segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Saudades Do Politicamente Erradíssimo

Eu tinha 17 anos, era 1984, e cursava o terceiro ano do colegial (não essa merda de ensino médio) em São José dos Campos quando tive contato com o jornal Notícias Populares, o famoso NP.
Havia um professor de Física, professor Mário, que vinha de São Paulo nos dar aula e sempre carregava um exemplar do NP no bolso, o jornal tinha poucas páginas (poucas e boas) e dava para dobrá-lo e guardá-lo no bolso. Até que um dia, talvez pela importância da notícia, o professor Mário resolveu compartilhar seu jornal conosco, e se pôs a ler sobre um fato que estava a causar furor na capital paulista : a saga do Pelezão. Pelezão era um negão indigente, frequentador da fila da sopa do Cetren, mais um desvalido na grande cidade. Até que um dia, uma psicóloga do Cetren arrastou Pelezão para o carro dela e deu a maior sopa de buceta pro Pelezão. Pronto, a partir daí, Pelezão virou símbolo sexual e rendeu boas semanas de manchetes no NP, todas lidas para nós pelo professor Mário.

Depois disso, passamos, eu e mais alguns amigos, a comprar o NP sempre que possível, pena que não guardo nenhum exemplar comigo até hoje. O jornal tinha de tudo o que corria no mundo cão, crime, sexo, crime por sexo, pôster de mulher pelada na página central, casos paranormais etc etc. Tudo na mais pura e genuína linguagem popular e brasileira. Algumas de suas manchetes que se tornaram clássicos:

Bicha põe rosquinha no seguro"
, "Aumento de merda na poupança", "Broxa torra o pênis na tomada", "A morte não usa calcinha", "Churrasco de vagina no rodízio do sexo", “Aluno é expulso por causa do chulé”, “Maradona bom de bola, ruim de taco”, “Padre extermina 15 diabos por domingo”, “Broxa torra o pênis na tomada”, “Malacos surpreendidos sairam berrando em lá maior”, “Violada no Teatro Municipal”, “Deu um barro e morreu”, “Kombi era motel na escolinha do sexo”, “Médico afirma: o bebê-diabo nasceu no ABC”, “Psicóloga pega na marra e violenta o indigente”, “Milene engravida na primeira bimbada”, “Angélica foge do hotel no meio do terremoto”.
O Jornal era mantido pelo Grupo Folha e circulou de 1963 a 2001. Hoje, não duraria muito tempo, infelizmente, não venderia para pagar os processos dos mais diversos e canalhas tipos de ONGs que se alastram por esse país.
Um brinde ao NP, e ao professor Mário, que nos apresentou a essa literatura da mais alta qualidade.

sábado, 27 de novembro de 2010

Não É Carnaval, Mas É Madrugada

A mesma máscara negra que cobre o teu rosto, eu quero matar a saudade...

Máscara negra
(Zé Kéti e Pereira Matos)
Tanto riso, oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando pelo amor da Colombina
No meio da multidão

Foi bom te ver outra vez
Tá fazendo um ano
Foi no carnaval que passou
Eu sou aquele pierrô
Que te abraçou
Que te beijou, meu amor
A mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Bukowski E As Moças

Moças a chegar em casa
as moças chegam a casa nos seus carros
e eu sento-me à janela e
observo.

há uma moça num vestido vermelho
a conduzir um carro branco
há uma moça num vestido azul
a conduzir um carro azul
há uma moça num vestido rosa
a conduzir um carro vermelho.

quando a moça do vestido vermelho
sai do carro branco
vejo-lhe as pernas

quando a moça do vestido azul
sai do carro azul
vejo-lhe as pernas
quando a moça do vestido rosa
sai do carro vermelho
vejo-lhe as pernas

a moça do vestido vermelho
que saiu do carro branco
tinha as melhores pernas

a moça do vestido rosa
que saiu do carro vermelho
tinha pernas assim-assim

mas não me esqueço da moça do vestido azul
que saiu do carro azul

vi-lhe as calcinhas

ninguém imagina o agradável que pode ser
a vida por aqui
às 5:35 da tarde.


Moças serenas e meigas em vestidos de linho 
tudo o que conheço são putas, ex-prostitutas,
loucas. eu vejo outros com mulheres,
serenas e meigas – eu vejo-os nos supermercados,
a caminharem juntos pelas ruas,
nos apartamentos: pessoas em
paz, a viver juntos. eu sei que a paz
deles é limitada, mas há
paz, muitas horas e dias de paz.

todas aquelas que conheço são viciadas em comprimidos, alcoólicas,
putas, ex-prostitutas, loucas.

quando uma parte
há outra que chega
pior que a anterior.

eu vejo tantos homens com moças serenas e meigas
em vestidos de linho
moças com rostos que não são traiçoeiros ou
predatórios.

“nunca tragam uma puta”, digo aos meus
poucos amigos, “ainda me apaixono por ela”.

“tu não suportarias uma mulher meiga, Bukowski.”

eu preciso duma mulher meiga. preciso duma
mais do que preciso desta máquina-de-escrever, mais do que
o meu carro, mais do que
Mozart; eu preciso tanto duma mulher assim que
consigo senti-la no ar, consigo senti-la
na ponta dos dedos, consigo ver passeios construídos
de propósito para ela por eles caminhar,
consigo ver almofadas para a sua cabeça,
consigo sentir o meu sorriso enquanto a espero,
consigo vê-la a fazer festas a um gato,
consigo vê-la a dormir,
consigo ver os chinelos dela ali no chão.

eu sei que ela existe
mas onde está ela
enquanto as putas continuam a encontrar-me?

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ração Humana

Há muito que só entro em uma banca de jornais e revistas para comprar palavras cruzadas, não chego a olhar outros tipos de publicações, nem aqueles que um dia foram de meu interesse. As chamadas HQs adultas são escritas, hoje, em sua maioria, por uma molecada, de seus trinta e poucos anos, que nunca leu na vida, e se metem a escrever; tive de abandonar as HQs. As revistas de divulgação científica não têm mais minha confiança, a ciência não mais a tem, não consigo mais me fiar em pesquisas científicas direcionadas e/ou manipuladas pela indústria médica, farmacêutica ou de eletroeletrônicos. Não acredito mais na ciência, e meu sustento vem de falar dela; sou um padre que não acredita em deus. Desonesto de minha parte? Sim. Mas a ciência também é. Deus também é.
De modo que, voltando ao assunto, o que sei do atual mercado editorial é o que vejo nas laterais dos caixas dos supermercados e nos cartazes externos das bancas pelas quais passo matutinamente. Um cartaz promocional frequente é o da revista Boa Saúde, cartaz bom de se olhar, geralmente traz uma gostosa em trajes sumários na capa. Fugindo um pouco do costume, o cartaz que vi hoje exibe a imagem de uma maçã na capa, imagem de um vermelho e de um lustro inexistentes na natureza, provavelmente gerada em computador, feito as já citadas mulheres e, em destaque, a reportagem central : "Alimentos Orgânicos, suas vantagens", "Ração Humana, a busca pela dieta mágica".
Mais duas tapeações empurradas, literalmente, goela abaixo do consumidor com a promessa de beneficios à saúde.
Alimentos orgânicos : e qual não é? A definição básica de orgânico é a que classifica como tal os compostos formados por átomos de carbono; há algumas exceções (haver exceções é a única regra à qual não há), o gás carbônico (CO2), o monóxido de carbono (CO) e o ácido cianídrico (HCN).  Mas, de resto, tem carbono, é orgânico.
Vitaminas, carboidratos, proteínas, lipídeos, tudo é composto orgânico; de inorgânico, só ingerimos a água e os sais minerais. Portanto, todo tomate é orgânico, bando de idiotas! Vantagens dos "orgânicos" ? Nenhuma. Ah, mas não tem agrotóxicos, dizem os insuportáveis "naturebas". Pode até ser, mas pode ter cepas e mais cepas de bactérias provenientes do adubo orgânico, o esterco, a famosa merda. E algumas dessas bactérias podem, num dia de azar (seu, de sorte delas), causar-lhe uma bela duma infecção. Aliás, merda é um produto orgânico por excelência : comam-na, naturebas.
Todo alimento é orgânico, caralho! O único benefício dos intitulados "orgânicos", é se você for uma pessoa dedicada ao aprimoramento de sua espiritualidade, uma pessoa que está tentando se libertar do mundano, desapegar-se das coisas materiais. Nisso, os "orgânicos" em muito lhe ajudarão, depenando seus bolsos, visto que chegam a ser cinco, seis vezes mais caros que os "normais".
Quanto à ração humana, basta-me citar o trevoso Zé Ramalho :  Êeeeeh! Oh! Oh! / Vida de gado / Povo marcado, Êh! / Povo feliz!

VITRINES

A vida é múltipla em suas possibilidades,
Sortida em suas vitrines;

Porém una em suas escolhas,
Excludente em cada um de seus veredictos;

Daí, as frustrações, os desmoronamentos,
Daí, a desesperança.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Chico, Devolve o Jabuti

Corre na internet, uma petição na qual é solicitada, ao cantor, compositor e escritor Chico Buarque, a devolução do prêmio Jabuti lhe entregue em 2010, o Prêmio Jabuti de Livro do Ano de Ficção, pelo seu romance Leite Derramado. Chico, Devolve o Jabuti, clama a petição.
Acontece que o prêmio Livro do Ano de Ficção engloba duas subcategorias, a de Romance e a de Contos e Crônicas, e Chico ficou em segundo lugar na de romance, sendo vencido por Edney Silvestre e o seu Se Eu Fechar Os Olhos. Como pode o segundo lugar de uma subcategoria se consagrar o campeão da categoria geral?, pergunta a petição. Garfaram o prêmio de Edney Silvestre ou, ainda, de José Rezende Jr, primeiro lugar na subcategoria Contos e Crônicas; foi uma premiação política e não literária, afirma a petição. A petição já conta com 8628 assinaturas, acabei de assinar agora.
Em defesa de Chico, surgiu outra petição on-line, Chico Buarque, Fique Com o Seu Jabuti, que amealhou o total de 20 assinaturas até o presente momento.
Devolve o Jabuti, Chico, ora, porra!!!
Porém, muito mais importante, dê-nos um novo disco, do naipe de um Apesar de Você, de um Ópera do Malandro, de um Vida, de um Almanaque, de um Construção, de um Meus Caros Amigos, de um daqueles de arrepiar a mais penada das almas.
Vou lançar também uma petição on-line: Chico, devolva-nos o Chico Compositor.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Richarlyson Faz Gol Contra

Não gosto de futebol, mas uma coisa ele tem de bom, é um refúgio contra o fascismo do chamado politicamente correto. Esse tipo de esporte é um reservatório da macheza bruta, primal, não lapidada. No futebol, a ditadura da falsa polidez não entra em campo, o cara pode coçar o saco, pode cuspir no chão, pode xingar o juiz.
Podia. Agora, até o futebol dá índicios de afrescalhamento. O tal Richarlyson, após receber cartão vermelho, xingou o juiz de filho da puta, mandou tomar no cu  e falou que o árbitro era viado. Resultado, vai ser julgado pelo tribunal esportivo, será condenado à suspensão por uns tantos jogos e seu clube, o São Paulo, já deu mostras de que pretende dispensá-lo. 
Mas o dito cujo jogador, dizem, também não é viado? Viado não pode chamar outro viado de viado? O mundo tá ficando muito louco, muito estranho.
Nunca joguei futebol, mas deve ser impossível não sair um palavrão no calor da disputa. Imaginem isso na época do Pelé, do Garrincha, do Gérson, o Brasil nem tinha ganho o tri. E o que dizer, então, de Serginho Chulapa, Romário, Renato Gaúcho, Edmundo etc etc? Não gosto de futebol, mas tem que ter xingamento, sim.
Manifesto aqui meu apoio a Richarlyson, quem tem que ser desligado do futebol é esse juizinho melindroso. Pode-se até ser viado, não tem problema, mas é necessário manter uma certa macheza.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Os Arquivos "Secretos" da Dilma

Passadas as eleições, o Supremo Tribunal Militar liberou o acesso aos documentos das atividades terroristas do VAR-Palmares, grupo armado, atuante nas décadas de 60/70, encabeçado por Dilma Rousseff, presidenta eleita. Surpresa : todo mundo "descobriu" o que já se sabia, que tal grupo nada mais era que uma quadrilha da mais baixa estirpe, que justificava seus atos criminosos dizendo combater a ditadura, um regime impopular, que o povo queria ver deposto, segundo a tropa de Dilma. Será que a ditadura era mesmo impopular? Não conheci, até hoje, nenhuma pessoa do povo, não aquela pseudoelitizinha vermelhóide, que tenha reclamações da ditadura; pelo contrário, essas pessoas lembram da época como um tempo de maior segurança, mais ordem e melhores escolas, perguntem a alguém verdadeiramente do povo e confirmem o que acabo de dizer.
O VAR-Palmares era uma malta de bandidos,e ponto. O que fizeram nada teve a ver com a defesa da democracia, foi para usurpar o poder, fosse de quem fosse, calhou de ser um regime militar; fosse um parlamentarismo ou uma monarquia, e o mesmo teria se dado. Bandido é bandido. E brasileiro gosta de bandido, já disse isso aqui.
Mas, como não podia deixar de ser, já começaram a aparecer os defensores dos integrantes do VAR-Palmares, atual PT. Um deles é o jornalista Paulo Moreira Leite, que argumenta, em artigo da Revista Época, as mesmas idiotices de sempre : que as atividades de banditismo do VAR-Palmares, ainda que discordemos delas, eram atos de resistência, que era uma situação de violência reagindo de forma violenta. Só faltou ele dizer que os Palmares eram produtos (e vítimas ) do meio, que todo comunista nasce bom e puro, é a direita que o corrompe.
O mais interessante do artigo, no entanto, são os comentários de dois leitores, o que mostra que pouca gente, hoje, cai na história de que a ditadura era um monstro e a turma da Dilma, os cavaleiros em reluzentes armaduras. Reproduzo aqui os comentários deles:

"Fábio Slaviero (leitor):
Era situação de violência reagindo de forma violenta para instalar um novo período de violência.
Busca transformar a história brasileira numa espécie de Juízo Final, a contrastar justos e injustos, santos e demônios, bem ou mau, como se todos aqueles que se opuseram à ditadura quisessem democracia.
Buscaram e conseguiram, afinal, alguém se lembra das vítimas dos terrorismo da esquerda, ou só se lembram da tortura do militares?
Repito, em 64, a democracia brasileira entrou em falência POR FALTA DE QUEM A DEFENDESSE, NÃO POR EXCESSO DE DEFENSORES. Não compreendiam a democracia o governo, os militares que o depuseram e as esquerdas que queriam fazer a revolução.
Paulo, o fato de que se opunha a uma ditadura não quer dizer que fizesse as melhores escolhas. Nem tudo o que não era a ditadura militar prestava. Nem todos os métodos empregados para derrubá-la eram bons.
O que dizer para as vítimas dessa “resistência”? O que dizer de Mário Kozel Filho, meu primo, morto aos 18 anos, quando teve seu corpo totalmente dilacerado por uma bomba depois de um atentado.
Solidarizo-me, também com os familiares de Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen, Wenceslau Ramalho Leite, José Antunes Ferreira, José do Amaral, David A. Cuthberg, Cidelino Palmeiras do Nascimento, Aparecido dos Santos Oliveira e Kurt Kriegel, algumas das pessoas assassinadas pelo Colina e pela VAR-Palmares, grupos terroristas a que Dilma pertenceu.
Nesse grupo, há motorista de táxi, comerciante, soldado, marinheiro estrangeiro que nada tinha a ver com o assunto.
As famílias desses mortos não receberam indenização. Ao contrário: alguns assassinos foram indenizados.";

André Roldão (leitor):
Paulo, infelizmente qualquer coisa que um militar disser em “favor” do regime, que seria um outro lado, será ridicularizado. Então, porque fariam isso? Assim como eu, que defendo o Regime naquele contexto, outros tantos o fazem. Mas é politicamente incorreto fazer essa defesa. Sequer a mídia consegue se corrigir e continua falando em ditadura, quando não houve uma. A parcialidade não está nos arquivos, está em o Exército não poder falar. A mídia nega o fato do povo apoiar o regime à época. Pesquisei entre amigos e é raríssimo alguém, adulto durante o regime, falar mal dos militares. E aí, o que dizer disso? Estou convicto da total parciliadade na abordagem do Regime Militar."

domingo, 21 de novembro de 2010

O Papa Bento XVI Liberou A Putaria

O Papa Bento 16 liberou o uso da camisinha em casos de prostituição. Oba! Então, liberou a prostituição, também. Usar camisinha com a esposa ou namorada, não pode; com a puta, pode.
Mas vou dar, aqui, uma de (com perdão da má palavra) presidente Lula, usarei uma metáfora idiota com o futebol, afinal, o barbudo governou 8 anos se valendo desse recurso e chegou ao fim do mandato com mais de 80% de aprovação popular; funcionou pra ele, quem sabe não funcione também para mim.
Suponha que você seja (com perdão da má palavra, de novo) um jogador de futebol, nasceu com um certo talento para chutar coisas, treinou essa aptidão, esforçou-se e tal. Um dia, você chega a ser um jogador profissional de futebol de certo renome e começa a questionar as regras do esporte escolhido por você, existem dezenas de outros esportes, mas você escolheu o futebol, ninguém lhe obrigou : o campo é muito grande, tem que pôr dois goleiros, pra quê bandeirinhas?, gol de fora da área tem que valer dois pontos, do meio de campo, três, e vamos deixar disso de jogar a bola apenas com os pés, tem que valer pegar com a mão também. Ou seja, você quer mudar todas as regras estabelecidas e das quais você era ciente antes de se profissionalizar. Quer jogar bola com as mãos?, fosse para o basquete.
Pois bem, vem ocorrendo algo parecido em relação à Igreja Católica nos últimos tempos, pela qual, aliás, não nutro a menor simpatia, mas suas regras - os cânones, no caso - sempre foram muito claras. Padre não pode casar, católico só pode fazer sexo depois do casamento e para procriação, não pode comer carne vermelha na sexta-feira da paixão, e não pode usar camisinha, um paliativo segundo a igreja, a solução seria uma reforma moral da sociedade.
Tudo besteira, tudo cretinice, ao meu ver, em minha opinião. O que eu faço, então? Simples, não me torno católico, ninguém me obriga a ser, se eu me resolver a isso, eu que me submeta às regras. Não tenho simpatia por nenhuma igreja, repito, mas sou contra qualquer uma delas mudar suas regras por pressão da sociedade, sobretudo uma sociedade cada vez menos consciente do que quer, uma sociedade que simplesmente quer a total ausência de regras, quer a baderna. O cara quer casar? Que não seja padre. Quer usar métodos contraceptivos? Não seja católico. É muito mais honesto que ficar chorando as pitangas depois.
Agora, vem o Papa Bento 16 e começa a abrir as pernas, admite o uso da camisinha para evitar contágios. E uma vez abertas as pernas, já era. Logo, logo, padre começa a casar etc etc. Não sei, mas talvez seja uma maneira da Igreja tentar recuperar os fiéis que vem perdendo para outras religiões mais liberais ou, ao menos, estancar essa migração da fé. Se for essa a principal intenção, não funcionará. O mais fácil será ela perder os mais tradicionalistas, os que concordam com suas liturgias, que recuperar os desgarrados. Além disso, quando se faz mudanças para agradar a todos, corre-se o risco de perder a própria identidade, o próprio caráter. Pode ser o começo do fim da Igreja Católica. Sinceramente, não gostaria que isso acontecesse, seria um a menos para eu marretar, e o mundo fica chato sem inimigos.
Estou decepcionado com o papa Bento 16, nazistão das antigas. Eu esperava uma linha-dura da parte dele, até, quem sabe, a volta das missas em latim, e, agora, ele vem com essa. Não se fazem mais nazistas como antigamente, nem os que foram feitos antigamente.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Saresp : À Imagem e Semelhança do ENEM

Problemas técnicos (de burrice, mesmo) também nos gabaritos do Saresp.
Pelo menos 18 escolas do interior de São Paulo tiveram problemas na prova de ontem do Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de SP). Segundo relatos de diretores da rede, alunos receberam gabaritos com uma numeração diferente da que havia no caderno de perguntas.
O erro pode fazer com que respostas corretas dos alunos sejam consideradas erradas, já que a prova pode ser de um tipo diferente do gabarito. Foram aplicados 26 tipos diferentes de avaliações.  A Secretaria Estadual de Educação afirma que o problema não afetou os alunos, pois foi percebido a tempo. Ah, é? Afetou a quem, então? Aos diretores de escola e professores, arriscados a terem seus bônus reduzidos? Só se for.
Eu vi algumas das questões da prova de Biologia. Ridículas. Prova para o Tiririca fazer, como eu já havia vaticinado aqui, ontem. Uma delas dizia do aparecimento dos seres fotossintetizantes e o consequente aumento da concentração do gás oxigênio na atmosfera da Terra Primitiva (tudo isso era dito no enunciado, o aluno nada precisava saber), aí vinha a pergunta: quais seres teriam sido beneficiados pelo aumento do gás oxigênio? Alternativas (as que eu me lembro): a)os seres que se utilizavam de enxofre, b)os que se valiam do nitrogênio, c) os do gás carbônico, d) os que usavam oxigênio na respiração. Rárárárá, como diria o macaco Simão. Eu acho que é essa do oxigênio.
Outra dizia das emissões de enxofre pela queima de combustíveis fósseis e das reações que ele ia sofrendo na atmosfera (de novo, o aluno nada precisava saber delas, tudo estava dito no enunciado) e, no fim, era informado que um tal trióxido de enxofre, em contato com a água da chuva, era transformado em ácido sulfúrico, e aí vinha a pergunta : qual é o nome desse fenômeno? Rárárárá, de novo. Vejamos, chove e forma ácido. Seria a famigerada chuva ácida? E não é que tinha lá essa alternativa? Palhaçada. Pura palhaçada.
O Enem e, mais rasamente ainda, o Saresp cobram do aluno que conclui, hoje, o ensino médio, o que a escola cobrava de mim quando do término de minha primeira série primária : que ele saiba ler. E só. É a prova Tiririca.
O Saresp, além do objetivo primeiro do bônus, tem também a função de uma prestação de contas capenga à sociedade pagadora de impostos, bons números no Saresp levam as pessoas a crer que seus impostos estão sendo bem utilizados. E não estão. Seus filhos estão saindo analfabetos das escolas. O pior, aparentemente as famílias nem estão ligando para isso.
Mas ainda restam algumas esperanças. Os 200 alunos, 100% dos matriculados no terceiro ano do ensino médio da Etesp, considerada a melhor escola estadual paulista, boicotaram o Saresp. E um boicote consciente, embasado em argumentos lógicos, não meramente para "matar" aula.
Parabéns aos alunos da Etesp. Queria poder dar esses mesmos parabéns aos meus alunos; alguns até ensaiaram uma ameaça de boicote, mas estavam todos lá ontem e hoje, sentados em suas carteiras, com seus pontos acrescidos nas médias (o suborno dado a eles). Contentíssimos. Cordeiríssimos.
De novo, parabéns alunos da Etesp. Vocês serão os futuros patrões dos meus. E merecidamente.

Suborno Também Se Aprende Na Escola

Hoje e amanhã (17 e 18/11), será aplicado, em todas as escolas públicas estaduais de SP, o exame do SARESP - Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar de São Paulo.
O objetivo do exame é gerar um número, um índice que represente a qualidade do ensino em SP. O estado de SP não é diferente do resto do país nesse quesito, suspeito eu que seja até um dos piores da nação, depois da instauração da Progressão Continuada. Esse indicador de qualidade dado pelo Saresp não será utilizado, como afirmam seus idealizadores, na detecção de falhas no processo e nem na proposição de alternativas para saná-las. Óbvio que não! Nada, no Brasil, é feito em prol do Público. Além do mais, todos os setores governamentais envolvidos com o ensino sabem muito bem os principais pontos fracos e sabem melhor ainda como fazer para melhorá-los; a questão é que não querem, a má qualidade é proposital, mais, é engendrada.
Os números do Saresp se converterão em dados, em estatísticas para a apreciação de órgãos internacionais, e o governo conseguir suas verbas e polpudos empréstimos, se os números forem favoráveis. Então, serão favoráveis. De qualquer maneira e a todo custo, serão favoráveis.
É fácil gerar resultados favoráveis mesmo quando o nível do ensino está na vala sanitária, bastar ir baixando sistematicamente o grau de exigência da avaliação, elaborar uma prova que até o Tiririca faria, e seria aprovado. 
Mas isso é só o começo. Por mais fácil que seja uma prova, é necessário o aluno fazê-la, e nada o obriga a tal, ele pode muito bem se valer dos 25% de ausências que tem assegurado por lei e dormir até mais tarde no dia do Saresp, sem nenhum ônus ou consequência.
Faz-se urgente, então, que o governo pressione as direções de escola e os professores a pressionarem os alunos, para que esses adiram ao Saresp. Obrigar funcionário público a algo, não é tarefa das mais gratas, são concursados, estáveis, praticamente irremovíveis de seus cargos e, em geral, ao menos na fala, são contrários e desgostosos com o governo, que tão mal lhes remunera. Aí é que começa uma pequena cadeia alimentar de subornos, e essa é a vantagem de mal pagar seus funcionários.
Das volumosas verbas e empréstimos angariados, o governo retira uma micromigalha e a transforma no famigerado BÔNUS. O bônus é uma espécie de 14º salário para as escolas públicas e foi criado em 2000 ou 2001, podendo atingir o valor de alguns salários do indivíduo. O recebimento de um bom suborno, uma boa esmola, um bom bônus, está atrelado a um sem-número de fatores, o principal : total adesão e bom rendimento no Saresp.
Pronto. Com uma merda de uma migalha, o governo desarma toda e qualquer oposição ideológica que algum professor ainda pudesse fazer ao Saresp, e à aprovação automática, claro. E é dada a largada para a corrida ao ouro, à adesão do aluno, no caso. E vale tudo, o jogo é bem baixo, começa pela chantagem emocional. É dito ao aluno que uma baixa adesão irá lesar a escola, que o nome da escola onde ele passou tão bons momentos, que tão bem cuidou dele (sic), vai ficar manchado, que se ele tem irmãos em séries inferiores, esses não poderão usufruir de uma escola tão boa quanto a que ele teve (sic) etc etc. Se um número considerável de alunos ainda resiste, vem o golpe de misericórdia, a cadeia alimentar da propina é estendida ao estudante : os professores dão uns tantos pontos na média final para os alunos que simplesmente fizerem o Saresp, independente de seu desempenho. Resultado : sala cheia no dia do Saresp. Todos felizes e satisfeitos, com seus pequenos favorecimentos. O negócio é levar vantagem em tudo, certo, Gérson?
No claro e bom português, o governo fala para o professor e o professor fala para o aluno : me ajeita que eu te ajeito. Essa é a tão propalada escola cidadã? Cidadã e democrática? Ensinar suborno e negociata é o conceito que eles têm de formar bons cidadãos? 
E o pior é que praticamente todos os docentes abraçam efusivamente a causa do bônus, ops, do Saresp, até servindo de aplicadores de prova. Na minha escola, apenas eu e um outro docente somos abertamente contra o Saresp, e mais outros dois se dizem neutros. Isso num total de 80 professores efetivos, mal bate nos 5%; e garanto que esse triste percentual não é maior em outras escolas, se não for menor.
Lastimável. Deplorável e vergonhoso essas pessoas se dizerem professores e formadores de opinião - ou educadores, como preferem ser chamados atualmente. Essa falta de senso crítico, esse descaramento, estende-se aos docentes de todas as disciplinas escolares, inclusive, e desgraçadamente, àqueles que, por força do currículo, discursam enfadonhamente ao aluno, o ano todo, sobre ética e moral.
Bom bônus para todos vocês, colaboradores "desinteressados" do Saresp, que suas ceias natalinas sejam gordas e não lhes deem indigestão. Sei que não terão. Indigestão não é questão de estômago, é de consciência. Vocês estão liberados, podem se entupir à vontade.
De um peru bem grosso e cabeçudo, de preferência.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Argentina Enraba Brasil Em Amistoso (pero no mucho)

ARGENTINA 1 X 0 BRASIL.
É a vingança do Dunga.
E os os caras ainda pirateiam livros.

Depois Que O Ladrão Entrou, Não Adianta Pôr Cadeado

Reportagem extraída da Revista Época, Editora Globo, 16/11/2010

 Justiça Libera Acesso À Ação da Ditadura Contra Dilma
"Passadas as eleições, o Superior Tribunal Militar (STM) liberou nesta terça o acesso ao processo aberto durante a ditadura militar contra a presidente eleita, Dilma Rousseff. A consulta à ação estava indisponível por determinação do presidente do STM, Carlos Alberto Soares, que dizia temer o uso político das informações durante o período eleitoral.
Por 10 votos a 1, o plenário do STM autorizou o acesso amplo e irrestrito ao processo instaurado em 1970, quando Dilma militava em movimentos contrários à ditadura militar. Além dela, outras 71 pessoas são citadas na ação penal na qual são relatadas, entre outras situações, torturas.
A maioria dos ministros atendeu a um pedido do jornal Folha de S.Paulo, que tentava consultar o processo desde maio. Em agosto, o jornal protocolou um mandado de segurança pedindo que as informações fossem liberadas. Mas até então o acesso estava proibido.
Antes da eleição, o STM chegou a começar a discutir o caso. Mas dias antes do segundo turno, a Advocacia Geral da União (AGU) conseguiu adiar o julgamento, impedindo o acesso às informações. Na ocasião, a AGU alegou que precisava consultar os autos. Diante da possibilidade de o caso ser decidido só depois do segundo turno, o ministro Cerqueira Filho desabafou na época. "Se passar a eleição, será uma grande pizza", disse.
Após o julgamento desta terça, a advogada do jornal, Taís Gasparian, lamentou o fato: "É lamentável que tenha sido deferido só agora, depois das eleições." Apesar disso, ela afirmou que foi "uma vitória da sociedade, que poderá ter acesso a documentos históricos". "Esses documentos históricos jamais poderiam ser subtraídos", disse a advogada.
Relator do mandado de segurança julgado, o ministro Marcos Torres foi o único a votar contra a liberação do acesso ao processo aberto em 1970 contra Dilma. No início da sessão, ele chegou a votar favoravelmente à liberação do acesso somente depois de consultas às 72 pessoas citadas na ação. Mas a proposta foi rejeitada. Um dos mais incisivos no julgamento, o ministro José Coelho Ferreira afirmou que uma pessoa que deseja servir o país não pode querer que fatos históricos ligados à sua vida e à sua saúde sejam subtraídos da informação do povo"

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Entre Lesmas

As pessoas estão cada vez mais lerdas. E estão por todos os lugares, arrastando-se, atravancando o caminho dos (raros) mais céleres.
Estão nos supermercados a entupir os corredores e a impedir o acesso às prateleiras com suas morosidades, bundas paquidérmicas e seus carrinhos abarrotados de embalagens aluminizadas; estão pelas ruas a poluir as calçadas, tartarugas a atrasar o passo de quem tem mais o que fazer da vida, muitas vezes, prefiro andar pela rua e enfrentar os carros, faz-se necessário desviar delas como à merda de cachorro; estão nos caixas eletrônicos dos bancos, a esquecerem suas senhas e "apanhando" de uma máquina cujo manejo não ofereceria dificuldades a um chimpanzé bem treinado.
Lerdas, as pessoas estão em marcha lenta. Umas porque são muito baixas, tem pernas curtas (os incipientes gabirús), outras porque são muito altas, porém descoordenadas, outras são gordas demais, outras porque são velhas, outras porque são muito novas (essa geração videogame cujo cérebro só tem consciência do uso das mãos, os pés são meros apêndices), outras, ainda, insuportáveis, porque distraídas com fones em seus ouvidos, desligados da realidade, mp3, ipods, celulares, fios por todos os lados. Lerdas, lerdas, lerdas.
Uma das situações mais angustiantes de morte em que me imagino, sou eu alheio ao mundo, prostrado num leito, conectado a toda sorte de fios e tubos; excetuando o leito, as pessoas andam por aí dessa forma, nos dias de hoje. Bons tempos em que as pessoas dependiam de aparelhos para sobreviver apenas quando estavam em estado de coma. Lerdas, lerdas, lerdas.
Desde meus 10 anos de idade, quando do início de minhas andanças pelo centro da cidade, tenho um passatempo particular, apostar corrida com todo e qualquer outro pedestre à minha frente. A maioria, é verdade que isso não é de hoje, sempre foi ultrapassada com facilidade, mas já tive excelentes embates pelas calçadas, que muito já exigiram de minhas pernas e fôlego, mas isso em eras passadas, nada de que eu me lembre nos últimos 5 ou 6 anos.
Como um pistoleiro do Velho Oeste, pensava com temor (e com certo alívio) no dia em que seria superado por uma geração mais nova e mais rápida, com o dia em que a idade me transformaria num obstáculo facilmente transponível. Pois bem, já passei dos 40 anos e há muito não tenho um desafio pelas ruas, a molecada está patética.
Pudera. Tudo automatizado. TV com controle remoto, carro para ir à padaria da esquina, carro com vidros elétricos, portões eletrônicos, consumo precoce de álcool e tabaco, madrugadas passadas em claro e, exceto a sagrada punheta, nenhuma atividade física. Bem ou mal, eu ainda ando meus 8, 10 km diários, sem resfolegar, mal transpirando. Há as academias, disse-me alguém, dia desses, as academias têm cada vez mais frequentadores. Grande bosta, puro artificialismo, as academias; desafio qualquer idiota que fica o dia todo correndo numa esteira a me enfrentar num teste de resistência. O exercício em ambiente fechado, a atividade física em cativeiro, é risível, são as agruras do meio ambiente que conferem força e resistência. Ou Rocky Balboa não teria vencido Ivan Drago.
O que sei é que está cada vez mais complicado ser um bólide em tempos de charretes.

"Eles nos matarão se puderem, Bruce. A cada ano, eles ficam menores...e a cada ano nos odeiam mais! Eles não devem ser lembrados de que gigantes caminham sobre a Terra!" (Clark Kent)

domingo, 14 de novembro de 2010

Emílio Garrastazu Médici

É o dito povo no poder,
É o proletariado nas rédeas da nação,
É a esquerda festiva,
Sem dedo, aposentada e bebedora de whisky,
Pago pelo imposto do cachaceiro.

Valha-me, Emílio Garrastazu Médici.
Por que só torturaram?
Por que nos iludiram dizendo que a tortura
Manteria tudo em seu lugar?
Por que não mataram logo a todos,
Em vossos porões?
Valha-me, São João Baptista (Figueiredo),
Cavaleiro de fino olfato,
O cheiro do povo é deveras intolerável.

Renego-te, Cazuza,
Bicha louca do Leblon e do Arpoador :
Não é a burguesia que fede!

sábado, 13 de novembro de 2010

Pirataria Legal

Estive na Argentina, Buenos Aires, em 2008. Passei cinco dias por lá, poderia ter ficado um mês, sem nenhum esforço. Dado o curto período de estadia, e sendo Buenos Aires uma cidade de 4 milhões de habitantes, conheci pouco da metrópole, apenas o centro comercial e alguns bairros adjacentes. 
Por isso, não posso dizer se o que vi no centro se repete em toda a cidade, mas fiquei impressionado com o grande número de livrarias. Duas, três, cheguei a contar cinco delas em uma única rua do "calçadão" lá deles. Livrarias pequenas em sua maioria, nada das estúpidas megastores, que isso é para quem não lê porra nenhuma, é para quem vai lá só tomar cafezinho e fazer pose de intelectual, aquelas caras de cu. Pequenas, mas abundantes, de todos os tipos. O centrão de Buenos Aires tem mais livrarias que o centro aqui de Ribeirão Preto (que arrota ser uma cidade universitária) tem de salões de cabelereiro e lojas de 1,99.
O argentino gosta de ler, sabe o valor disso. O argentino é bom de bola (ninguém é perfeito), mas também dá "tratos à bola".
Curioso, uma coisa não me ocorreu na época e só dei por ela hoje, ao ler uma reportagem sobre Pirataria Literária na Argentina. Pirataria de livros, alguém consegue imaginar isso em terras tupiniquins?
Mas é algo óbvio em terras portenhas. A pirataria surge quando o desejo de consumir certo produto é impedido ou dificultado pelo custo de obtê-lo. Nesse aspecto, o argentino não é diferente de nós, nenhum ser humano o é, e o salário médio deles é tão aviltante quanto o nosso. Mas eles querem consumir...livros!!! Que pirataria mais justificada!!! Que inveja!!!
Segundo a reportagem, os livros piratas chegam a 15% do volume da grande indústria editorial argentina e, diferente de um CD ou DVD, apresentam ótima qualidade, quase idêntica das obras originais, o leitor, muitas vezes, nem desconfia se tratar de uma falsificação.
Semana passada, a polícia argentina apreendeu 130 mil livros piratas em um depósito na capital, avaliados em 11 milhões de pesos. É a galeria Pajé dos caras!!! A 25 de março deles é feita de livros!!! Inveja (de novo).
Os mais pirateados são Gabriel Garcia Marquez, Julio Cotazar, Ernesto Sabato, Mario Vargas Llosa e Quino (Mafalda). Em terras de Pindorama, os mais falsificados são celulares, bolsas, tênis e roupas de grife, e CDs e DVDs de sertanejo universitário.
Inveja é pecado capital? Que seja. 
Já vou pro inferno, mesmo.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Coração de Bêbado É Mais Feliz, E Saudável

Uma pesquisa realizada na Espanha, e publicada na revista especializada Heart, indica que o consumo diário de bebida alcoólica reduz em mais de um terço o risco de doenças cardíacas em homens.
Foram pesquisados cerca de 16 mil homens entre os 29 e 69 anos, os resultados foram acompanhados pelos pesquisadores durante 10 anos.
Os bebedores foram divididos em categorias, desde os abstêmios até os bocas de litro. Entre aqueles que bebiam menos que uma dose de vodka por dia (uma dose de destilado a 40% equivale a uma lata de cerveja de 350 ml), o risco de doença cardíaca diminuiu em 35%; entre aqueles que bebiam de 3 a 11 doses de vodka por dia, o risco diminuiu, em média, 50%. 
O mesmo efeito não foi verificado em mulheres, que naturalmente sofrem menos de doenças cardíacas que os homens.
O mecanismo exato de proteção que o álcool exerce sobre o coração ainda não foi bem esclarecido, mas que se foda, não quero nem saber, o negócio é que agora vou tomar até com mais gosto minhas 3 ou 4 latinhas diárias de cerveja (tô na faixa dos 50% de ganho).
Que usar margarina Becel, que nada. A Becel que se foda. O negócio é Bavária, Kaiser, Sol, etc etc.
É aquela velha piada, que agora se traduz em verdade, uma bem-vinda verdade : se uma taça de vinho por dia faz bem ao coração, imagina só um garrafão.
Isso, sim, é que é pesquisa de utilidade pública. Para a puta que o pariu o colisor de partículas LHC, a cura da AIDS e outras amenidades. Trabalho científico em prol da humanidade, é isso. Prêmio Nobel da Medicina e da Paz para esses espanhóis.
Para reportagem completa, é só dar uma clicadinha aqui, no meu poderoso e embrigado MARRETÃO.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O Tiririca Leu e Escreveu

O deputado eleito Tiririca conseguiu ler e escrever no teste a que foi submetido pelo TRE.
No ditado, ele teria conseguido escrever : "A promulgação do Código Eleitoral, em fevereiro de 1932, trazendo como grandes novidades a criação da Justiça Eleitoral", trecho extraído da página 52 do livro Justiça Eleitoral, uma retrospectiva, editado pelo próprio tribunal. Leu também duas reportagens, uma sobre o Procon e outra acerca do filme de Ayrton Senna, e explicou o que leu.
O palhaço será diplomado deputado federal e já declarou, inclusive, sua intenção de participar do ENEM de 2011, pois palhaçada é com ele mesmo, e conseguir uma bolsa pelo PROUNI para cursar uma faculdade à distância em alguma área de humanas.
Corre à boca pequena que quem corrigiu e aprovou o ditado escrito pelo palhaço foi o próprio presidente Lula. Isso explicaria muita coisa.
E o Monteiro Lobato correndo o risco de ser proibido em salas de aula; no mínimo, ser taxado de racista em notas explicativas nos rodapés de página das próximas edições de sua obra.
E eu lecionando a menos de R$ 10,00 por aula.
Quem são mesmo os palhaços?
Não o Tiririca. Ele conquistou o direito legítimo, ainda que nesse paisinho de merda, de ser chamado de nobre deputado, daí para cima.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Descansando Um Pouco A Marreta

Zeca Baleiro, cantor e compositor, foi a última grande surpresa (boa) que tive com a nossa chamada MPB, desconhecia-o totalmente quando ganhei uma gravação de seus primeiros CDs de uma amiga, isso em 2001, 2002 e os CDs rodaram em meu pequeno rádio até quase furarem (desculpem, vícios da época do vinil) e muita cerveja, vinho e vodka foram consumidos em suas audições.
Assim como George Lucas com sua série clássica de Star Wars, o melhor do trabalho de Baleiro se concentra em sua primeira trilogia, "Por onde andará Stephen Fry (1997)", "Vô imbolá (1999)" e "Líricas (2000)"; fez ainda um excelente disco em parceria com Fagner, em 2003.
Depois disso, não mais causou grandes surpresas, mas soube bem administrar, até hoje, o seu talento e consegue cravar três ou quatro belas canções a cada novo álbum.
Outro aspecto interessantíssimo no trabalho de Baleiro é o seu lado intérprete. Em cada disco, regrava músicas de autores pouco conhecidos ou esquecidos. Através dele, conheci Sérgio Sampaio. Tudo bem que eu já conhecia "Eu quero é botar meu bloco na rua", só que nem sabia de quem era, e também o disco "A Grã Ordem Kavernista", do quarteto Raul Seixas, Sérgio Sampaio, Miriam Batucada e Edy Star, mas é um disco para fãs do Raul e a presença dos outros fica toldada. Gostei de uma regravação do Zeca e fui atrás de mais. Fantástico, uma discografia impecável, a desse Sérgio Sampaio.
Agora, nesse mais recente CD, Baleiro gravou a bela "Desengano", de um tal Lula Cortês. Fucei e descobri que o cara já foi parceiro de Zé Ramalho e fez parte de uma turma que tentou instalar o psicodelismo por aqui, isso lá na década de 70. Baixei alguns discos do cara e ainda estou ouvindo, analisando, mas já encontrei coisas sensacionais.
As discografias de Sérgio Sampaio e Lula Cortês, a quem interessar possa, podem ser baixadas do ótimo blog Cantina do Rock.
Vai aí a letra de "Desengano", Lula Cortês e Tito Lívio

DESENGANO (Lula Cortês e Tito Lívio)

Toda vez que olho o desengano
Nas frases do canto fosco dessa juventude
Sinto meu sorriso magro,
Meu rosto suado se encarquilhar
E quando franzo a testa,
E são suo o rosto cor de madrugada
E quando me deprimo 
e curvo os ombros pra pensar

Penso nos martíos,
Todos os delírios loucos que vivenciamos
E vejo por quanto anos nos aventuramos querendo voar
Voar pra sair de perto,
De todo deserto desses abandonos,
E constatando o desengano se despedaçar.

Desfeito em pedaços,
Sigo no encalço desse sonho
Vejo meu sorriso magro,
Coração amargo se atrapalhar
Quando franzo a testa,
E são suo o rosto cor de madrugada
Quando abro os olhos, olhos claros para o mar.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

ENEM 2010

O ENEM deu chabu. Mais uma vez. Ano passado, a prova vazou; esse ano, confusão no gabarito.
Incompetência! Pura  incompetência e/ou descaso das partes envolvidas na elaboração das provas.
A Justiça Federal determinou a suspensão do ENEM 2010 e uma juíza cearense deferiu o pedido, ou seja, foi criada uma jurisprudência e a decisão terá efeito para todo o Brasil. A Justiça Federal e a juíza Carla Miranda de Almeida Maia agiram acertadamente, muito acertadamente.
Pessoalmente, não reconheço a importância do ENEM, por mim seria extinto, nunca teria sido criado, mas o fato é que foi dada relevância nacional à prova, passando ela a afetar a vida de todo estudante brasileiro, o que torna um completo e imperdoável absurdo essa sucessão de erros em sua elaboração.
Recebi um e-mail de uma pessoa a quem muito prezo e que ainda tem ilusões esquerdistas e vermelhóides, aquela velha lenga-lenga sobre um mundo de iguais oportunidades para pobres e ricos, onde idealmente nem haja pobres e ricos e blá-blá-blá, blá-blá-blá e blá-blá-blá, mas, paciência, de quem gostamos, tomamos a incoerência como ingenuidade.
O conteúdo do e-mail é um texto atribuído a Paulo Henrique Amorim, em que o jornalista, há muito já vendido aos bispos da Igreja Universal, fala mal do jornal "A Folha de São Paulo", criticando a abordagem feita ao ENEM. Na opinião do autor - e, lógico, na de quem me enviou -, está havendo um barulho excessivo em torno do acontecido, apenas uma ínfima porcentagem dos estudantes foi prejudicada (e se o filho dele estivesse entre esses?), e todo o alarido seria um conluio entre A Folha e o governo Serra para desmoralizar o governo federal, o PT. A culpa, agora, passa a ser de quem divulga a cagada e não do cagão, não de quem a cometeu. Como na Antiguidade era morto o mensageiro caso o teor da mensagem não agradasse ao destinatário.
O texto segue em sua imbecilidade alegando que A Folha e o Serra são contra o ENEM porque ele valoriza e dá acesso para o pobre às Universidades Públicas. Idiotice pura! Fala típica de quem sempre foi elite e se declara pelos pobres, típico vermelhóide de buteco.
Nenhuma prova, por mais rasa que seja, e o ENEM é raso, é capaz do milagre de favorecer o detentor de menor conhecimento, o pobre no caso; nenhuma prova é capaz de barrar o possuidor de mais informações, o rico no caso. Qualquer aluno meia-boca de qualquer escola particular meia-boca tem mais chances no ENEM que um bom aluno de uma escola pública. O ENEM continua valorizando o mais endinheirado, como sempre foi. Só pensa diferente quem não vivencia o meio estudantil em seu dia-a-dia. Ou quem é muito burro.
Sou contra o ENEM, sou contra a nota do ENEM ser adotada como única referência no ingresso a uma Universidade Federal. E minha oposição nada tem a ver com a classe social daqueles a quem o ENEM supostamente colocaria nas Universidades - não nasci rico, longe disso; não sou rico hoje, longe disso, também.
Sou contra o ENEM porque ele dará acesso, isso sim, ao idiota, ao despreparado. O cara resolve, lá na prova do ENEM, uma questão do cálculo de consumo elétrico de sua casa e pronto, tá feita a mágica. É dito ao sujeito que ele sabe Física e que ele pode ir pegar sua vaga numa Federal. Se o destino dele for um curso das chamadas ciências humanas, ainda poderá conseguir acompanhar o currículo com algum esforço, visto que é uma área de pura elucubração, de punheta mental. No entanto, ingresse ele num curso de exatas e estará fadado a abandoná-lo; nas primeiras derivadas, integrais polares, de linha etc etc, o cara pede arrego.
Repito, não é questão de classe social. Meu primeiro ingresso no ensino superior se deu numa Federal (veterinária, curso que não concluí), em 1985. Na época, o despreparado não tinha acesso e ponto final, fosse qual fosse seu estrato social. Conheci pessoas cujo poder aquisitivo lhes deu a chance de fazerem cursinho por dois anos, três anos, e mesmo assim não ingressaram na Pública. O medidor do ingresso era o preparo. E muito justo e lógico que o seja. Todo país que se pretenda desenvolvido precisa de uma alta elite intelectual, que produza conhecimento e tecnologia. É óbvio que a grande maioria não é boa candidata a compor a elite intelectual do país; professar que todos podem ser iguais se tiverem iguais oportunidades é bem coisa de humanista bêbado.
Sou pelo fim do ENEM, sim. Pelo acesso, às Universidades Públicas, que ele dá ao idiota, ao inepto. 
Seja ele rico ou pobre.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Ela É Super

Alguém Contesta ?

O Mal Em Mim

A Terra aprisionada no asfalto;
No látex, o pau;
No bonsai, a árvore;
No photoshop, a verdade;
No politicamente correto, o Mal.

Que em terremotos e cordilheiras, ressurja a Terra;
Em varizes e porra corrosiva, o pau;
Em pés de feijão gigantes, a árvore;
Em espinhas na bunda, a verdade;
Na minha ironia e preconceitos, o Mal.

O Corno Cineasta

No Peru (lá vem piada pronta), o padre católico José Antonio Boitrón Solano, da Igreja da Medalha Sagrada, foi pego em flagrante quando estava dando uma "condecorada" na faxineira da paróquia, Tedolinda Amaya Altamirano.
O flagrante do adultério foi dado pelo próprio marido da faxineira. O corno, já desconfiado há tempos da putaria eclesiástica, armou uma tocaia e com uma câmera gravou todo o flagrante delito.
O padre, pego com a boca (ou o peru) na botija, pede ao corno, na gravação, que fique calmo, que ele, padre, reconhece seu erro. Mas como se o senhor ainda continua bombando na minha mulher?, teria perguntado o corno.
O mulher se defendeu para o marido dizendo que o padre a atacava sexualmente e ela era obrigada a satisfazer os desejos do sacerdote. Só acredito se você tirar esse sorrisinho da cara, teria argumentado o corno. O padre a atacou? Até pode ser, uma vez. Mas ela continuou a ir trabalhar na paróquia todos os dias, doidinha para ser atacada, para ser ungida pela medalha milagrosa do padre.
O padre ainda reclamou, sentiu-se ofendido e ultrajado. "Armaram uma armadilha para mim", justificando sua pouca vergonha. Armaram uma arapuca pra ele, e ele caiu. Com o pau dentro, que azar.
O padre despediu a mulher de suas funções e Tedolinda, que está grávida de quatro meses, entrou com um processo pedindo pagamento pelo tempo de serviço e que seu filho com o padre seja reconhecido. Enquanto isso o padre continua trabalhando normalmente, dando comunhão aos fiéis, que esperam que ele, pelo menos, lave as mãos antes de ofertar a hóstia. Mas é como disse Cristo : o que a mão direita (sobretudo o dedo médio) faz, a esquerda não precisa saber.
E o corno?
Não fiquemos com dó do corno, até porque todo castigo para corno é pouco. O corno vendeu o vídeo da esposa dando pro padre aos jornais e TVs peruanos e também ganhou sua graninha.
Eu não perdi tempo assistindo, mas se alguém quiser ver o vídeo, é só dar uma clicada aqui, no meu poderoso MARRETÃO

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Viva Silvio Berlusconi

O premiê italiano Silvio Berlusconi, grande comedor e macho das antigas, de respeito, sobre seu suposto envolvimento com uma marroquina de 17 anos de idade, disse : "melhor ser apaixonado por belas mulheres do que [ser] gay".
E não é? Ou quer dizer que agora o normal, o bonito, é dar o cu?
O que sei é que essa simples frase está dando o maior bafafá para o lado de Berlusconi. A comunidade gay está revoltadíssima com a declaração.
O presidente de uma das comunidades gay da Itália, Aurélio Mancuso, exige que desculpas sejam pedidas aos entubadores de brachola italianos. Um outro, metido lá na política deles, disse que Berlusconi vive na era das discriminações raciais, sexuais, étnicas e religiosas.
Coisa nenhuma. Berlusconi é de uma época - saudosa época - onde as coisas eram definidas, cada coisa no seu lugar, os valores eram bem estabelecidos; bem diferente desses atuais e tristes tempos de indefinições, liberdades excessivas e putaria generalizada.
Dizer que gosta de mulher, e não de viado, agora é ofensivo? 
Hoje, dizer-se heterossexual, e gostar muito de sê-lo, magoa os alargadores de rabicó. Ser normal biologicamente e defender sua normalidade virou preconceito. Por acaso o politicamente correto seria o cara dizer, 'olha, gente, vocês me perdoem, sou heterossexual, mas tenho certeza que eu iria amar ser gay' ? É isso que os gays querem ouvir? Não de mim. Nem do Berlusconi, carcamano das antigas.
Isso é uma palhaçada. É o velho ditado espanhol, cria corvos e eles te furam os olhos. É muita liberdade, é muita proteção, muita firula, muito espaço dado para a viadada, muita importância gerada pela mídia. E dá nisso, qualquer coisinha e a "comunidade" já fica em pé-de-guerra.
Todos temos que usufruir dos mesmíssimos direitos. Isso é indiscutível. A questão é que a bicharada quer privilégios, quer direitos especiais. Aí não dá. Querem é aparecer, querem é vara, isso sim. Não a minha. Nem a do Berlusconi. 

Nós, heterossexuais, temos que nos organizar, e rápido, na defesa de nossos direitos, pela nossa liberdade de ser macho. O negócio é que macho de verdade gosta é de comer bucetinha e tomar cerveja, não nos sobra tempo nem ânimo para nos reunir em singelos e mimosos Clubes da Luluzinha. Paciência. Perdemos terreno, porém as pregas permanecem intactas.
O Berlusconi tá certo. Certíssimo!!!
Onde já se viu o cara ser apedrejado por dizer que prefere uns belos e suculentos peitos a uma bunda cabeluda? Credo!!!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O Anônimo Das Reticências

As reticências são um sinal gráfico representado por uma sequencia de três pontos e indicam um pensamento ou ideia que ficou por terminar. Seu uso, se bem empregado, pode emprestar certa elegância ao texto.
SE bem empregado.
Há um anônimo que volta e meia me torra o saco com comentários em algumas postagens minhas. A esse anônimo, não foram apresentados o ponto final, o ponto-e-vírgula, a vírgula, nada. Só as tais das reticências. Seus pretensos comentários são reticências do começo ao fim, parecem um surto de catapora. São dizeres sem o menor nexo ou costura entre as palavras, com erros crassos de ortografia, cacos de frases sem a menor estrutura lógica, indicando falhas gravíssimas - e irrecuperáveis - de alfabetização primária. Só reconheço a pretendida ofensa contida nos dizeres pela presença de alguns palavrões, sem os quais seria indetectável qualquer sentido; o mestre das reticências se mostra meio revoltado com meus textos.
Seus pseudotextos nunca concluem nada, suas ideias nunca fecham. Só há reticências para ele.
Ora, qualquer asno é capaz de concluir um pensamento, ainda que de má qualidade. Desde que a ideia, tanto faz boa ou capenga, seja dele. Esse anônimo nenhuma ideia conclui porque nenhuma é dele, são estilhaços de frases, pegas pelo ar e vomitadas aqui no meu blog.
Aí é que entra outro possível uso das reticências, o da omissão de trechos de citações.
Você foi descoberto, anônimo. Você é um porra de um citador. Nada mais enfadonhado e causador de pena que a figura do citador. Aquela pessoa que fica lá, atenta a uma conversa, feito uma ave de rapina, ávida em inserir uma citação decorada do fulano-de-tal, porque essa é a única contribuição que lhe é possível.
Você foi detectado, anônimo. Não lhe conheço, mas você foi desmascarado, é aquele tipinho com uma estima por si mesmo muito além da realidade, que quer se dar ares enciclopédicos, acadêmicos. E, admito, até deve ter lido uma meia dúzia de livros, a orelha deles. De onde tira suas citações.
Deve ser triste, até revoltante, viver num mundo de ideias e não ser capaz de conceber as suas próprias, não ser capaz de dar forma e cerzir um simples texto. Talvez daí venha parte de sua revolta contra os meus. Deve ser parecido ao que sente um broxa num harém. Entendo sua revolta, mas não sou solidário a ela. Você que se foda.
Se quiser continuar lendo meu blog, que leia. Não me incomoda nem me faz gosto, aproveite para tentar aprender como se escreve razoavelmente um texto. Porém poupe-me de "seus" cacos de sabedoria ou, no mínimo, aprenda um pouquinho de ortografia antes, um tiquinho de pontuação, elementos de uma oração, concordância etc.
Sobretudo, caro anônimo : vai tomar no seu cu!
Quer dizer, se achar alguém disposto a fodê-lo. O que duvido.