sexta-feira, 1 de julho de 2022

É o Spidergay!!!

Eu sabia! Eu sabia! Desde o início, eu tinha certeza de que essa história de Aranhaverso iria acabar dando em avacalhação! Eu só não sabia quando nem como, mas sabia que iria.
O Aranhaverso é um conjunto de realidades paralelas, de Terras alternativas onde, em cada uma das quais, há uma diferente versão do Homem-Aranha original, o criado em agosto de 1962, por Stan Lee e Steve Ditko, cuja identidade civil é Peter Parker, um estudante de ciências e fotógrafo freelancer do Clarim Diário à época da aquisição de seus poderes, via uma picada de uma aranha radioativa.
O Aranhaverso traz versões mais "inclusivas" do cabeça de teia, ao invés apenas da do opressor e mal do mundo homem branco, heterossexual e casado com uma gostosa Peter Parker. Há, a exemplos, Miles Morales, adolescente filho de pai negro (ou afro-americano, como eles dizem por nas terras do Tio Sam) e mãe porto-riquenha; Spider-Gwen, uma mulher; Peni Parker, uma estudante de origem oriental, japonesa; Presunto-Aranha, uma versão suína do aracnídeo amigo da vizinhança; Mayday Parker ou Mulher-Aranha, outra mulher e filha de Peter Parker e Mary Jane da Terra-982 (a nossa Terra é a de nº 616); Homem-Aranha Noir (Terra-90214), que é o próprio Peter Parker, porém, definido e ambientado nas décadas de 1920 e 1930, uma espécie de Humphrey Bogart soltador de teias e, na minha opinião, o único que se salva na mixórdia do deserto de imaginação dos atuais roteiristas de HQs.
Bom, já temos, então, um Aranha latino e várias Aranhas mulheres, incluso uma oriental. Que espécie de aracnídeo estará ainda a faltar em toda essa biodiversidade de oito patas? Pense bem. A resposta está na sua cara e é das mais simples. Pensou? É isso mesmo! Um Aranha bichona! Bichíssima!  Um Aranha que dê ré na teia!
Pois não falta mais. 
A dantes bem mais varonil Marvel anunciou nesta semana o lançamento do primeiro Homem-aranha gay do Aranhaverso. Não consegui achar de que Terra paralela ele é, mas tenho certeza de que só pode ser da Terra-24. 
É o Web-Weaver! Que, segundo o Tradutor Google, significa tecelão de teias. É uma aranha costureira. Uma menina rendeira. Uma viúva-alegre. Alegríssima!
Sai o bom e velho (e cafonérrimo) uniforme azul e vermelho e adentra a passarela o modelito preto e dourado, com gola rolê, ombreiras e mangas esvoaçantes. Um luxo!!!!
A identidade da Web-Weaver ainda não foi divulgada pelos seus criadores, o roteirista Steve Foxe e o desenhista Kris Anka, nem tampouco o contexto em que ele recebeu seus pululantes poderes. Os detalhes sobre o novo personagem só serão tirados do armário numa série de cinco edições a ser lançada em setembro de 2022.
Por enquanto, seus criadores só disseram que ele é "um designer de moda não tão suave em Van Dyne, (que) recebe poderes de aranha e nos mostra um tipo muito diferente de Spider-Slayer”.
Entenderam alguma porra? Nem eu. Só que ele, a justificar seu nome, é um designer de moda, que é um nome afrescalhado para costureiro. Nesse caso, então, não deve ter recebido seus poderes - como bem gostaria - de uma picadura de aranha, sim de ter furado o dedinho numa agulha de crochê radioativa. Ou, então, de uma enrabada que levou do Clodovil. Perigoooooosa!!!
Os autores também deram algumas pistas obscuras sobre a personalidade, sobre a essência íntima do Web-Weaver : "a identidade femme destemida é central à experiência dele, mas não é a história... Que você pode conhecer em setembro!"
Valham-me São Stan Lee e São Steve Ditko! Que devem estar a ser revirar nas teias de aranhas de suas tumbas!!!
Mas tenho certeza de que o Web-Weaver, no quesito produção e emissão de teia, será o mais fiel à sua inspiração zoológica. Vai soltar fios de teia pelo cu. Fios-terra, é claro!!!!
Pããããããta que o pariu!!!!

9 comentários:

  1. Tudo que temos são essas imagens daí, que só mostram que o projeto foi elaborado por quem não saca nada do universo gay. Pegam um personagem famoso e tudo que pensam é: "vamos faze-lo esbelto, descolado, pois é a cara dos jovens de hoje. Vamos pôr um beijo gay."
    Se eu sou contra ou a favor? Uma vez comprei a revista fo homem-aranha 120, da Panini, na época veio vombuma trama em wue o Kraven está de volta ao lar. E quando mostra ele, rapaz, deu um tesao do carvalho aquele homem. E havia toda uma situação onde o leitor ia sacando como a convivência em família era excêntrica, pois havia um entendimento de incesto, e ali ninguém era flor que se cheire. A história é legalzinho. Impressiona mais pela arte. Aquele Kraven sim, algo que uma boa parcela do público gay aprecia. Pena que passou batido. Só quem tem s revista viu. No caso, o público predominante é de homens jovens e heteros.
    O que eu quero dizer é que, se houver elementos que cativem os gays, pode vir a ser um sucesso. Mas se ficarem na pegada de inclusão e lacração, já sabemos onde isso vai dar. O público percebe certas empreitadas. Sobretudo, os gays. Vamos ver se saberão explorar direito os elementos que nós, em comum, prestamos atenção. Um peito cabeludo aqui, um personagem misterioso ali... que tipo de questão será abordada e de que maneira farão isso... Se souberem fazer, rende. Mas, não estou me iludindo, não.

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    1. E como o texto é uma brincadeira, não quis falar nada de forma mais séria, mas isso de um gay costureiro e afeminado é um puta dum estereótipo, nem sei que porcentagem da população gay isso pode representar. E pelo que você comenta de suas preferências, acho que elas são muito parecidas com as de um professor amigo meu, um cara meio ogro, aliás, meio não, totalmente ogro, ele gosta do tipo que acho que vocês chamam de urso, o cara gordo, peludo. Com ele, se o cara fizer regime, perde o namorado.

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    2. Chamam de Urso. Homens de corpo robusto e com pelos. Não gosto muito dessas denominações, mas algumas delas são úteis. No caso, essa ajudou a valorizar o homem gordo ou grandalhão barbudo ou peludo, que era menosprezado e esquecido pelos próprios gays que amam, na verdade, um belo corpo másculo, mas há várias turmas diferentes. A questão que quero ver nos quadrinhos não é bem essa. Quero ver se o comportamento dele estará em afinidade ou será apenas um estereótipo qualquer. Mas, sinceramente, nem sei se vou olhar essa revista. Se cair facinho na minha mão, talvez eu veja. Seria melhor personagens gays de verdade.

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    3. A DC comics tem um personagem chamado Meia-Noite que dizem ser um gay mais autêntico, mas nunca li nada dele. Tem até um caso engraçado desse meu amigo. Uma vez, durante um intervalo, tinha duas professoras falando de cerveja, dizendo que tinham gostado muito de ir na Toca do Urso (um bar da cervejaria Colorado), pois ele pensou que era algum bar gay. Pãããããta...
      Mas acho que entendo o que quer dizer. O ideal seria um personagem gay que tivesse uma vida normal como todos os outros heróis héteros, com empregos, companheiros, filhos etc. E não heróis gays cujas histórias girassem tão somente em torno da sua sexualidade. Que ele ser gay fosse mais uma característica, mais um pormenor de sua personalidade, e não o centro dela.

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    4. Você entendeu corretamente. Exatamente isso. Porque ser gay é um detalhe. Tipo, o wue vai mudar na vida do Peter é perguntar qual shampoo Palmolive a Mary Jane usa. O resto é praticamente igual. Então não vejo muito significado, mas aguardemos...
      Seu amigo deve ser bem atiradinho, hein? Deixou-me curioso.

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    5. Não como ele é na hora da cama, se é atiradinho ou não; mas no convívio do dia a dia, ele é sério até demais. Até caretão.

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  2. Não há mais nada sagrado no mundo dos quadrinhos! Aliás, desde a criação nauseante de crossovers da Marvel com a DC a pouca vergonha se instalou no mundo das HQs. Se existe uma coisa em que eu sou totalmente raiz é história em quadrinhos. Eu reclamo até da mudança de ilustrador (mesmo que o original tenha morrido). Mas já que “só estamos nisso pelo dinheiro”, como disse o Frank Zappa, poderiam pelo menos mudar o nome dos novos personagens. Sugestão: Tarantula Man. Poderiam também ser viciados em sexo, pois a tara já estaria garantida.

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    1. Rapaz, até que de uns crossovers antigos, das décadas de 70 e 80, entre Marvel e DC, eu até gostava. Tenho um do Batman e Hulk muito bom. Outro do Super-homem e Homem-Aranha tb legal. Os universos se cruzavam, mas a essência dos personagens não era mudada,
      Também não gostava quando mudava o desenhista. Ainda mais que a mudança era sempre de um com traços mais clássicos para outro com traços mais modernosos. O meu desenhista mais odiado : Mike Zeck!!!

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