segunda-feira, 31 de agosto de 2020
É a Parte Que Lhe Cabe do Meu Latifúndio
quinta-feira, 27 de agosto de 2020
Pode Ser Numa Canção, Pode Ser no Coração, Eu Só Quero Ter Você Por Perto (12)
Ligo o rádio
Puxo um cigarro
E o peixe sonha no aquário...
De repente
Lindamente
Minha heroína
Bem aqui na minha frente
Ela sempre me seduz
Linda bailarina
Vestida de luz
Dança no meu corpo
Rola e me deixa louco
Ela sabe apagar
A barra de um dia duro
Ela sabe demais
Quando quer
Ela lê um gibi
Ri sozinha
Lá no fim da página
Beijo minha heroína
De repente
Lindamente
Acontece a mágica
E a aventura não termina.
Eu, Uma Farsa em Pessoa
E finge de forma tão completa,
Que alguns,
De tão fingidores,
Chegam a fingir que deveras são poetas.
terça-feira, 25 de agosto de 2020
As Armas e os Barões Assinalados
segunda-feira, 24 de agosto de 2020
Bosta em Lata
sábado, 22 de agosto de 2020
Dasvidaniya, Natasha, Dasvidaniya.
sexta-feira, 21 de agosto de 2020
Cerveja-Feira (27)
Amém, irmã, amém!!!
quarta-feira, 19 de agosto de 2020
Mask is The New Black (6)
terça-feira, 18 de agosto de 2020
A Fênix Jair Bolsonaro
domingo, 16 de agosto de 2020
Dia Mundial do Canhoto
sábado, 15 de agosto de 2020
O Brasão do Jotabê
Ah, e a família Pinto também possui um brasão de armas, mas pinto eu não mostro aqui. De jeito nenhum.
sexta-feira, 14 de agosto de 2020
Cerveja-Feira (26)
quarta-feira, 12 de agosto de 2020
Os Intestinos do A Marreta do Azarão
segunda-feira, 10 de agosto de 2020
Pode Ser Numa Canção, Pode Ser no Coração, Eu Só Quero Ter Você Por Perto (11)
Zeca Baleiro, entretanto, há tempos está a dever um álbum seu de inéditas do mesmo naipe de sua primeira trinca de CDs, destacadamente o Líricas. Então, sexta-feira agora - talvez já fosse sábado -, estava a ouvir a Rádio Só MPB, de Sorocaba (SP), e a voz de Baleiro entrou a cantar uma música que eu não conhecia, e com uma letra que de cara achei do caralho. Os versos que abrem esta postagem são trechos dela, e a gostosa da imagem, a protagonista do clipe oficial da canção, um clipe caprichadíssimo, do qual deixarei o link ao fim da postagem.
Gostei demais da música. Teria Baleiro recuperado a velha forma? Seria a canção Tu Não Sabes uma faixa de um novo álbum com outras tantas de mesmo tope? Torci para que sim. Torci por Zeca Baleiro. E, sobretudo, por mim.
Quanto tempo vais poder
Dizer: Este sou eu
Gritar que o chão é teu
Tu não sabes
Que o céu chama por ti
Quando à noite te sorri
Quando as pétalas se abrem
Só por si
Tu não sabes
Tu não sabes
Quanto tempo irás pedir
Quando o sangue te fugir
Quando o punho se fechar
Sobre ti
Tu não sabes
Que o sonho não morreu
Quando o beijo se perdeu
Que a manhã não acabou
Só por nós
Tu não sabes
Que palavras vais usar
Quando o sono não vier
Quando a noite te disser
Vem comigo
Que loucura irás dizer
Quando a mão que te apertar
Te pedir para ficares
Só mais um dia
Tu não sabes
Tu não sabes
Quantos rios vão se deter
Quantos olhos vão beber
Nas palavras que colaste
Junto ao peito
Tu não sabes
Que os teus dedos são já meus
Que se vão fechar nos teus
Quando os barcos se despedem
Na maré
Tu não sabes
Que palavras vais usar
Quando o sono não vier
Quando a noite te disser
Vem comigo
Que loucura irás dizer
Quando a mão que te apertar
Te pedir para ficares
Só mais um dia
Tu não sabes
Tu não sabes
Tu não sabes
Tu não sabes
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
quarta-feira, 5 de agosto de 2020
O Ano em Que Conheci Bukowski
Aprovado em 1998 em um concurso de provas e títulos para professor da Rede Pública do Estado de São Paulo, tomei posse do meu cargo em inícios de 2000. Com apenas uma vaga da minha disciplina na cidade, preenchida por uma menina que ficou em 6º lugar na classificação geral do Estado (eu fiquei em 47º), escolhi minha vaga e fui de mala e cuia para a cidade de Mococa, a uns 100 km de Ribeirão.
Concomitante à minha conquista do cargo, e há três semanas já em novo endereço, levei um fragoroso pé na bunda da namorada. Pé na bunda não de todo inesperado; alguns ameaços, algumas simulações haviam ocorrido nos últimos meses. O que não impediu, no entanto, que tenha sido o fora mais doído que já levei.
Devo ter chorado e bebido um pouco além da conta por uns quatro ou cinco dias, mas não cheguei ao ponto de comprar um CD sertanejo. Depois disso, estranhamente, meio que do nada, ao invés de me sentir abandonado, peguei-me liberto. Eu era um forasteiro, agora. Em uma nova cidade, com uma nova vida sem nenhum vínculo com nada ou ninguém. Um perfeito anônimo. Talvez daí a sensação de libertação.
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
Mergulho (ou a viagem ao centro das minhas vinte mil léguas submarinas)
Nenhuma de minhas mulheres
Jamais compreendeu
Nem mesmo se deu conta
Ou se apercebeu
De minha profundidade
De minha zona abissal.
Todas
Enquanto eu vestia meu escafandro
Me viam de bermudas de sarja
E chinelos de dedo.
Todas
Enquanto eu estava a tomar chocolate quente com rum
Em meu batiscafo
A contemplar um pôr-do-sol de águas-vivas
Me viam com elas a tomar soda limonada
Em ensolaradas macarronadas dominicais.
Por isso, as amei perdidamente
Por isso, fui a fundo na superfície delas :
Nunca desconfiaram dos meus mergulhos.
O mergulho é um ato secreto e solitário.
A dois
Só o escolher da cor das paredes da sala e do quarto de hóspedes
Do aroma do desodorizador do banheiro
E o lugar da nova samambaia.
A dois
Só o pedalar de mãos dadas aos sábados
Pelas ciclovias da zona Sul da cidade
O levar o PET ao veterinário
E o pagar das contas
No fim do mês.