domingo, 31 de julho de 2022

Sei Não Se Votarei em Ciro Gomes

O cabra da peste Ciro Gomes, o Cangaciro ou, ainda, Dercírio Gomes, como acho, se não me falha a velha memória, que o pessoal do Casseta e Planeta o chamava, fazendo alusão ao fato do presidenciável ser tão desbocado e muitas vezes boca suja quanto Dercy Gonçalves, está a soltar a sua verborragia giratória contra Lula e o  PT e contra Bolsonaro.
Votei nele nas duas últimas eleições e pretendo/pretendia repetir meu voto nessa que se avizinha. Mas fora o meu desânimo e descrédito em relação a tudo, Ciro Gomes andou falando umas besteiras por aí.
Na sexta-feira (29/07), durante um evento na Universidade de Brasília, Ciro Gomes cuspiu fogo inimigo pra tudo quanto foi lado.
Falou que Lula é o "grande corruptor da vida brasileira". Tudo certo, até aí. Também que gabinete do ódio não é exclusividade, muito menos invenção, dos apoiadores do Mito : "o comportamento da militância do “gabinete de ódio do PT e do Lula é um dos mais fascistas e execráveis do Brasil”, e ainda, "o ambiente de lacração, de cancelamento, de grosseria, de violência política, não é só o Bolsonaro que promove". De novo, confere. E é só lembrar de quem foi vítima da facada.
Seguiu : "Lula fica posando de bonzinho, mas a canalhice, a falta de respeito, a falta de escrúpulo, os insultos, as agressões, as mentiras que ele promove no Brasil são tão graves quanto aquelas que Bolsonaro promove". Beleza.
Mas, feito o personagem Sandoval Quaresma, da Escolinha do Professor Raimundo, quando Ciro Gomes estava para tirar aquela nota 10, cagou no saco. Disse que Lula, ao contrário de Bolsonaro, é uma boa pessoa, mas que se corrompeu : "que ele [Lula] é uma boa pessoa, eu não tenho a menor dúvida. Porque o Bolsonaro não é uma boa pessoa. Agora, o Lula se corrompeu, é um grande corrupto e um grande corruptor da vida brasileira, e o grande responsável por essa tragédia que o Brasil está vivendo".
Aí, Ciro Gomes revelou a uma das faces mais execráveis da esquerda, a de justificar a falta de caráter, a canalhice, a bandidagem, jogando a responsabilidade no meio, na sociedade. Não só de justificar, de usá-la também como um atenuante para o comportamento criminoso.
Fica parecendo que Lula, nordestino pobre, homem puro do sertão, uma alma simplória mas honesta, foi corrompido pelo sistema político em que se meteu. É a mesma balela do bom selvagem do tal do Rousseau. O homem é bom, mas a sociedade o corrompe. O caralho. Se Lula fosse uma pessoa boa, não teria se corrompido. E o bom selvagem do esquerdista marxista é o proletário. O proletário, o coitadinho, o explorado.
Não aguento e não posso aceitar mais esse tipo de conversa. Não posso. Sei muito bem do que o tal coitadinho, do que o tal oprimido é capaz. Sofro com isso todos os dias.
Ciro Gomes ter dito que Lula é uma boa pessoa, demonstrar um laivo de simpatia, quiçá de admiração enrustida pelo Sapo Barbudo, pode ter tirado o meu voto dele.
Anulei meu voto para Presidente em 1998, 2002, 2006 e 2010, só voltando a votar em alguém em 2014, na eleição que deu o segundo mandato à Dilma Rousseff, e o quarto a Lula. E, depois, também em 2018.
Cada vez mais estou inclinado em votar nulo de novo, em retomar o comportamento que tive no passado. Ganhe quem ganhe, o que sei é que continuarei na mesma merda de sempre, continuarei tendo que trabalhar (trabalho desde o 16, nunca fiquei desempregado por mais de 2 meses desde então), um trabalho desvalorizado monetária e moralmente e sabendo que terei ainda cinco anos a mais do que pensei para me aposentar. Terei que continuar a pagar altas contas e altos impostos sem nunca receber nenhum serviço público que preste de volta. 
Sei que para mim, ganhe quem ganhe, nada mudará. Afinal, eu não sou um coitadinho, não sou um oprimido, não sou um excluidinho, uma vitiminha do sistema. Afinal, eu nunca cavei minhas próprias oportunidades, né? Sou um privilegiado, sempre bateram à minha porta me oferecendo trabalho, faculdade etc, não é isso? 
Ganhe quem ganhe, continuarei a trabalhar para que meus impostos continuem a pagar as eternas e intermináveis "dívidas históricas" deste país de merda e de merdas, a pôr comida na boquinha de uma legião cada vez maior de encostados e de improdutivos, de parasitas sociais. Incluso nela, os próprios políticos.

sábado, 30 de julho de 2022

Sustentabilidade é o Cacete !

Até o quinto ano da vida escolar do meu filho (a antiga 4ª série do primário), estudei com ele para todas as suas provas mensais e bimestrais. Todas. Absolutamente todas.
Considerei importante, durante esse período, ensiná-lo a estudar. A preparar o ambiente de estudo, organizar o material a ser utilizado, aprender a fazer um bom resumo do assunto, entender o que há para ser entendido, decorar o que precisa ser decorado, enfim, a ter um mínimo de ordem, método e disciplina.
Do sexto ano em diante (hoje, ele está no sétimo), deixei-o por "conta própria". Chutei-o para fora do ninho, para ver como ele se saía voando com as asas que eu treinei. Em primeiro lugar, porque tenho muito menos tempo hoje em dia para estudar com ele; em segundo, porque só de tocar num livro didático começo a dar sinais de angústia, de ansiedade e de aflição (sim, sou professor, e sei que estou com sérios problemas); em terceiro, porque ele precisa estabelecer o seu ritmo próprio, o seu modo de estudar.
Longe do meu domínio (mas ainda sob minha atenta vigilância), e como era de se esperar, suas notas caíram um tanto, ainda que, no geral, ele venha se saindo a contento. Uma puxada de rédea aqui e acolá, de vez em quando, é necessária, mas tem se saído a contento.
Gostei bastante desses anos em que estudei com ele (acho mesmo que gostei mais do que ele). De certa forma, foram proveitosos também para mim. Relembrei de fatos da História do Brasil - dos tempos do Descobrimento, do Império, dos engenhos, dos bandeirantes, dos jesuítas etc. De conceitos da geografia física - elementos do relevo, tipos de solo, paralelos e meridianos, continentes e oceanos, corpos celestes e sistema solar.
Até mesmo aprendi coisas novas. Assuntos que, na minha época de grupo, nem se cogitava em falar, nem existiam; sobretudo em Ciências.
Aprendi, por exemplo, sobre os 3 Rs da sustentabilidade. Hoje, poucos anos depois, vi que esses Rs se multiplicaram mais do que sequência de filme ruim de Hollywood, chegando já aos 8 Rs, mas me aterei aos três originais.
Claro que eu sei que essa história de sustentabilidade é balela das grossas. Não existe - e não há como existir - nenhuma atividade econômica humana totalmente sustentável, que não parasite algum recurso natural do planeta e o devolva na forma de lixo. Mas, como diziam antigamente, aprender, ainda que falácias brabas feito essa, não ocupa espaço.
Os 3 Rs : repensar, reciclar e reutilizar.
Repensar consiste no ato de ponderar sobre se, de fato, necessita-se comprar um certo produto, ou mais do mesmo produto, repensar foca na redução do consumo. Um "R", vê-se logo de cara, fadado ao fracasso. Repensar implica em que, primeiro, alguém tenha pensado algum dia; o que mostra que o planeta está mesmo encalacrado.
Reciclar talvez seja o mais conhecido dos 3 Rs. Basicamente é transformar uma embalagem já produzida a partir da transformação de recursos naturais, de novo, na mesma embalagem, evitando, assim, um maior sequestro de recursos para a sua confecção. É transformar lata de alumínio em uma nova lata de alumínio (ao invés de extrair mais bauxita), garrafa de vidro em nova garrafa de vidro (ao invés de extrair mais areia, silicatos etc).
Reutilizar, o 3º R e o motivo dessa postagem, fundamenta-se  em dar novos usos a uma embalagem, diferentes propósitos e destinações daqueles para o qual ela foi originalmente concebida. Por exemplo, um pote de sorvete, ao invés de ser descartado ao meio ambiente, onde levará um porrilhão de anos para ser degradado, pode ser reutilizado como, sei lá, um vaso para plantas. A outro exemplo, uma lata de tinta pode ser reaproveitada como, digamos, um vaso para plantas. Uma caneca que rachou ou que teve a borda lascada pode ser redirecionada para ser, quem sabe, um vaso para plantas. De onde se vê que, a depender de minha criatividade de reuso, o planeta está mesmo fodido. Ou virará um jardinzinho até que bem legal.
E todo mundo está a praticar os 3 Rs da sustentabilidade. Agronegócio, indústria, comércio, prestação de serviços. Todo mundo fazendo o papel de bom moço e fingindo preocupação com a Mãe Terra em troca de umas boas isenções de impostos.
Porém, algumas vezes, certas ações isoladas, individuais e anônimas se mostram muito mais inovadoras e criativas - e, por que não dizer, mais eficazes? - que as dos grandes setores  da economia.
Iniciativas pessoais que mereceriam uma condecoração internacional, uma medalha de honra ao mérito da sustentabilidade e das metas do milênio concedida pela ONU.
Feito a do iraniano de 50 anos, casado, cuja identidade não foi revelada, e que deu às garrafas PETs, um dos tipos de embalagem de mais difícil reciclagem, um reuso inusitado e revolucionário.
Depois de três dias a suportar estoicamente fortes dores abdominais, foi levado a um hospital pela esposa, a quem disse o tempo todo que seu sofrimento vinha de uma terrível constipação, um clássico caso de merda empedrada.
Porém, no hospital, uma tomografia revelou o segredo escondido pelo iraniano. Bem escondido...
O iraniano estava com uma garrafa PET enfiada no cu. Transformou a garrafa num consolo, num vibrador, numa rola não biodegradável!!!
Valha-me Santo Aiatolá Khomeini !!!!
Isso é que é amor pelo planeta e pelo meio ambiente! Isso que é sacrificar-se pelo bem das futuras gerações!
Durante a consulta, o iraniano não entregou a rapadura, não fez nenhuma referência à garrafa entalada no toba.
"Por causa do seu constrangimento e do medo de sua esposa, ele não forneceu nenhum histórico da presença de um objeto estranho no reto e chegou tarde ao pronto-socorro", escreveram os médicos que relataram o caso na revista Clinical Case Reports.
O fundo da garrafa, de 250 ml, já estava a adentrar o cólon, o famoso intestino grosso, e a boquinha da garrafa, que escapou da mão do iraniano, quase dois centímetros afundada cu adentro.
Por sorte, ou talvez por prática e habilidade, a garrafa não feriu seriamente as entranhas do homem. Não foi preciso nem intervenção cirúrgica. O médico deu uma anestesia, enfiou os dedos no cu do homem e foi, segundo suas próprias palavras, "cuidadosa e lentamente arrastando a garrafa do reto até a abertura do ânus, sem ruptura ou sangramento".
Depois de cinco dias em observação na enfermaria, e a só receber líquidos em copos, o sujeito teve alta e foi encaminhado para uma clínica psiquiátrica, pois o médico concluiu que ele sofre de depressão.
Depressão? Ele "sofre" é de viadagem, isso sim. De tesão na argola. Quem tem depressão, toma tarja preta, não enfia garrafa no cu.
E eu, inocentemente, pensando em ir me consultar com um psiquiatra... Vai que ele, em vez de um tarja preta, me receita uma brahma casco escuro?
Às vistas do quê, e a depender do meu engajamento na causa da reutilização de embalagens, vos digo : quero que o planeta se afogue em plástico! Sustentabilidade é o cacete - literalmente, nesse caso!
Pãããããããta que o pariu!!!!

sexta-feira, 29 de julho de 2022

Julho Turquesa : o Mês do Combate à Secura do Olho

Pãããããããta que o pariu!!!!! Como inventam coisas e, sobretudo, causas, os tais dos desocupados. É bem como diz meu amigo Josemar : quem tem tempo, caga longe.
Eu já conhecia, é claro, o Outubro Rosa, o mês de prevenção do câncer de uma das maiores maravilhas da natureza, as tetas, e o Novembro Azul, mês da prevenção do câncer de próstata, o mês em que o urologista faz o macho das antigas gemer sem sentir dor. 
Depois desses dois, vieram uns tantos outros, como o Janeiro Branco (saúde mental) e o Setembro Amarelo (alerta contra o suicídio, e não contra o vírus chinês, como alguns podem supor). E não são apenas esses. Cada mês do ano e cada cor do arco-íris foram contemplados com uma doença ou loucura do ser humano; alguns meses até com duas ou mais.
Agora, juntando-se aos já existentes Julhos Amarelo e Verde (combate à hepatites virais e prevenção do câncer de cabeça e pescoço, respectivamente) surge o cintilante e purpurinado Julho Turquesa, o mês do combate à secura do olho, ao ressacamento e à falta de lubrificação do grande órgão erógeno do ser humano.
O alerta dos médicos é dirigido especialmente para as pessoas com mais de 50 anos, sobretudo as mulheres, cujo déficit de lubrificação é agravado a partir desta idade. Novidade nenhuma. Depois dos 50, o olho da mulherada se torna mais seco mesmo, mais difícil de ficar molhadinho.
Há uma pandemia de secura do olho, segundo os experts no redondinhos. Pandemia exacerbada pela outra pandemia, a do vírus chinês, que fez aumentar substancialmente o tempo de exposição das pessoas à luz das telas dos computadores, tablets e celulares utilizados para aulas remotas, videoconferências de empresas etc.
De acordo com os entendidos, uma pessoa pisca, em média, 20 vezes por minuto, sendo o piscar o mecanismo responsável pelo espalhamento do líquido lubrificante. Diante da tela de um computador, o número de piscadas por minuto cai para uma média de seis.
De novo, nenhuma novidade, nenhuma grande revelação da medicina moderna. É o princípio básico da boa lubrificação, do bom encharcar : piscou, molhou.
Por isso, pisquem, mulheres deste Brasil dantes mais varonil. Pisquem a todo momento, sem parar. Façam como a Ana, da antiga marchinha, que de tanto piscar o olho já ficou sem a pestana. Pisquem alucinadamente. No lar, no trabalho, na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapé. Pisquem como se não houvesse amanhã. Pisquem. Mantenham seus olhos molhadinhos, ensopados.
Abaixo, uma foto ilustrativa, didática e pedagógica de como deve ser um olho com a devida lubrificação.
E aproveitando-se do ensejo do Julho Turquesa, a KY, a subsidiária da Johnson & Johnson para assuntos internos, ampliou seu nicho mercadológico e lançou a sua própria marca de colírio.
Afinal, como bem diz o sábio e prudente ditado : KY no olho do outro é refresco!

segunda-feira, 25 de julho de 2022

É a Podridão, Meu Velho (21)

Doença de Peyronie : 
Pau duro,
Mas torto,
Penso.

Desgaste ósseo da mandíbula :
Pré-molar inferior esquerdo
Saudável, sem cáries,
Mas bêbado,
Pênsil.

Penso :
É a podridão, meu velho...
É a podridão...

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Cerveja-Feira (56)

Na certa, os leitores bebuns do Marreta já perceberam meu arrefecimento de ânimos em seguir com minha messiânica jornada em busca das cervejas boas e baratas, uma procrastinação de minha parte em prosseguir pelo místico caminho de Santiago rumo ao Santo Graal do bêbados desvalidos de bolso, dos quais será o reino dos Céus.
Em minha fraca e inconsistente defesa, devo dizer que esse desânimo não se restringe ao garimpar das boas e baratas. Ele tem se estendido a todas as outras atividades que um dia já me deram prazer. Pego um livro e não me concentro nele por mais de duas ou três páginas. Vou assistir a um filme e, logo, estou em estado de catatonia frente à TV. Penso em caminhar, mas só penso.
Tenho, há tempos, dado conta e me ocupado apenas da parte "chata" da vida, da rotina necessária à sobrevivência, de atividades que podem ser feitas em piloto automático. Limpar a casa, ir ao mercado, fazer a comida, cuidar das gatas, pôr o lixo pra fora e, desgraçadamente, continuar a me arrastar para o "trabalho", para o inferno em que eu me meti.
Uma vida em stand by.
Tanto que, nos últimos tempos, tenho pensado muito em me consultar com um psiquiatra, ver lá se ele me receita uns remédios que me deem alegria; um comprimidinho que me permita suportar o tempo que preciso passar acordado e um outro que me permita um melhor repouso no tempo destinado ao sono. Mas tais são os meus abatimento e prostração que também só penso em marcar uma consulta, só penso.
Porém, ninguém consegue se safar de seu destino, de seu fado, de sua sina. Ninguém consegue escapar ao fardo (de cerveja) que lhe foi predestinado.
O Universo sempre arruma o seu jeito de reestabelecer o equilíbrio cósmico e cármico. 
Se o Azarão não vai às boas e baratas, as boas e baratas vêm ao Azarão.
Na sexta-feira passada, esposa e filho, também em férias, foram passar uns dias num sítio de uma amiga dela em Cássia dos Coqueiros (SP), uma cidadezinha de uns três mil habitantes a uns 80 km daqui. Geralmente, quando vamos passar um ou dois dias por lá, chegar na sexta à tarde e voltar pelo domingo de manhã, eu os acompanho, também vou junto. Mas não desta vez, que foram na sexta para só voltar na outra terça-feira.
Temos duas gatas, duas irmãs já com quase 15 anos de idade, duas pequenas senhorinhas. Uma delas, a Cleonice, de uns três anos para cá, desenvolveu uma infecção intestinal crônica. Não é causada nem por vírus nem por bactéria nem por nada que possa ser morto ou eliminado. É algo do organismo dela, uma coisa meio autoimune, coisa de velho, enfim. 
Não há cura, há controle. Ela só pode comer um tipo de ração chamada hipoalergênica (cara pra caralho) e, todos os dias, tem que tomar 0,5 ml de um corticoide, a prednisona, administrado por mim com uma pequena seringa. Sob miados de protesto, eu a enrolo numa toalha, forço que ela abra a boca e, rapidamente, esguicho-lhe o remédio goela abaixo.
Se ela ficar até um dia, dois com muita sorte, sem a medicação, não ocorrem maiores danos. Porém, excedida essa margem de relativa segurança, ela começa a ter crises de vômito e diarreia e, facilmente, evolui para um preocupante quadro de desidratação.
Desta forma, não embarquei com eles para o sítio, fiquei para cuidar da menina Cleonice. Além disso, a sogra também foi. Ou seja, tudo conjurou para que eu ficasse em casa.
Então, na segunda-feira, véspera deles voltarem, recebi uma mensagem da minha esposa contando que eles tinham ido à cidade para se reabastecerem de víveres e de cerveja e que minha sogra, mão fechada feito eu, havia comprado, para experimentar, meia dúzia de uma marca de cerveja nunca dantes entornada. Aretzbeer. R$ 1,89 a lata de 350 ml, já gelada. Minha esposa disse não ter gostado, mas a sogra queria até voltar pra buscar mais.
Pedi-lhe, então, que me trouxesse duas ou três latinhas dessa maravilha, para tê-la em meus arquivos. O pedido saiu melhor que a encomenda. Trouxe-me uma dúzia. Um fardo. Ei-la já deitada em meu poderoso canecão. Pronta para o abate.
Aretzbeer. Receita alemã. Produzida no Paraná, pela Industrial Norte Paranaense de Bebidas. Claro que não é nenhuma puro malte, mas é melhor que muitas outras marcas comerciais famosinhas. Não fica devendo nada para a Skol, Antarctica, Sub Zero, Itaipava (inclusive a sua fraquíssima versão 100% malte), Kaiser etc.
O site Brejas deu-lhe nota 2,7 (de um máximo de cinco) na sua avaliação geral, que é uma média das notas conferidas ao aroma,  aparência, sabor, sensação e conjunto. O mesmo site, a exemplos, deu nota 1,5 para a Skol "normal" (2,4 para a Skol puro malte), 1,8 para a Antarctica Boa (2,2 para a Original), 2,6 para a Amstel e 2,2 para a Budweiser.
Só me incomodou um pouco um gostinho que aparece lá no final, um sabor residual meio adocicado. Mas nada que não possa ser compensado e equilibrado fazendo com que a Aretzbeer se faça acompanhar de um tira-gosto de jiló acebolado. Além do quê, todo mundo sabe que depois da segunda ou terceira lata, tudo quanto é gosto residual desaparece.
Aretzbeer. Mais uma a receber o selo ISO-Azarão das boas e baratas. Nesse caso, melhor ainda, das boas e de graça, uma vez que foi minha esposa quem desembolsou por elas.
Pããããããta que o pariu!!!!

quinta-feira, 21 de julho de 2022

O Diabo é o Pai do Rock. Do Rock das Aranhas.

A freira vinha a caminhar pelas ruas de Nápoles, contrita, rosário entrelaçado por entre os dedos, a entoar suas aves-marias e padres-nossos, a pensar na tentação de Frei Serapião (ai, como era grande), quando se deparou com uma cena de puro pecado, saída diretamente dos domínios de Dante.
Encostadas a uma parede, duas gostosas se abraçavam, se pegavam e se beijavam na boca. Tratava-se da gravação de uma cena da série italiana Mare Fuori.
A freira correu até as duas e apartou a briga de aranhas aos gritos de "é o diabo", "é o diabo", e excomungou as gostosas : "o que você está fazendo? Não. Não. Não.", enquanto se persignava repetidas vezes com o sinal da cruz.
Chegou mesmo a invocar a santa família : "Jesus, José e Maria", bradou a religiosa aos céus. Mas Jesus, José e Maria nem se incomodaram.
Abaixo, uma sequência de imagens da freira separando as moças e ainda dando um pito no cinegrafista, que registrava a santa putaria, uma "tirinha" montada especialmente para o Marreta por essa criatura herege que vos fala.
Já dizia Raul : o diabo é o pai do rock. Do rock das aranhas!!!
E ao invés de combater e denegrir o diabo, a freira fica fazendo boa propaganda dele, fica ajudando o inimigo. Se isso é obra do Diabo, freira, que o Chifrudo deite suas bençãos sobre mim.

quarta-feira, 20 de julho de 2022

Que Fóssil, Hein, Meu Chapa, Que Fóssil...

Fósseis não são apenas ossos de dinossauros - como bem pode achar a plebe iletrada. Aliás, fósseis nem mesmo são ossos - o que pode causar estranheza e estarrecer a choldra ignóbil.
A rigor, fósseis são restos, vestígios ou impressões petrificados ou mineralizados de espécies que habitaram o planeta em outras eras e cujas características básicas de forma foram preservadas ao longo do tempo.
Esqueletos ou partes deles, carapaças e exoesqueletos de invertebrados, galhos, folhas, troncos, ovos, pegadas e até mesmo fezes (os famosos coprólitos) podem se transformar em fósseis. Uma vez tornados em fósseis, deixam de ser o que um dia foram.
A exemplo, um fóssil de um osso não é mais um osso. 
Sob um conjunto muito especial e raro de condições, como o tipo de solo - textura, densidade, pH, permeabilidade, composição mineral rica em sílica, cálcio etc -, o clima, a temperatura, a umidade, a população bacteriana do local etc, aquela parte do animal, que um dia foi um osso, agora soterrada por solo sedimentar, passa a sofrer um lento processo de substituição de seus minerais pelos minerais do solo. Depois de muito e muito tempo, quando a substituição se completa, o que era osso foi tornado em uma rocha, uma pedra. Uma pedra que mantém a forma básico do osso. O osso serviu de molde para o fóssil.
Os fósseis são arquivos mortos da Natureza. São os registros das patentes de antigas espécies com firma reconhecida no Cartório da Evolução.
Os fósseis mostram que o planeta já foi povoado por espécies que hoje não existem mais, e também que as atuais espécies não lhes foram contemporâneas, uma vez que, por exemplo, um fóssil de uma galinha nunca foi encontrado no mesmo túmulo geológico de uma trilobita. Também, se obtidos em uma boa sequência de tempo, os fósseis revelam as gradativas mudanças sofridas pelas espécies ancestrais até culminarem no que são hoje.
Em suma : os fósseis são uma prova cabal de que as espécias não são fixas, que não foram criadas todas ao mesmo tempo por obra divina e assim permanecem desde então. Os fósseis mostram que a vida sofre mudanças, ou seja, que há a Evolução. A Evolução é um fato. Agora, se as teorias que a explicam são corretas ou não, já é uma outra história. A mudança é fato. Quanto a como a mudança acontece, há divergências. Mas isso é uma outra questão, para uma outra postagem, que provavelmente nunca acontecerá.
Por tudo o que foi dito (e, finalmente, chegando ao motivo da postagem), uma vez que os fósseis levam milhares de anos para serem formados, só serão achados restos e vestígios mineralizados das espécies atuais daqui a uns tantos éons, daqui a umas tantas eternidades, certo? 
Porra nenhuma. Erradíssimo.
Hoje, na volta do mercado, ao passar por uma praça recém-reformada aqui do bairro, verifiquei in loco a formação de fósseis atuais e modernos, fósseis expressos, feitos a toque de caixa, fast fósseis.
Com a reforma, o calçamento original da praça, todo em elegantes pedras portuguesas, foi substituído pelo plebeu e grosseiro cimento. Pelo que vi, deduzi e fotografei, enquanto o cimento secava, folhas de diversas espécies de árvores foram caindo e sendo tragadas pela massa fresca e movediça. Uma vez seco, o cimento, as impressões das folhas, suas "pegadas", ficaram.
Um verdadeiro sítio arqueológico moderno. Um arquivo para que futuras gerações saibam do que havia por aqui então. Sejam futuras gerações de humanos, sejam futuras gerações de futuras espécies de fato inteligentes, que saibam usar a inteligência de forma inteligente.
Bonito pra cacete. Eu, pelo menos, achei bonito.


O que me fez lembrar de uma trágica situação ocorrida comigo, mas que, se ocorrida com outro, poderia até ser contada como uma piada, uma anedota de salão.
Devia ser 2014, 2015, mais ou menos. Eu estava a dar o visto nas atividades dos alunos, justamente, do assunto em questão, fósseis e outras evidências da evolução. No caderno de atividades recebido pelo aluno, havia algumas questões a respeito do tema, entre elas : O que são fósseis? Qual a sua importância para a ciência?
Quando dou vistos, geralmente, mal olho para o conteúdo, muitas vezes ininteligível, das respostas. Só vejo se o sujeito fez alguma coisa e dou o visto, o suficiente para ele passar de ano, como querem os dois, ele e o Estado. Mas, de vez em quando, eu baixo a guarda e busco entender a resposta do aluno, de vez em quando, questiono-o sobre o que ele respondeu.
À primeira indagação, o que são fósseis?, o tal aluno até que se saíra a contento. Transcreveu pro caderno de atividades a definição que eu tinha posto no quadro; embora, é bem verdade, tenha escrito "pedrificado", mas até aí, tudo certo. O que me chamou a atenção foi a resposta dele à segunda indagação, qual a sua importância para a ciência?, à qual, curto e grosso, ele respondera : nenhuma.
Como nenhuma?, perguntei eu. Nenhuma, professor; ele ratificou sua resposta. Disse-lhe que a importância dos fósseis era permitir a constatação de que as espécies estão em constante mudança etc etc.
- Ah - disse ele, como que iluminado por uma epifania -, é da importância dos fósseis que ele tá perguntando. 
Aí é que eu vi o motivo da resposta dele. Ele achou que a pergunta fosse qual é a SUA importância, a importância dele, aluno, para a ciência.
Nesse caso, disse-lhe eu, a sua resposta está correta.
Que fóssil, hein, meu chapa, que fóssil...

O Candidato do Crime Organizado?, por Luis Ernesto Lacombe

Texto de Luis Ernesto Lacombe, publicado na edição nº 97 da revista A Verdade - doa a quem doer.

"Claro, entre os eleitores há também criminosos. E há os oportunistas, os desavisados, os ignorantes, os iludidos, os desmemoriados.

A MÍDIA APOIA – Grande parte da imprensa contribui para a proteção a políticos que já deveriam ter sido expelidos da vida pública. Infelizmente, nem todo mundo se libertou da mídia tradicional, que esperneia, tentando manter o monopólio da informação.
Veículos que se consideram os donos da verdade usam a militância na seleção de suas pautas e na definição do tratamento que cada um desses assuntos escolhidos longe dos critérios jornalísticos receberá. Tudo parece ter um objetivo político, ideológico, revanchista…
Há políticos comunistas, há políticos corruptos, há aqueles ligados ao crime organizado. E há, para piorar, os que se inserem nesses três grupos

DELAÇÃO DE VALÉRIO – Só isso pode explicar o pouco espaço que o autointitulado “consórcio de imprensa” deu aos trechos inéditos da delação premiada que o publicitário Marcos Valério fechou com a Polícia Federal. Ele falou do envolvimento do PT com o PCC, a maior facção criminosa do país: corrupção, lavagem de dinheiro, chantagem, ameaça e até assassinato.
O esquema montado em Santo André, e que levou à morte do petista Celso Daniel, então prefeito da cidade, acabou sendo o laboratório para o mensalão e, depois, para o petrolão.
Em 2019, foi o ex-ministro Antônio Palocci quem contou como o PT teria usado o PCC para lavar dinheiro no Ceará. Nesse mesmo ano, foi divulgada a gravação de uma conversa telefônica de um integrante do PCC: “O PT tinha diálogo com ‘nóis’ cabuloso”.

DINHEIRO E CONTADOR – E não acaba… Há poucas semanas, a polícia confirmou que investiga se um vereador paulistano do PT recebeu dinheiro do PCC na campanha eleitoral. E ainda tem o contador ligado a Lula, que é suspeito de lavar R$ 16 milhões para o crime organizado.
João Muniz Leite trabalhou para Lula de 2013 a 2016. É um homem de muita sorte. Apenas em 2021, ele e a mulher teriam ganhado 55 vezes em loterias federais… Em uma das vezes, o prêmio teria sido dividido com o traficante do PCC conhecido como Cara Preta. E tem mais: Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente, mantém três empresas sediadas no escritório atual de Muniz Leite, em São Paulo.
Faltou falar do general venezuelano Hugo Armando Carvajal, ligado a tráfico de drogas e terrorismo. Ele revelou que os governos de Nicolás Maduro e Hugo Chávez fizeram, por pelo menos 15 anos, pagamentos ilegais a políticos e partidos de esquerda. Lula está entre os citados.

LULA E CABRAL – Faltou falar da parceria entre Lula e Sérgio Cabral, que teve como cabo eleitoral em uma de suas campanhas o traficante carioca Marcinho VP.
Assim estamos: há políticos comunistas, há políticos corruptos, há aqueles ligados ao crime organizado. E há, para piorar, os que se inserem nesses três grupos.
A situação é tão delicada que andam dizendo por aí que as denúncias de ligação do PT com o PCC seriam apenas para difamar a facção criminosa… E, no mundo ideal, ninguém acharia graça nessa piada."
A revista ainda mostra que a CPI do Narcotráfico quer investigar os 'diálogos cabulosos' entre o Partido dos Trabalhadores e o pré-candidato Lula. Também traz para os leitores, através de depoimentos de parlamentares e advogados, como entender os riscos de ter um candidato à presidência que já foi envolvido com organizações criminosas como o PCC.

domingo, 17 de julho de 2022

Vi-Te

Vi-te hoje
(não deixei que me visses, escondi-me).
Ver-te foi como revisitar um velho e abandonado parque de diversões.
A roda gigante a ranger com artrite e neons manquitolas,
Os carrinhos de trombada com seguros e IPVAs vencidos,
A galeria de tiro de espingarda de rolhas...
(das rolhas de todos os vinhos que tomamos juntos).

Vi-te hoje
(não deixei que me visses, fiz-te um favor).
Ver-me
Seria ver meu cadáver,
Que ainda não pode se deitar,
Entregar-se à doce decomposição e ao aconchegante esquecimento.
Poupei-te da decepção
(e a mim, de vê-la em seus olhos)
E da destruição da tua boa memória de mim.
Poupei-te do constrangimento
De teres de sorrir a um estranho
Da maneira que sorrias para mim
(até com tuas orelhas tu sorris).

sábado, 16 de julho de 2022

Governo Bolsonaro Acerta no Alvo da Geração de Empregos

Uma manchete de hoje do portal UOL, em tom de crítica, condenação e execução sumária, alarma : Brasil abriu quase um clube de tiro por dia sob governo Bolsonaro.
Segundo a reportagem e os números cedidos pelo Exército, a pátria do homem cordial conta, atualmente, com 2.061 clubes de tiro, 1.006 dos quais, quase metade do total, abertos durante a gestão Bolsonaro. 
1.006 clubes de tiro em 1.292 dias da batuta do Cavalão.
E a reportagem, tendenciosa que só ela, UOL e Folha são farinhas do mesmo saco, segue a fingir isenção ao mesmo tempo em que tenta crucificar o emergente nicho empresarial.
Quantas pessoas cada clube desse emprega? Entre instrutores de tiro, recepcionistas, faxineiros, seguranças etc? Quantos empregos indiretos cada clube desse não gera? Empregos nas indústrias de armas e munições, no comércio virtual dessas mercadorias, nos entregadores etc etc?
Milhares, meus caros, milhares e mais milhares.
Não é isso o mínimo que se espera de um governo? Geração de empregos? Ou a eterna esmola, a eterna ração ao gado eleitoreiro?
Dezenas de milhares, talvez centenas, estão empregados nesses clubes de tiro. Estão a reclamar do quê, os canalhas apoiadores da esquerda, que só fez crescer foi o ramo das cestas básicas?
Abaixo, Eduardo Bolsonaro em visita a um clube de tiro em Blumenau (SC), acompanhado de duas instrutoras. Sim. InstrutorAs. Mulheres. Quem disse que o governo Bolsonaro não promove a inclusão da fêmea na sociedade produtiva?
E notem com que destreza, firmeza e, ao mesmo tempo, delicadeza, a loira alta e esguia manuseia a pistola. Que me perdoe Clint Eastwood, mas ninguém empunha tão bem uma pistola quanto uma mulher. 
Queria a minha entre as mãos dela. Mas é um desejo vão. Não tenho calibre pra isso.

sexta-feira, 15 de julho de 2022

A Matemática Irrefutável das Urnas

E continua o imbróglio no caso da troca de tiros entre o agente penitenciário bolsonarista Jorge Garanho e o guarda municipal petista Marcelo Arruda, bangue-bangue que levou o último a óbito e pôs o primeiro a respirar por aparelhos na UTI.
Cada lado puxa a brasa para a sua sardinha, cada lado quer responsabilizar totalmente o outro pelo infausto. Mas de tudo isso, quem começou a briga, quem provocou quem e com quais motivos ou motivações, é o que menos me importa. Isso é lá com a polícia, ela que se vire, ela que resolva - ou não.
O que me chamou a atenção foi a matemática dos disparos.
Segundo a esposa do bolsonarista, o marido portava uma pistola .40 com 15 cartuchos, 11 dos quais não haviam sido deflagrados ao fim do embate; ou seja, o bolsonarista disparou 4 vezes. Já o petista estava de posse de uma pistola 380 com 20 projéteis, dos quais apenas três permaneceram intactos; ou seja, o petista disparou 17 vezes.
Disse a esposa do bolsonarista : "Se você analisar, meu marido tinha uma pistola .40 com 15 munições, e 11 cartuchos estavam intactos – ou seja, ele disparou apenas quatro vezes, sendo que a primeira foi de contenção, na perna do atirador. Marcelo estava com uma pistola 380 com 20 munições, e só sobraram três cartuchos intactos. Isso quer dizer que ele disparou 17 vezes. Os números também falam por si".
Números que me levam a concluir duas coisas. Primeira : que o bolsonarista atira muito melhor que o petista, tem uma mira muito mais precisa; segunda : que embora, até agora, a polícia negue motivações políticas para o duelo, os números nos mostram claramente que elas existiram, sim. Analisemo-os.
O petista disparou 17 vezes contra o bolsonarista. 17 é o número da legenda do PSL (Partido Social Liberal), sigla partidária pela qual Bolsonaro se elegeu em 2018. Simbolicamente, o petista quis matar não apenas o bolsonarista, mas também o partido que elegeu o Mito.
O bolsonarista não ficou atrás. Disparou quatro tiros contra o petista. 17 - 4, dá quanto? 13, o número do PT!!! Simbolicamente, o bolsonarista também quis exterminar toda a organização criminosa da estrelinha vermelha. 
E caso encerrado.
Pãããããããta que o pariu!!!!
Te cuida, Sherlock Holmes!

sábado, 9 de julho de 2022

Bukowski, Dois Tipos de Inferno

frequentei o mesmo bar por 7 anos, das 6 da manhã até as 2 da madrugada.
às vezes eu não me lembrava de haver voltado para meu quarto.
era como se eu ficasse sentado naquela banqueta do bar continuamente.
eu não tinha dinheiro mas de algum modo os drinques iam chegando.
eu não era o palhaço do bar mas sim o louco do bar.
mas com frequência um louco pode encontrar alguém ainda mais louco para
lhe oferecer bebidas. afortunadamente, era um lugar
cheio de gente.
mas eu tinha um objetivo: eu estava esperando que algo extraordinário
acontecesse.
mas enquanto os anos se passavam à deriva nada acontecia a não ser que eu provocasse.
um espelho de bar quebrado, uma luta com um gigante de mais de dois metros, um flerte com uma lésbica,
a habilidade de dar nome aos bois e de resolver discussões que eu não havia começado etc.
um dia eu simplesmente me levantei e caí fora. simples assim.
e quando comecei a beber sozinho achei minha própria companhia mais que satisfatória.
então, como se os deuses estivessem chateados por minha paz de espírito, as mulheres começaram a bater à minha porta.
os deuses estavam mandando mulheres para o louco!
as mulheres chegavam uma por vez e quando uma ia embora
os deuses imediatamente — sem dar nenhuma folga — me mandavam outra.
e cada uma delas parecia à primeira vista ser um milagre renovado, mas então tudo
que à primeira vista parecia maravilhoso acabava mal.
minha culpa, é claro, era o que elas habitualmente me
diziam.
os deuses simplesmente não deixarão um homem beber sozinho; eles têm ciúmes dos
prazeres simples; assim eles mandam que uma mulher vá bater em sua porta.
lembro todos aqueles hotéis baratos; era como se todas as mulheres fossem uma; a primeira batida delicada na madeira e então,
“oh, ouvi você tocando aquela música adoróvel em seu rádio. somos vizinhos. moro aqui no 603 mas nunca o vi
no saguão antes!” “entre”
e lá se foi sua reclusão.
você também se lembra da vez em que
subiu atrás do gigante de 2 metros e derrubou seu chapéu de caubói, berrando,
“aposto que você é alto demais para chupar os peitos da sua mãe!”
e alguém no bar dizendo, “ei, senhor, esqueça, ele é um caso psiquiátrico, é um chato, ele não sabe o que está
dizendo!”
“sei EXATAMENTE o que eu estou dizendo e vou dizer de novo, ‘aposto que você é alto demais...”’
ele ganhou a briga mas você não morreu, não do modo como você morreu por dentro depois
de os deuses arranjarem para que todas aquelas mulheres viessem bater à sua porta.
a troca de socos foi mais justa: ele era lento, estúpido e estava até um pouco
assustado e a batalha foi a seu favor por algum tempo
do mesmo modo como aconteceu no começo com aquelas mulheres que
os deuses
lhe mandaram.
a diferença sendo, eu resolvi, que ao menos tive uma chance com as
mulheres.

quarta-feira, 6 de julho de 2022

Do Baú do Azarão (Ou : Antes do Formatinho; Muito Antes do Formatão)

Há o apreciador de bebidas alcoólicas e há o alcoólatra - o bebum, o pé de cana. O apreciador, o bebedor "social", digamos assim, é o cara que, volta e meia, saboreia a sua cervejinha, o seu vinho, em reuniões e encontros com amigos, em festas de famílias, ou que toma lá as suas três ou quatro latinhas num fim de semana. É o bebedor "esportivo", bebe mas não fica de porre, bebe mas não vomita. E só voltará a beber em alguma outra situação esporádica. Muito diferente do alcoólatra, que dorme e acorda pensando na hora em que irá beber de novo, que faz da birita o fio condutor de sua vida.
Da mesma forma - e em exata escala de analogia - há o leitor comum de quadrinhos de super-heróis, hoje chamadas pernosticamente de HQs, e há o leitor viciado e dependente das HQs, o adicto em figuras musculosas trajadas com colants apertadinhos.
O leitor comum é o cara que tem lá os seus heróis preferidos, mas não funda um torcida organizada em nome dele. Lê um gibi aqui, outro ali, um outro acolá... sazonalmente. Lê uma edição especial hoje, um encadernado daqui a um mês, e assim por diante. Não acompanha a cronologia do herói, não segue a vida do personagem feito uma tiete de pop star.
O quadrinólatra, não. O viciado em HQs funda seitas, igrejas em nome de seus preferidos. Enverga seus símbolos e emblemas em camisetas, canecas, capas de caderno, cuecas etc. Tem miniaturas de heróis a enfeitar suas estantes e criados-mudos. Não perde um lance - ou publicação - da trajetória do herói que escolheu para chamar de seu. É um BBB das bandas desenhadas. Muitos chegam a comprar a mesma história editada em diferentes versões de encadernação. Ele faz dos quadrinho uma das poucas - se não a única - fontes de prazer de sua vida. Dorme e acorda pensando nas próximas publicações de seu herói.
De onde se depreende que, antes de tudo, o quadrinólatra é um desocupado - e sei porque também já fui uma dessas felizes criaturas. Dos meus 11, 12 anos até fins de minha segunda década de vida.
E como quem tem tempo, caga longe (feito diz meu amigo Josimar), o fanático em HQ se debruça em tempo integral sobre a vida de seu personagem favorito. Sabe-lhe todos os pormenores, detalhes e minúcias. Sabe-lhe de seus pensamentos, dos bastidores de sua psiquê. Sabe a sua data de criação, os seus criadores, a ideia por detrás de sua concepção, qual foi a edição de sua estreia etc etc.
O fã de HQs passa também a se sentir um pouco dono da vida do herói, meio que se sente na posse e no controle dos rumos futuros do personagem. Passa a criticar e a repudiar qualquer mudança no personagem que não lhe agrade, seja no argumento, seja no desenho, ou no desenhista que o ilustra. Quer arrumar briga de foice com um quadrinólatra? Mude o uniforme do seu herói sem o seu consentimento, sem lhe ter pedido opinião. Não importa a mudança, ele, o fanático em HQs, com certeza, teria feito melhor - isso, é claro, lá na cabeça dele.
Assim como tem a sua galeria de heróis preferidos, o fanático tem também o seu panteão de argumentistas e desenhistas favoritos; bem como um extenso aterro sanitário deles, onde joga os seus desafetos. Eu mesmo tenho o meu desenhista mais odiado, o meu inimigo público nº 1 : Mike Zeck. Tenho asco, uma verdadeira ojeriza ao tal Mike Zeck. Até hoje. Além de desenhar, de fato, mal pra caralho, de ter uma noção alienígena de anatomia e movimentos, o estrupício deu o azar de substituir dois dos maiores mestres do lápis de todos os tempos. Mike Zeck entrou no lugar de Sal Buscema, no Capitão América, e no lugar do michelângelo Paul Gulacy, no Mestre do Kung Fu, o que só fez evidenciar ainda mais a canastrice artística do pulha.
E quando dois ou mais quadrinólatras se juntam, então? Saiam de perto. Não há mãe que os suporte. A minha, a do Leitinho e a do Marcellão que o digam. Eles travam debates acalorados sobre os destinos de seus heróis como se disso dependesse os destinos do mundo e de suas vidas. Discorrem sobre a plausibilidade de seus poderes, quais deles a ciência corrobora e seria capaz de emulá-los na vida real. Fazem prognósticos de qual sairia vitorioso num hipotético futuro embate. Imaginam o que fariam se adquirissem os poderes de seus heróis, que melhores usos fariam deles.
Conjecturam sobre íntimos e nunca mostrados detalhes anatômicos de seus heróis. O pinto do Coisa também é de pedra? O do Hulk fica maior quanto mais nervoso ele fica? O Tocha Humana usa camisinha de asbesto ou amianto quando vai dar aquela "chamuscada"? O do Thor fica duro por qualquer rabo de saia ou se faz necessária uma buceta digna para levantá-lo? O do Homem-Aranha esporra teia pra tudo quanto é lado quando goza?
Sim, meus caros, o bicho-homem, de forma geral, tem uma enorme fixação pelo membro viril. Muito mais ainda, o fã de HQs; a rigor, um bando de punheteiros que não comem ninguém.
Porém, que eu me lembre, nenhuma questão foi tão preemente quanto uma surgida, acredito, em meados da década de 1980. Nenhuma polêmica jamais se mostrou tão ferrenha ou radical : o formato do gibi. As dimensões, o tamanho das edições em que as histórias eram publicadas. Sobretudo, entre dois deles : os chamados "formato americano" e "formatinho".
O formato americano, de dimensões 26 cm x 17 cm, é o formato no qual as histórias são publicadas nos EUA, e que, para eles lá, só deve se chamar "formato", mesmo. É para esse formato que todos os elementos da história - desenhos e balões de falas - são pensados e projetados originalmente.
O formatinho é uma adequação brasileira do primeiro, menorzinho, menos dotado, mais subnutrido, com vistas a baratear o custo e o preço de capa de cada edição. O formatinho foi extensamente praticado pela Editora Abril em seus áureos tempos e tem dimensões de 19 cm x 13,5 cm.
Diziam os mais puristas, os militantes do formato americano, que a redução no tamanho implicava na supressão de elementos das páginas originais. Que partes dos desenhos muitas vezes eram cortadas para o ajuste ao formatinho, assim como o conteúdo dos balões de falas, resumidos ou truncados, segundo eles.
Na época, eu com meus 15, 16 anos, nem sabia dessas coisas, ou mesmo me importava com elas. Pouquíssimos tinham acesso a material vindo de fora para efeito de comparação. Além disso, para mim, que economizava o do lanche e o do ônibus para comprar gibis, o formatinho tinha um tamanho que bem cabia no meu bolso. Sem contar que cada edição em formatinho da editora Abril tinha 84 páginas e trazia três ou quatro histórias de diferentes personagens. Em terras de Tio Sam, o formato americano contava com 32 páginas (umas 10 de propaganda) e trazia uma única história, só do personagem título. Muito mais caro ainda.
Não sei se essa peleja persiste até hoje. Não sei nem mesmo qual ou quais editoras estão de posse do direito de publicação dos super-heróis. Hoje, particularmente, se fosse voltar a ser um leitor assíduo, preferiria o formato americano. Não por purismos, melindres ou pruridos. É que, com 55 anos, mesmo com óculos enxergo mal pra caralho "de perto". Para mim, o formatinho hoje é pior que bula de remédio.
Contudo, há um fato que eu tenho certeza que apenas raríssimo leitores conhecem. E bota raríssimos nisso. Primeiro porque foi uma situação que se manteve por muito pouco tempo, apenas sete meses. E, segundo, porque faz muito tempo, e quem viu ou já está morto ou está com Alzheimer e não se lembra. 
Antes do formatinho, e muito antes do formatão, houve um formato intermediário. Também utilizado pela editora Abril, bem no início do que viria a ser o seu reinado das HQs de super-heróis. Entre julho de 1979 e janeiro de 1980, período correspondente às edições de 1 a 7 de Heróis da TV e de Capitão América, a Abril publicou os heróis em formato 21 cm x 14 cm. O gibi do Capitão tinha 50 páginas e o Heróis da TV, 132. Abaixo, as edições de 1 a 7 de Heróis da TV, perfeitamente preservadas em naftalina.
O que me fez lembrar que eu, feito os puristas, também cheguei a maldizer o formatinho; por pouco tempo, um mês ou dois. E explico.
Os gibis tinham datas para chegar às bancas. O Heróis da TV chegava no dia 05 de cada mês e o Capitão América, no dia 20. Fã que eu era, em todos os dias 05 e 20, lá estava eu, saía da escola e já corria pra banca mais próxima. Se a edição atrasasse uns dias, eram dias de pânico e de agonia, eu já começava a tremer, a experimentar crônicos sinais de abstinência. Pois bem, quando peguei na banca a edição do Heróis da TV de fevereiro de 1980, a de nº 8, estarreci. Que patifaria era aquela? Ela estava menor. Em tamanho e em número de páginas, de 132 caíra para 84.
Tamanho era o meu vício à época que cheguei a olhar torto para o jornaleiro, cheguei a pensar que o tal falsificara o gibi para vendê-lo a incautos. Cheguei a pensar isso mesmo. Não o comprei. Recoloquei-o no lugar e corri a outra banca, que eram muito mais numerosas na cidade do que são hoje. Só fui me convencer de que a mudança partira, de fato, da editora na quinta banca em que passei. Vencido, comprei o gibi. Cinco bancas... Não disse que, antes de tudo, somos uns desocupados?
Abaixo, lado a lado, os Heróis da TV nº 7 e nº 8, a mostrar a redução e a definição final do tamanho que viria a ser chamado de formatinho pelos séculos dos séculos, amém.
De onde se conclui, meus caros, que, para os fanáticos das HQs, desocupados e punheteiros que somos, o tamanho importa, sim. E importa muito.
Aliás, para a sua namorada, mulher, esposa etc, também. Ela só não fala porque, enfim, é o que ela tem pra hoje.

domingo, 3 de julho de 2022

Photoshop Sai Mais Barato que Sanduíche de Mortadela

Que esquerdistas são todos hipócritas, que se valem o tempo todo de um duplo padrão canalha de julgamento, que, enfim, são todos uns duas caras, e uma é mais suja e lambida que a outra, todos nós já sabemos.
Mas chegar ao ponto de duplicar as cabeças de gado que comparecem aos comícios do Sapo Barbudo já é muita patifaria, vileza da pior estirpe. 
O milagre da duplicação das cabeças de gado do PT aconteceu ontem (02/07), em um ato ocorrido em Salvador (BA). Uma foto publicada nas redes sociais do ex-presidentiário Seboso de Caetés mostra um monte de gente repetida, feito cromo fácil de álbum de figurinhas. Parecia até comício no bairro da Liberdade, na capital paulista, tudo a mesma cara. Os gêmeos univitelinos estão realçados por quadrados vermelhos na foto.
Hoje em dia, a única maneira de lotar um pronunciamento do Sapo Barbudo é usando trucagens fotográficas, é meter um photoshop. E depois essa escória vermelha acusa Bolsonaro de produzir e divulgar fake news.
Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial do petralha-mor, mostrando que aprendeu bem a lição com o mestre, saiu-se com uma desculpa das mais esfarrapadas. Disse que houve "um problema técnico", que a composição da imagem em formato panorâmico levou à duplicação de algumas pessoas pelo software que junta as fotos. Jogou a culpa no programa. Que só faz, é claro, aquilo para o qual é programado a fazer, certo?

"Fiz nove fotos para pegar o ângulo todo. Quando eu estava fotografando, o drone vai mexendo. Só que as pessoas estavam mexendo. O que aconteceu? As pessoas mexem, duplicou, e na hora que o software junta todas as nove fotos para fazer esse 180 graus, ele não juntou direito porque as pessoas mexeram", disse o lambe-lambe petista, numa "explicação" a la Dilma Rousseff.

Falem o que quiserem, os pústulas vermelhos. Quem ainda, em sã consciência, acredita em petista? Que a velhacaria foi proposital, não há dúvidas. A montagem foi feita a propósito para inflar a quantidade do gado hoje disperso do PT.
Fora do poder - e esperemos que assim continuem -, Lula e sua máfia vemelha não têm mais como meterem a mão em verba pública para contratar figurantes para os seus comícios. Não têm mais fundos para fretarem ônibus que levem a boiada aos seus atos, nem como darem cinquentão por cabeça, um bonezinho do MST e um sanduíche de mortadela.
Então, entra a tecnologia, as edições computadorizadas. O photoshop (na certa, uma versão pirata) tá saindo mais barato que sanduíche de mortadela.
Bolsonaro e sua equipe que se cuidem, que fiquem com os olhos abertos e vigilantes. Nada impede que Lula e seus asseclas tentem também provocar algum "problema técnico" nas urnas. Que nelas, também, tentem realizar a duplicação de votos.

sexta-feira, 1 de julho de 2022

É o Spidergay!!!

Eu sabia! Eu sabia! Desde o início, eu tinha certeza de que essa história de Aranhaverso iria acabar dando em avacalhação! Eu só não sabia quando nem como, mas sabia que iria.
O Aranhaverso é um conjunto de realidades paralelas, de Terras alternativas onde, em cada uma das quais, há uma diferente versão do Homem-Aranha original, o criado em agosto de 1962, por Stan Lee e Steve Ditko, cuja identidade civil é Peter Parker, um estudante de ciências e fotógrafo freelancer do Clarim Diário à época da aquisição de seus poderes, via uma picada de uma aranha radioativa.
O Aranhaverso traz versões mais "inclusivas" do cabeça de teia, ao invés apenas da do opressor e mal do mundo homem branco, heterossexual e casado com uma gostosa Peter Parker. Há, a exemplos, Miles Morales, adolescente filho de pai negro (ou afro-americano, como eles dizem por nas terras do Tio Sam) e mãe porto-riquenha; Spider-Gwen, uma mulher; Peni Parker, uma estudante de origem oriental, japonesa; Presunto-Aranha, uma versão suína do aracnídeo amigo da vizinhança; Mayday Parker ou Mulher-Aranha, outra mulher e filha de Peter Parker e Mary Jane da Terra-982 (a nossa Terra é a de nº 616); Homem-Aranha Noir (Terra-90214), que é o próprio Peter Parker, porém, definido e ambientado nas décadas de 1920 e 1930, uma espécie de Humphrey Bogart soltador de teias e, na minha opinião, o único que se salva na mixórdia do deserto de imaginação dos atuais roteiristas de HQs.
Bom, já temos, então, um Aranha latino e várias Aranhas mulheres, incluso uma oriental. Que espécie de aracnídeo estará ainda a faltar em toda essa biodiversidade de oito patas? Pense bem. A resposta está na sua cara e é das mais simples. Pensou? É isso mesmo! Um Aranha bichona! Bichíssima!  Um Aranha que dê ré na teia!
Pois não falta mais. 
A dantes bem mais varonil Marvel anunciou nesta semana o lançamento do primeiro Homem-aranha gay do Aranhaverso. Não consegui achar de que Terra paralela ele é, mas tenho certeza de que só pode ser da Terra-24. 
É o Web-Weaver! Que, segundo o Tradutor Google, significa tecelão de teias. É uma aranha costureira. Uma menina rendeira. Uma viúva-alegre. Alegríssima!
Sai o bom e velho (e cafonérrimo) uniforme azul e vermelho e adentra a passarela o modelito preto e dourado, com gola rolê, ombreiras e mangas esvoaçantes. Um luxo!!!!
A identidade da Web-Weaver ainda não foi divulgada pelos seus criadores, o roteirista Steve Foxe e o desenhista Kris Anka, nem tampouco o contexto em que ele recebeu seus pululantes poderes. Os detalhes sobre o novo personagem só serão tirados do armário numa série de cinco edições a ser lançada em setembro de 2022.
Por enquanto, seus criadores só disseram que ele é "um designer de moda não tão suave em Van Dyne, (que) recebe poderes de aranha e nos mostra um tipo muito diferente de Spider-Slayer”.
Entenderam alguma porra? Nem eu. Só que ele, a justificar seu nome, é um designer de moda, que é um nome afrescalhado para costureiro. Nesse caso, então, não deve ter recebido seus poderes - como bem gostaria - de uma picadura de aranha, sim de ter furado o dedinho numa agulha de crochê radioativa. Ou, então, de uma enrabada que levou do Clodovil. Perigoooooosa!!!
Os autores também deram algumas pistas obscuras sobre a personalidade, sobre a essência íntima do Web-Weaver : "a identidade femme destemida é central à experiência dele, mas não é a história... Que você pode conhecer em setembro!"
Valham-me São Stan Lee e São Steve Ditko! Que devem estar a ser revirar nas teias de aranhas de suas tumbas!!!
Mas tenho certeza de que o Web-Weaver, no quesito produção e emissão de teia, será o mais fiel à sua inspiração zoológica. Vai soltar fios de teia pelo cu. Fios-terra, é claro!!!!
Pããããããta que o pariu!!!!