agigantado e metastatizado.
Parece que a inflação está a espreguiçar, a querer sair de sua hibernação. Mas desta vez será diferente, desta vez o mal será diagnosticado em seus estágios iniciais, tratado, extirpado e extinto. Aliás, já foi diagnosticado! Para nosso alívio, o grande responsável pela renascente inflação acaba de ser desmascarado e exposto. O detonador dessa nova onda inflacionária é o acarajé, tombado e tornado patrimônio nacional por Gilberto Gil, então ministro da cultura, em 2004.
A alta do feijão-fradinho fez o acarajé disparar : de R$ 2,50 para R$ 4,50 no período de um ano, uma alta de 80%. Basta agora matar a inflação no ninho : subsídios governamentais para o feijão-fradinho, que o acarajé é produto de primeira necessidade.
O baiano está alarmado, só em Salvador são mais de 3000 baianas de acarajé. Baiana de acarajé? Será que cada baiana se especializa numa iguaria? O turista chega no tabuleiro da baiana, pede um acarajé e é informado que aquela é uma baiana de vatapá, ou de cocada, ou de quindim, a de acarajé atende no quarteirão de cima. Baiano é foda. Tem até associações e sindicato das baianas de acarajé. Se em sindicato de bancário, de metalúrgico, de professor, ninguém trabalha, imagina só no sindicato do acarajé.
Resolvam logo o problema inflacionário do acarajé, membros da equipe econômica. Subiu o acarajé, subirão todos os outros preços, todos na carona deste inestimável patrimônio cultural brasileiro. Só pergunto uma coisa : o que a cerveja nossa de cada dia, já tão inflacionada, tem a ver com isso?
É como sempre digo : puta que o pariu !!!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Epidemia De Dengue Em Ribeirão Preto

Ribeirão Preto registrou 29 mil e tantos casos de dengue em 2010, número que superou a somatória das ocorrências da doença entre 2000 e 2009. E esse ano, já dá ares de ser pior : o número de internações pela dengue é maior que em 2010, considerados os meses de janeiro e fevereiro.
A reação imediata é botar a culpa no poder público, atitude praticamente instintiva, que, em maior ou menor grau, é inequívoca : o poder público sempre tem alguma culpa. É verdade que há muitos logradouros públicos negligenciados em sua limpeza pela Prefeitura, e que se tornam efetivos focos do mosquito, sobretudo praças e terrenos baldios. Também há tempos que não vejo os caminhões aspersores de veneno, o famoso fumacê, passando pelas ruas; o poder público tem, sim, sua parcela de culpa.
Porém, no caso da dengue, acredito que a maior parcela de culpa pela epidemia seja do povo, a falta de educação da população. O número de focos do Aedes em residências é absurdamente maior que em locais de responsabilidade da Prefeitura. O ribeirão-pretano é mal-educado em todos os aspectos. Sou ribeirão-pretano e digo isso com propriedade, ele é mal-educado no trânsito, no supermercado, na fila do banco, no ônibus, no estacionamento do shopping, nas ruas, em sua própria casa.
E não é por falta de programas de educação e conscientização que Ribeirão Preto é um dos campeões nacionais da dengue, não mesmo. Cartazes alertando para o perigo da doença, bem como as medidas para previni-la, estão espalhados por toda a cidade, falta é vergonha na cara do ribeirão-pretano. A falta de educação é indistinta de classes sociais, assim como os focos da dengue. O mosquito encontra "simpatizantes" desde a favela até os mais luxuosos condomínios fechados, ele nada tranquilamente no pneu velho e na piscina aquecida, ele é VIP no pagode da periferia e no vernissage da alta roda, ele come churrasquinho de gato nos botecos da esquina e filé ao molho madeira nos jantares beneficientes do Rotary e Lions (aqui em ribeirão, todo buffet serve a porra do molho madeira), não há preconceito econômico ou social contra ele, ele se esbalda por toda a cidade, por todos os bairros, em iguais proporções.
Pensando melhor, talvez a maior parte da culpa seja mesmo da Prefeitura, se não a culpa total. A Prefeitura é culpada em ser conivente com a falta de educação da população, a Prefeitura é culpada por não decretar multas substanciais ao indivíduo que alimente um foco de Aedes em sua residência ou estabelecimento comercial.
Educar só no blá-blá-blá, só no gogó, não funciona conosco, brasileiros. Nem sei se funciona com outros povos; conosco, definitivamente não. Povo mal-educado só se "conscientiza" quando é lesado em seu bolso.
Epidemia de dengue se combate com multa pesada aos amigos do mosquito.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sexo Em Marte É Prejudicial À Saúde

Certos segmentos da ciência não se cansam de me surpreender com seus excelentes serviços de utilidade pública.
O alerta dos cientistas vai agora para os que pretendem fazer uma viagenzinha a Marte, nosso vizinho vermelho. O assunto em questão é tratado de maneira muito séria pela NASA, agência espacial estadunidense : sexo no espaço, uma rapidinha em Marte.
O precioso estudo foi publicado no "Journal of Cosmology" e é de autoria do biofísico especializado em radiação Tore Straume, do Centro de Pesquisa de Ames, que pertence à Nasa. O catedrático é categórico : fazer sexo em Marte é prejudicial à saúde. Os riscos seriam por conta da exposição à radiação presente no espaço. Mas será que os cosmonautas vão ficar pelados, amarrarem-se naqueles cabos externos da naves e ir meter lá fora, no espaço sideral, flutando, vendo a Terra girar?
É só meter dentro da nave, ora porra! Tenho certeza de que a única "utilidade" desse estudo é a a imposição do politicamente correto norte-americano até no espaço. É só pra não deixar a espaçonave virar putaria, uma maneira de conter os desejos sexuais dos tripulantes que passam meses no espaço. O estadunidense quer fincar sua bandeira e sua moral troncha na Via Láctea inteira.
O estudo garante que a radiação espacial é capaz de aniquilar as células somáticas. No treinamento dos astronautas, orienta o comandante : se tirar o pau pra fora, no espaço, ele vai murchar, vai ser torrado pelos raios cósmicos; se liberar a buceta fora da órbita da terra, tentáculos verdes nascerão nela.
Agradeço aqui, publicamente, o alerta desses abnegados cientistas. Eu e minha mulher estávamos pensando em incluir Marte como parte do roteiro turístico de nossas próximas férias, faríamos uma pequena escala por lá, ouvimos dizer que é um local tranquilo, pacato, com pouca gente, sem barulho, ideal para quem tem filhos pequenos. Mas sem trepar? Sair em férias e não dar uma trepadinha?
Amanhã mesmo mudo meu pacote turístico.
Fonte : Folha - Ciência

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Piquenique Gay e Gays Sem-Teto

É brincadeira. E das de mau-gosto.
Ninguém, absolutamente, tem o direito de discriminar, ofender ou lesar a outro por conta de suas preferências, sejam elas religiosas, sexuais ou de time de futebol. Isso é inadmissível!
Em contrapartida, não é por isso que temos que aceitar passivamente todo e qualquer desvio como algo normal, até louvável, digno de medalha e inveja. Não mesmo! Desvio é desvio. Respeitado seja, mas glorificado, não.
Sejamos objetivos : a espécie humana é dióica, ou seja, possui dois sexos e eles se encontram separados em indivíduos diferentes, para a óbvia complementação de um pelo outro. A heterossexualidade é o normal biológico da espécie. Qualquer outra orientação, longe de ser doença ou pura safadeza, é um desvio. E ponto.
Parece que os meios de comunicação estão a serviço da extinção da espécie humana, pois, repletos de gays que são, vêm tentando impor à sociedade o modo de vida gay. A mídia, gay em sua maioria, vem se esmerando em empurrar os valores gays a todos, numa modalidade de ditadura. Ditadura, sim. Há a tentativa da instauração de uma ditadura gay. De uma tacada só, li dois exemplos disso hoje.
Ontem, aconteceu um piquenique gay no Parque do Ibirapuera. E daí? E o Brasil com isso? Quantas e quantas pessoas não fazem seus piqueniques no Ibirapuera todos os fins de semana? E por que só o da viadada vira notícia? Pra dizer que ser viado é bonito! Pra incentivar essa meninada que está vindo por aí a soltar a rosca! Não tem outra explicação!
Por que ninguém noticia o piquenique de uma família normal, ou o piquenique dos funcionários de uma empresa, ou o dos amigos do bairro, ou o dos ciclistas, ou o dos garis, ou o dos bancários, ou o dos professores, ou o dos motoboys, ou o dos condutores de metrô, ou o dos qualquer outra porra?
A reportagem diz que era um evento aberto (óbvio), todos levaram algo para comer e beber e dividiram com todos. Dizem que só deu salsicha, linguiça, salame, mandioca, cenoura e pepino nas toalhas do piquenique, ops, PICAnique.
A outra reportagem trata dos gays sem-teto. Puta que o pariu!!! Sério que eu nunca tinha pensado nisso, e olha que penso muitos absurdos, mendigo gay é foda. Esse tá fudido mesmo. Agora, a reclamação dos caras é que, para poderem dormir em albergues, eles têm que se vestir de homem. E vejam as figuras, o Josué quer ser chamado de Kelly (por causa da princesa Grace Kelly), o Leandro quer ser chamado de Ludimila, e o Joaquim, de Giovanna Antonelli. Rárárárárá! É brincadeira. Só pode ser. O cara tá de sacanagem.
Imagina só, o mendigo chega no CETREM, cagado, famélico, maltrapilho, cheio de fungo, uma carcaça humana, enfim, no pau do urubu, e ainda exige : "eu só durmo nesse pulgueiro, só tomo a bosta dessa sopa, se me chamar de Giovanna Antonelli. Rárárárá. E a cara de desgosto do atendente do albergue? O cara tá lá, de madrugada, com o sacão na lua, não vendo a hora de chegar em casa, e ainda tem que aguentar desaforo de mendigo baitola. Até os mendigos gays estão querendo privilégios. Só pode ser "pegadinha".
O pior é a lei de um país se preocupar com isso. Porque, pra terminar com chave de ouro, com chave de bosta, na verdade, no próximo recenseamento será incluída uma nova pergunta aos moradores de rua, sua orientação sexual.
Não dá. Definitivamente, não dá.
Fonte : Folha1, Folha2

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Passa A Vara Nelas, Berlusconi

A perseguição de certas alas femininas da Itália ao premiê Silvio Berlusconi já está se tornando abusiva. Essas mal-amadas - e que são muitas - prometem agora fazer uma marcha anti-Berlusconi e levar seu protesto a mais de cem cidades italianas.
O manifesto, assinado por cerca de 50 mil mulheres, denuncia "a representação indecente e repetida da mulher como objeto nu de comércio sexual nos jornais, na televisão e na publicidade".
Que palhaçada!!! Que coisa mais anos 60, dá até pra sentir o cheiro de sutiã pegando fogo. E eu já disse aqui, a única coisa que a mulher consegue queimando o sutiã, é que os peitos caiam antes da hora.
Então, a briga desse bando de italianas sem um pau duro em casa não é com Berlusconi. O protesto delas devia ser contra todo o mercado de consumo mundial que se vale das imagens das "coitadinhas" das mulheres, das vítimas, das pobrezinhas. Se o Berlusconi paga pra comer as putas deles, o faz dentro de sua casa, em sua intimidade; um comercial de cerveja que mostra a mulher pelada, a está prostituindo em rede nacional, mundial, até.
Por que essas italianas não vão brigar contra as agências de publicidade, ou contra seus próprios maridos que compram a cerveja anunciada pela boazuda?
É muita falta do que fazer dessa mulherada. Mas o mundo está assim hoje. Todo mundo defende a puta! Essa moça até podia ser menor de idade quando deu pro Berlusconi, mas já tinha mais hora de cama que urubu de voo. Essas moças são contratadas em agências para desfilarem nas festas das altas rodas empresariais e políticas, onde elas se oferecem aos convidados. As manifestantes italianas deviam, então, brigar contra essas agências de acompanhantes e contra uma série de agências de modelos.
O Berlusconi é só o usuário, porra!!! O cara é viciado em buceta!!! Mas ele não é o traficante da mercadoria.
Essa mulherada devia era ficar em casa, fazendo pizza, macarrão e pegando na brachola do maridão. O movimento é liderado por artistas e intelectuais italianas, o que já explica grande parte da revolta. Quem aqui conhece intelectual gostosa? Via de regra, intelectuais, além de extremamente chatas e gostarem de filmes iranianos, são uns tremendos bagulhos, uns jaburus de marca maior, que ninguém quer comer.
Berlusconi, faça uma forcinha, um sacrifício : mande viagra goela abaixo, feche os olhos, pense na Ruby e mande a vara nessas manifestantes!!!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O Chico é Foda, Definitivamente

Eu não conhecia essa música do Chico, Soneto, nem sei se ele a gravou, acabei de escutá-la , nesse exato momento, na voz de Cida Moreyra, em seu LP Cida Moreyra Canta Chico Buarque, de 1991.
Segue a letra abaixo e se alguém se interessar em baixar o disco da moça, é só clicar aqui, no meu poderoso Marretão


SONETO
(Chico Buarque
Por que me descobriste no abandono
Com que tortura me arrancaste um beijo
Por que me incendiaste de desejo
Quando eu estava bem, morta de sono


Com que mentira abriste meu segredo
De que romance antigo me roubaste
Com que raio de luz me iluminaste
Quando eu estava bem, morta de medo


Por que não me deixaste adormecida
E me indicaste o mar, com que navio
E me deixaste só, com que saída


Por que desceste ao meu porão sombrio
Com que direito me ensinaste a vida
Quando eu estava bem, morta de frio.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

É O Carnaval Do Tiririca

Campeão nas urnas do pleito de 2010, Tiririca também já é recordista de vendas e encomendas de máscaras para o Carnaval 2011.
Ao custo de R$ 7,00 a unidade, a grotesca figura do palhaço está esgotada nas lojas da capital paulista. E "falsificações" já começam a ser vendidas na rua 25 de Março.
Eu até usaria uma dessa, mas é que já encomendei a minha do Silvio Berlusconi.
 É O CARNAVAL DO ABESTADO !!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Confissão no iPhone, ou iPadre, ou Absolvição à Distância

Puta que o pariu!!!! O Papa nunca foi tão pop.
O Vaticano deu sua "benção" a um novo aplicativo para o iPhone. É o programa Confissão, desenvolvido pela Little iApps, com a ajuda de vários padres, segundo a empresa. O aplicativo guia os usuários através do sacramento da confissão e permite que o fiel mantenha um registro de seus pecados. Permite, ainda, que os internautas de Cristo façam um exame de consciência e, através do resultado obtido no Confissão, decidam sobre a necessidade de procurar um sacerdote, ou não.
Pelo que entendi, o programa é um tipo de diagnosticador de pecados, o fiel entra no programa, segue seu fluxograma e o vai alimentando com dados, seus deslizes, no caso, suas escorregadelas, suas puladas de cerca. No fim, o programa deve fornecer uma espécie de pontuação dos pecados do penitente, feito aqueles testes de revistas femininas, os quais, saliento, conheço só de ouvir falar, en passant. Acima de uma certa pontuação, o sujeito é orientado, por Cristo na tela de cristal líquido, a procurar um padre e se confessar.
Patrick Leinen, um dos desenvolvedores do programa, diz que o intento é convidar os católicos a se envolverem digitalmente com sua fé, seja lá o que isso signifique. Ele, contudo, apenas reproduz as palavras de Bento XVI, que vem estimulando os católicos a usarem a comunicação digital e mostrarem-se presentes online. Será que deus, em sua onipresença, também se encontra no mundo virtual, no cyberespaço? Isso bem que explicaria um filho da puta de um vírus que eu não consigo arrancar do meu computador.
O programa tem custo de US$ 1,99, aproximados R$ 3,30. Pergunta : quanto será que o Vaticano está levando na venda de cada aplicativo? O Papa já estuda a possibilidade de uma atualização do Pai Nosso, de uma adequação aos novos tempos. Sai o "pão nosso de cada dia" e entra o "iphone nosso de cada dia", que os padeiros não estão se propondo a pagar o reajuste da renovação do contrato pedido pelo Papa.
Contudo o Papa é categórico e ortodoxo, mais tradicional que o último pingo de mijo ser da cueca. Ele adverte que o programa não substitui o sacerdote de carne e osso, ele é apenas um norteador, os padres deverão continuar a ser procurados para ministrar a penitência e absolvição. Esse programa está sendo lançado após de declarações de Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, de que a prática das confissões está em baixa entre os católicos. Será que os padres tem de atingir uma cota de confissões por dia, semana ou mês? Será que a padraiada ganha comissão por cada confissão? Tem que atingir uma meta confessional?
Nem precisava o Papa dizer, é claro que o programa não substitui o padre presencial. Afinal, quem é que ia passar a vara na beata e fazer um chupetinha no menino?
Fonte : BBC -Brasil

Professores Batem À Porta Dos Alunos, Interior Paulista

É uma espécie de culpa inconsciente : toda pessoa incompetente na função para a qual foi contratada, e de onde extrai seu soldo, tende a ser "boazinha" em seu ambiente de trabalho. Todo mundo conhece o tipo, é aquela pessoa que ajuda a todos, está sempre pronta a fazer favores, sempre disponível a ajudar os outros em suas obrigações, e ainda diz que isso é "vestir a camisa". Incompetente ajuda todo mundo, e faz serviço que não é seu para que a ineficiência em sua função específica passe despercebida, ou, ao menos, seja relevada.
Desconfio que seja esse o caso desse grupo de professores de Altinópolis, interior paulista. Eles se dispuseram a visitar - invadir, na minha opinião - as casas dos alunos, depois de seus expedientes, a partir das 18 horas. O suposto objetivo é aproximar a família da escola, e são feitas 10 perguntas aos pais, religião e renda, entre elas.
Isso é serviço de professor? De alguém que se digne em usar o nome "professor"? Nem sei de quem seria esse serviço. Assistentes sociais, psicólogos, pesquisador do IBGE, fiscais do Sarney, Gestapo, sei lá. Só sei que de professor não pode ser.
Conheço professores de todos os tipos, e os que são bons, os que dão aula de maneira séria, os que controlam suas salas de aula, não se submetem a fazer serviços fora de suas atribuições. E esses serviços nos chegam diariamente, serviço de secretaria, serviço de coordenação etc, todo mundo apelando e se valendo da vocação de missionário do professor. Não conheço um bom professor que não recuse o que não é de sua atribuição. Em contrapartida, a maioria fica esfuziante quando surge uma chance de "colaborar" com o colega, pois sabe que, enquanto estiver fazendo isso, não precisará dar conta de sua real função.
Não tenham dúvidas, o muito "solidário" ao trabalho do outro, quer, na verdade, esconder os defeitos do próprio. E se há exceções, desconheço uma única que seja para lhes dar como exemplo.
E mais : os abnegados mestres nem receberão a mais para realizar a pesquisa. Tá certo. Não tem que pagar nada mesmo. Idiota tem que se fuder. Idiota já se sente recompensado em ser "útil" para a sua comunidade.
Uma sugestão a esses professores : aproveitem que estão nas casas do alunos e, finda a pesquisa, ajudem as mães a fazer a janta, a dar banho nos filhos pequenos, deem uma varridinha na casa, passem uma roupinha, ponham as crianças para dormir. E até, quem sabe, se a dona de casa estiver com dor de cabeça, socorram o maridão.
Sou professor e tenho cada vez mais vergonha da submissão e da subserviência da chamada classe professoral. Antes, eu me indignava quando diziam que a culpa da precariedade da escola era nossa. Hoje, não me revolta mais. A culpa é nossa, mesmo.
Fonte : Folha de São Paulo.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

1984

O chumbo ameaça novamente nossas cabeças
E é tempo de cupins alados.
Protegemo-nos em nossas torres de barro
Fagocitados por nossas próprias edificações.
Tomamos nosso café, fraco e amargo,
Pensando em caramelada cerveja preta.
Espumamos de hidrofobia
Em nossas coleiras de grilhões invisíveis
(atados pescoço a pescoço)
E por isso mesmo impossíveis de romper.
Fodemos pra passar o tempo,
Só pra ver se o pau ainda sobe,
Se o gozo ainda nos dá 15minutos de falso afeto.
Nossos guarda-chuvas estão abertos na sala
E os pernilongos vomitam seu zumbido
E sua menstruação contaminada em nós.
Parte de nosso suor nos embosteia,
Outra escorre e alaga nosso chão,
E a maior, evapora,
Criando uma atmosfera de neblina grudenta em nossos pulmões.
Fodemos de novo.
Não por desejo,
E sim para manter estabelecida e clara
A relação de domínio e jugo :
Como gladiadores que mal se conhecem
Mas sabem que um irá causar a morte do outro.
Há um carnaval de pratos sujos
Berrando na pia onde urinamos
Por medo de despencarmos no abismo
Que germinou no espelho do nosso banheiro.
Gritos, que imigram de regiões mais frias,
Nessa época do ano,
Para a nossa caldeira constante,
Batem nas janelas querendo fazer ninhos em nossos labirintos.
O correio tenta,
Afugentado pelos latidos de nossas mágoas,
Passar angústias envelopadas por debaixo de nossa soleira
E testemunhas de Jeová e vendedoras da Avon
Estragam nosso almoço de domingo.
Fodemos de novo.
Não para provar nossa estima,
Cada gozo infligido ao outro
É uma amostra de poder pessoal,
Um castigo por termos que viver juntos.
A comida se reproduz, cresce,
Se decompõe e cria Poltergeisters em nossa geladeira.
Nossa própria pele, macilenta e emborrachada,
Nos serve de sustento,
Numa competição desleal com os ácaros do gênero Klingon.
O rádio toca Belchior,
Pombas brancas comem restos de carne podre
E pelancas rejeitadas pelos açougues
E em seguida defecam zoonoses nos parapeitos de nossas memórias.
Fodemos de novo.
Não pra criar vida,
Mas sim para zombar e aviltar a mesma.
Nos colidimos e esfolamos como duas pedras de sílex
Ou gravetos secos pirógenos.
Inflamamos,
Desperdiçamos e maldizemos nossos gametas
Abortando-os e lambuzando com eles a cara de Deus.
Subo pelo cabo de aço
Do elevador caído em nossos intestinos
E me isolo em meu sótão de dimensão paralela.
Abro minhas clarabóias
E aguardo a enxurrada de ópio
Que fertilizará o massapé de meus neurônios
Nessa cela solitária que é meu próprio crânio:
Sou uma tênia de mim mesmo.