terça-feira, 30 de abril de 2019

Pequeno Conto Noturno (75)

Duas e meia da manhã. Rubens acaba de preparar a quinta dose de vodka-tônica. Olha para o fundo da garrafa e vê que ainda há conteúdo para uma sexta dose, mas não para uma sétima; e Rubens não gosta de números pares. Decide que será a última da noite. 
Uma noite sem foda. Uma noite de foda certa e garantida; até horas atrás. Como se diz no jargão futebolístico, Rubens chutou a foda pra fora de frente pro gol. 
Pega a vodka e vai se sentar à sacada do apartamento, mirar a noite e a rua.
O ser humano, pensa Rubens - e desde lá com o nosso tataravô Homo habilis - é o único animal que aprendeu a confeccionar ferramentas. Daí em diante, acredita Rubens, o homem passou a ver o mundo de outra forma. Para o homem, o mundo passou a ser uma grande caixa de ferramentas; a Terra, o setor de bricolagem da galáxia.
Passou a olhar para tudo como potenciais ferramentas, utilitários. E a desprezar tudo aquilo que não conseguia destinar a uma finalidade, a uma função.
Se uma pedra não pudesse ser lascada para se transformar numa ponta de lança, ou se não gerava faíscas ao ser colidida com outra, ele não mais se interessava por ela. Ele nunca mais olhou para uma pedra pelas belas formas, cores e relevos que ela pudesse assumir. Nunca mais se sentou à beira de um córrego para ver os seixos rolando e dando cambalhotas nas corredeiras. Nunca mais contemplou um cristal de rocha só pelo brilho e pela exata simetria, para simplesmente se deixar banhar por sua calma rutilância.
Se uma árvore não lhe fosse madeira para suas construções, ou para suas fogueiras, ela também não mais lhe interessava. Ele nunca mais se deitou à sombra de um ipê ou de uma paineira em flor a admirar a coreografia marcial das abelhas e outros polinizadores.
Com o tempo, ele próprio fez-se em ferramenta. Uma ferramenta de fazer ferramentas.
Fez ferramenta de suas interações com outras ferramentas. Todos os vínculos e relações humanas passaram a se basear na utilidade que os envolvidos têm um para o outro. Somos ferramentas de usos emocional e financeiro uns dos outros.
- Qual a minha função para você, a função da nossa relação? - perguntou-lhe Juliana, a foda tida como certa para esta noite.
Pego de calças curtas, Rubens estranhou. Nunca vira Juliana como a um serrote, a uma esferográfica, a uma buceta de borracha. Ofendeu-se, calado. Veria a ele - ela - como a uma chave de fenda, a uma cafeteira elétrica, a um vibrador? Rubens não lhe bastaria - como ela bastava a ele - apenas pelo correr dos seixos no leito do riacho? Pelo brilho polarizado e morno? Pela coreografia marcial dentro dela? Por que teria ele de ser a ela ferramenta, utilitário, definição?
Rubens não respondeu à pergunta. Não soube. Ou não quis. Juliana calçou os sapatos e foi embora, sem se despedir, bufando. Incapaz de viver sem ver função em tudo, Juliana ficou perdida. Perdeu-se na noite. Juliana, a buceta perdida na cara do gol.
Rubens dá o último gole na quinta vodka-tônica. Há ainda vodka para uma sexta dose, mas não para uma sétima, e Rubens não gosta de números pares.
Rubens se levanta e vai para a cozinha, para a geladeira. Preparar a sexta vodka-tônica.
Já é mais do que hora de se livrar de velhas e tolas superstições.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Que Fossa, Hein, Meu Chapa, Que Fossa... (47)

A canção "Resumo" não faz parte do repertório clássico do Rei Roberto Carlos; não é daquelas músicas que o público exige nos shows, sob pena de, se não tocada, pedir o dinheiro do ingresso de volta.
"Resumo" não caiu no gosto popular dos súditos do Rei; talvez pela sua natureza sombria, da má sina encerrada em si mesma, sem escapatórias, sem nenhum sinal de esperança de dias melhores.
"Resumo" não faz parte da seleção principal do Rei; duvido mesmo que ela seja, ainda que eventualmente, escalada para alguma apresentação de Roberto Carlos.
"Resumo" não faz parte da comitiva principal do Rei; não obstante, é fossa de primeira linha.
Fala-nos o Rei : "Eu sou o consumo de um sol sem calor/Enfim, sou resumo do riso e da dor/Eu colho a tristeza em forma de flor...".
Resumo
(Roberto Carlos)
Qual folha que vaga sem rumo e sem vida
No espaço perdida sou eu a vagar
Qual chuva correndo nos olhos do tempo
Nos mares crescendo, sou eu a chorar
Qual sombra da noite de um céu nevoento
Que canta tristeza, sou eu a cantar
Qual mente que vai aos pés do infinito
Gritando, gritando, sou eu esse grito

Eu sou o consumo de um sol sem calor
Enfim, sou resumo do riso e da dor
Eu colho a tristeza em forma de flor
Na paz da certeza onde canta o amor
Qual sombra da noite de um céu nevoento
Que canta tristeza, sou eu a cantar
Qual mente que vai aos pés do infinito
Gritando, gritando, sou eu esse grito

Qual sombra da noite de um céu nevoento
Que canta tristeza sou eu a cantar
Qual mente que vai aos pés do infinito
Gritando, gritando, sou eu esse grito

Qual folha que vaga, sem rumo e sem vida
No espaço perdida sou eu a vagar
Qual chuva correndo nos olhos do tempo
Nos mares crescendo, sou a chorar
Qual sombra da noite de um céu nevoento
Que canta tristeza, sou eu a cantar
Qual mente que vai aos pés do infinito
Gritando, gritando, sou eu esse grito.

Para ouvir a música, é só clicar aqui, no meu poderoso MARRETÃO.

sábado, 20 de abril de 2019

Poeira de Estrelas e de Naftalina

"Pensei na sua carpa...
Já usei uma borboleta para você... 

Acho que fadas, borboletas, dragões são figuras complexas e complementares...
Fico com a pele, a minha, a sua, a minha na sua, a minha é a sua."
 

[É nisso o que dá
Tirar nebulosas de comas vegetativos
(cheias de mofos de hidrogênio e de pelos nas orelhas e nos buracos negros);
É nisso o que dá
Exumar velhas gavetas
Que só querem da vida
Fazer tricô e crochê,
Bolinhos de chuva para os netos
E lavar as calçadas ao romper da Aurora].
"Pela marca que nos deixa
A ausência de som que emana das estrelas
Pela falta que nos faz
A nossa própria luz a nos orientar
Doido corpo que se move
É a solidão nos bares que a gente frequenta
Pela mágica do dia
Que independeria da gente pensar
Não me fale do seu medo
Eu conheço inteira sua fantasia
E é como se fosse pouca
E a tua alegria não fosse bastar
Quando eu não estiver por perto
Canta aquela música que a gente ria
É tudo que eu cantaria
E quando eu for embora, você cantará"

quinta-feira, 18 de abril de 2019

Saudades, Meu Bem, Saudades.

Saudades, meu bem,
Saudades.
Saudades de quando nem sabíamos que nos amávamos,
E já.

Saudades, meu bem, 
Saudades.
Saudades de quando, impedidos de nos amarmos,
Achávamos que sempre nos amaríamos.

Saudades, meu bem,
Saudades.
Saudades de quando resolvemos poupar nosso amor em nitrogênio líquido,
Esperma e óvulo hibernando na geladeira de um laboratório,
Crentes que, em tempos menos estéreis,
Nos fecundaríamos.

Saudades, meu bem,
Saudades.
Saudades de quando o Universo
Tinha sido recém-descabaçado pelo Big Bang.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Da. Francisca Trocou Deus por Uma Bicicleta Grená

Em meu habitual caminho às seis da matina a pé para o trabalho, cruzo com algumas pessoas também a caminho dos seus; uma meia dúzia de gatos pingados, de galos madrugadores, neste caso.
Algumas delas, vejo muito esporadicamente, ou mesmo uma única vez. Outras, no entanto, são figurinhas carimbadas para mim - e eu para elas -, personagens anônimos recorrentes do meu cotidiano.
Cruzamo-nos em todo santo e profano dia. Não sei para onde vão, nem elas, o meu destino. Não sei qual o ofício que lhes agrilhoa e lhes garante a subsistência - nosso inferno e céu de cada dia -, nem eles o meu.
Cruzamo-nos em todos os dias e sempre nos mesmos trechos de nossos percursos. Somos os relógios uns dos outros. Ao cruzar com um ou com outro sempre naquele lugar, me asseguro de que estou dentro do meu horário - e eles dos deles. 
Há ligeiros atrasos às vezes. Atrasos de um ou dois quarteirões, para mais ou para menos.
Não lhes sei os nomes, nem eles o meu. Não sei da parte deles, mas a alguns, que já encontro há anos, acabei atribuindo nomes fictícios, apelidos.
Há um rapaz, por exemplo, de seus 30 e poucos anos, a quem eu sempre ultrapasso em frente às Lojas Americanas no centro da cidade. Ele tem o passo firme, cadenciado e o único quase tão rápido quanto o meu : é o Forrest Gump; com um outro, ainda, um japonês de seus mais de 40 anos, cruzo sempre perto de um posto de saúde, e ele carrega sempre uma mochila posta ao peito e não às costas : é o Canguru de Tóquio. E as besteiras por aí vão, por aí seguem os seus caminhos.
E há a Da. Francisca, o motivo desta postagem. Uma senhora, estimo eu, entre os seus 55 e 60 anos, morena, baixinha e atarracada, um toquinho de amarrar jegue. Chamei-lhe de Francisca por ser muito parecida com uma Francisca com quem trabalhei há muito e muito tempo.
Cruzo com a Da. Francisca, invariavelmente, na avenida que margeia o Ribeirão Preto, rio que corta o centro da cidade e que lhe deu o nome, outrora mais caudaloso e flanqueado por exuberantes palmeiras imperiais.
Da. Francisca anda sempre de cabeça baixa, como a olhar para o chão ou para os pés, mas, na verdade, está sempre a rezar. Da. Francisca anda sempre com um rosário de contas na mão, a balbuciar, contrita, o seu terço de orações.
Hoje, uma surpresa. Cruzei com a Da. Francisca a um quarteirão acima da avenida, ela descendo em direção ao rio. Dizer que "cruzei com a Da. Francisca" não descreve exatamente nem faz jus à realidade do fato : Da. Francisca passou voando por mim. A bordo de uma bicicleta grená.
Instintivamente, olhei para as mãos de Da. Francisca. Ambas no guidão. Deu-me vontade de gritar-lhe : "Cadê o rosário, Da. Francisca, cadê o terço, mulher de Deus?". Se não em suas cansadas e calejadas mãos, em que lugar Da. Francisca estaria a levar Deus consigo? Na garupa de sua "bike"?
Da. Francisca trocou Deus por uma bicicleta grená! Pããããããta que o pariu!!!!
Levou vantagem, a Da. Francisca, muita vantagem.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Notre-Dame Pegou Fogo! Que se Foda Notre-Dame!

Notre-Dame pegou fogo! Nossa-Senhora! Notre-Dame pegou fogo!
O mundo lamenta, diz um jornalista conceituado de um conceituado canal jornalístico da tv a cabo. 
Eu, não. Eu não lamento.
Só mais uma construção humana de gosto duvidoso. Pior: só mais uma igreja.
Notre-Dame pegou fogo! Joana D'Arc pegou fogo, também. A Igreja Francesa botou fogo em Joana D'Arc, sapatão das antigas. Notre-Dame botou fogo em Joana D'Arc antes de pegar fogo.
Notre-Dame pegou fogo! Viva a Inquisição de Notre-Dame. Que o tempo - e a má manutenção - seja o Torquemada de todas as igrejas e deuses.
Notre-Dame sobreviveu às Cruzadas, sobreviveu à Revolução Francesa, sobreviveu à 1ª Guerra Mundial, sobreviveu a Hitler, à 2ª Grande Guerra, continua, quase aos soluços, o conceituado âncora.
Sobreviveu porra nenhuma. Notre-Dame nunca foi um ser vivo.
Notre-Dame pegou fogo! Quasímodo está sem moradia, sem emprego. Será só mais um a engrossar a marcha dos sem-teto e dos sem-Esmeralda. 
Notre-Dame pegou fogo! Suas cinzas e suas memórias fedem a abades gordos e rosados feito leitões cevados, sebosos e pervertidos; não se prestarão nem a um bom sabão.
Notre-Dame pegou fogo! Mil e trezentos carvalhos centenários - ou mais - foram ceifados e suas ossadas e suas almas elementais utilizadas no arcabouço dos domos e pináculos de Notre-Dame. Árvores sábias e barbadas chacinadas para erigir uma igreja. Quem quereria maior pecado, maior blasfêmia?
Notre-Dame pegou fogo! Os corpos profanados dos 1300 carvalhos mortos tiveram, enfim, um digno funeral. Um funeral cristão. De fogo e enxofre. De fogo e chumbo.
Notre-Dame pegou fogo! Foi cremada! E as ninfas presas nos cernes dos carvalhos, açoitadas secularmente pelas penitências, pelos castigos, pelos flagelos e pelos abusos clericais, finalmente dançam livres.
Livres com suas xoxotas ardentes, de grandes lábios de asas de libélulas!
O fogo é, realmente, um dos deuses mais lindos!

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Primeiras Excomunhões

Duas peixeiras
Cravadas
- irremovíveis -
No granito em que se tornou meu coração :
O amargo/fétido do abandono da primeira mulher com quem trepei;
O fétido/amargo da ressaca da vodka barata com nome de mulher
Sob o vômito convulso da qual passei a considerar,
Como plausível e palpável hipótese,
A existência do divino.

Duas barreiras alfandegárias
(buscando me castrar, confiscar meu passaporte da alegria? e importa?)
Duas primeiras excomunhões
(vingança de que deus? e importa? que se fodam todos eles).

em tempo : não costumo trabalhar "por encomenda", mas a esquiva e enigmática Jota, leitora das antigas do Marreta, por alguma razão, viu uma possibilidade de continuação da postagem Primeiras Comunhões, e sugeriu o título, Primeiras Excomunhões. Ele acabou saindo e aí está. Melhor se for lido lado a lado com o primeiro.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

A Volta do Ex-Boiola

Meu grande amigo virtual, o ex-boiola, sempre aparece por aqui no Carnaval e nos mantém informados de sua folia durante os dias do reinado de Momo. Neste ano, porém, ele sumiu, não deu as caras; estava, com certeza, dando outras coisas.
E não fui apenas eu quem sentiu a ausência da alegre e esfuziante figura. Dia destes, um anônimo comentou em um postagem : "Falando em bichonas, por onde estará o ex-boiola? Será que sobreviveu ao carnaval? Suas estórias são muito boas, volta logo ex-boiola".
Pois ele voltou. O ex-boiola voltou novamente e nos dá, em primeira mão, notícias de seu folguedo carnavalesco : 

"Nobre e querido mestre Azarão, Sobrevivi ao carnaval, meus amigos. A novidade foi um italiano mascarado que conheci no último dia, que me consumiu até o último suspiro. Um italiano de pau grande que me deu trabalho e até hoje ainda estou sem prumo. Afffff." 

Pãããããta que o pariu!!!! O ex- boiola levou a Torre de Pisa no cu!!! Diante de relato tão minucioso e ilustrativo, nada tenho a acrescentar.
Só dizer que é sempre uma alegria lhe ter por aqui, ex-boiola. 
Sempre bom saber que está vivo, com boa saúde e de pregas arrebentadas.
em tempo : de repente, você e o seu anônimo admirador fazem contato por aqui e formam o casal Arlequim e Pierrot do Carnaval 2020.
 Olha só, ex-boiola, o tamanho da flauta desse Arlequim.

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Primeiras Comunhões

Duas excalibures
Cravadas
- irremovíveis -
No granito da memória :
O cheiro/gosto do sovaco suado da primeira mulher com quem trepei;
O gosto/cheiro da vodka barata com nome de mulher
Sob os vapores da qual passei a considerar,
Ainda como vaga e intangível hipótese,
A existência do divino.

Dois ritos de passagem
(para onde? e importa)?,
Duas primeiras comunhões
(com que deus? e importa? que se fodam todos eles).

Dieta Vegana

Dieta vegana, ou "vergana"? 
E dá-lhe verga! 
Caparam o homem berinjela!

Quando Eu Voltava das Festas

Somos socialmente moldados a perpetuar a célula da família - procriar é biológico, alicerçar e erigir uma família é puramente social.
Somos condicionados - por pais, parentes, professores, novelas das oito - a pensar que a solidão é uma doença, é o câncer da alma. Somos doutrinados - por poetas, romancistas, letristas de MPB e roteiristas de Hollywood - a crer que uma vida tranquila, sem responsabilidades para com outrem, sem nem um passarinho pra dar água, é uma vida vazia.
Fazem-nos confundir sossego com ausência de sentido.
Só desfazemos a confusão, só nos damos conta do engodo, quando perdemos a solidão, quando ela, amante traída, no abandona e não vem nos visitar nem mais nos domingos e feriados.
A vida do solitário não é vazia. Tampouco cheia de dor e de desespero. A vida do solitário é bonita pra caralho - como nos diz o maluco beleza Rogério Skylab na canção "Quando eu voltava das festas".
A canção, com letra que não recomendo aos paladares mais sensíveis, está no disco "A Trilogia dos Carnavais", recomendado a mim pelo Gianndre, um ex-aluno, hoje graduando, talvez já graduado psicólogo, em cujo divã, pelo andar da carruagem, não tardarei em me deitar - mas sem nenhum tipo de viadagem. Gianndre também é o menestrel do blog P-o-e-s-i-a.

Quando Eu Voltava das Festas
(Rogério Skylab)
Quando eu voltava das festas
Chegava em casa arrasado
Sofria de sinusite
E não sabia

E quando eu acordava
Eu vomitava
Depois ia pro McDonalds
E comia um McFish

Então voltava pra casa
Um pouco mais conformado
Se eu ficasse tarado
Putaria

Comia gente do hospício
Bichas e criancinhas
A vida de um solitário
É bonita pra caralho

Andava nu pela casa
Fazia o que eu queria
Rock, bumba, xaxado
Poesia

E quando vinha o dilúvio
A nuvem negra baixava
Não tinha saída
Eu dancava o puladinho

Confesso que não sofria
Naquelas noites de insônia
Fumava um baseado
E dormia

Havia um abandono
Havia um quê de alegria
A vida de um solitário
É bonita pra caralho

Aialaialaia
Laialaiala
Aialaialaia
É bonita pra caralho

Para ouvir a música, é só clicar aqui, no meu poderoso MARRETÃO.
em tempo : esta postagem vai pro meu irmão mais novo (já não tão novo assim), recém-casado, casadinho de novo, e que, segundo as más, porém confiáveis, línguas, já anda a sentir falta de seu "cantinho".

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Tomemos Cerveja!

E quando faltar a água?
Para o lava-jato,
Para a raiz do mato,
Para a bacanal do sapo,
Para o flutuar do pato,
Para, do alevino, o parto,
Para a comportada e pudica sede do cacto?

segunda-feira, 1 de abril de 2019

É Tudo Chupador de Pau do Lula, dispara Nana Caymmi

Não bastasse ser filha de um dos grandes gênios da MPB e ser, ela própria, uma das vozes mais afinadas e maviosas do nosso cancioneiro, a cantora Nana Caymmi mostrou que também é mulher das antigas, que não tem nada de politicamente correta. 
Antes pelo contrário. Em entrevista à Folha de São Paulo, pelo lançamento de seu novo disco, Nana Caymmi detonou três dos mais queridinhos ícones da esquerda festiva deste país : Chico, Gil e Caetano.
Isto mesmo. Nana Caymmi blasfemou linda e corajosamente contra a Santíssima Trindade dos "inteligentinhos" da esquerda.
Declarou claramente o seu voto em Bolsonaro no segundo turno : "É injusto não dar a esse homem um crédito de confiança. Um homem que estava fodido, esfaqueado, correndo pra fazer um ministério, sem noção da mutreta toda… só de tirar PMDB e PT já é uma garantia de que a vida vai melhorar", disse a diva maior da família Caymmi.
Em relação às teorias conspiratórias e ao terrorismo cívico que os órfãos do Lula e da Lei Rouanet tentam instalar no país, dizendo que Bolsonaro vai dar um golpe e colocar tudo nas mãos dos militares, Nana Caymmi foi de uma exímia precisão. Insuperável : "Agora vêm dizer que os militares vão tomar conta? Isso é conversa de comunista. Gil, Caetano, Chico Buarque. Tudo chupador de pau de Lula. Então, vão pro Paraná fazer companhia a ele. Eu não me importo".
Pããããããããta que o pariu!!!! Tudo chupador de rola do sapo barbudo!!! E é verdade!
E tenho certeza de que grande parte da classe artística - sim, há também artistas decentes - tem o mesmo pensamento de Nana Caymmi, mas frente à Gestapo Ideológica instalada durante o Terror Petista, calam-se. 
É necessário ser um potentado feito Nana Caymmi para dizer isto às claras, em bom e chulo português. Quero ver, agora, se algum dos chupadores do pau do Lula vão querer processá-la, quero só ver.
Do Chico e do Caetano, não sei com que propriedade Nana Caymmi diz, mas do Gil, tem conhecimento de causa, ela foi casada, na década de 1960, com o ex-Ministro da Cultura do atual presidiário Lula.
Eu, que já gostava muito da Nana Caymmi, de agora em diante, virei fã de carteirinha. 
Pãããããta que o pariu se virei!!!
Se alguém quiser ouvir - como diria o Zé Bonitinho - um tostão da voz da Nana Caymmi, interpretando a belíssima Resposta ao Tempo, é clicar aqui, no meu poderoso MARRETÃO.