sexta-feira, 30 de junho de 2017

Pensamentos Conexos e Imperecíveis, por JB do Blogson Crusoe

"Caí na asneira de ler o programa do PSOL e agora vou ter dificuldade para dormir, de tão apavorado fiquei. É muita “democratização” para o meu gosto! Aliás, já observei que quanto mais os políticos de esquerda falam em “democratização”, “processo democrático” e “Estado democrático de direito”.mais autoritarismo se prega, menos democracia realmente desejam.
Por isso, ocorreu-me a ideia de que nas próximas eleições, antes de prestar atenção (impossível!) ao que seu candidato diz, talvez seja melhor você dar uma lida no programa do partido ao qual ele está filiado. Pensando nisso, lembrei-me de uma palestra muito interessante sobre performances desiguais causadas justamente pela singularidade de cada indivíduo. Para ressaltar o que dizia, o palestrante contou esta historinha:
"Imagine um agricultor que esteja fazendo uma semeadura em sua propriedade. Pela diversidade de tipos de solo e relevo que encontra, pode acontecer que parte das sementes caia ao longo do caminho; os pássaros virão e irão comê-las. Outra parte pode cair em solo pedregoso, onde não há muita terra. As sementes logo germinarão, mas como a terra é pouco profunda, acabarão queimadas por falta de proteção para as raízes. Outras sementes cairão entre espinhos, que sufocarão as plantinhas que ali brotarem. Para sorte do agricultor, muitas sementes cairão em terra boa, obtendo uma produtividade de cem por um, sessenta por um, trinta por um”.
Boa essa imagem, não? Para ser sincero, eu não a ouvi em palestra nenhuma. Na verdade, esta “história” é a “Parábola do Semeador”, que pode ser lida no Evangelho de São Mateus (Mateus 13:1-9). Para disfarçar sua origem bíblica, o que eu fiz apenas foi mudar o tempo dos verbos, para jogar a história em um futuro hipotético.
Todos queremos reduzir as desigualdades sociais, e quando digo “todos”, estou falando de Direita e Esquerda. Mas tenho a sensação de que a única forma que a moçada de Esquerda entende como solução para isso é um nivelamento equivocado de desiguais, de dessemelhantes, pois é um nivelamento por baixo. O problema é que, embora devamos ter oportunidades iniciais iguais, não somos nem teremos resultados e desempenhos iguais, por mais que gente como o Leonardo Boff bufe contra isso. “Aquele que tem ouvidos, ouça"."


Em tempo : ainda bem que revelou a verdadeira origem da "histórinha", ou, do contrário, eu o teria desmascarado. A Parábola do Semeador até eu conheço, já estudei em colégio de padres, tá pensando o quê? O texto tá do caralho, JB. É exatamente isso, a corja da esquerda quer colher os frutos sem ter arado e preparado a terra, sem ter posto a semente, sem ter aguado a mudinha, sem ter combatido as pragas da lavoura etc. Aliás, as verdadeiras pragas da lavoura são eles, a esquerda é uma nuvem de gafanhotos em cima do trabalhador, do honesto contribuinte.

Tá Provado : Foi Lula Quem Passou os Quatro Dedos no Acervo do Palácio do Planalto

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Todas as Propinas Levam a Lula

O juiz Sérgio Moro, o Eliot Ness brasileiro, irá condenar o Al Capone Lula nos próximos dias a até 22 anos de xilindró.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

3x4 da Lua

Lembro de ti a todo momento.
No movimento,
Na artrite do motor,
No selvagem moto-contínuo da vida.
Lembro. Lembro, sim.
Mas não há mais tempo
De imota e preguiçosa madrugada,
Não há mais paradeiro
Onde possa me sentar, ficar descalço, esticar as pernas
E pensar em ti.
Deixo-te, então, 
Aos ninares e aos acalantos dos céus de outonos invernais
E aos cuidares das estrofes desafinadas dos menestréis,
Sempre ineptos em fazer tuas vontades,
Em adoçar teu café na exata medida,
Em levar-te o chocolate com que adoras te lambuzar,
Em colocar no toca-CD a música em que estás a pensar e a cantarolar baixinho.
Como prova de meu fracasso e de meu carinho, porém,
Levo foto 3x4 tua em minha carteira.
Não daquelas em preto e branco,
Tiradas pelo japonês do bairro.
Daquelas em prata, vácuo e solidão,
Em alta resolução,
Tiradas pela Nasa,
Pelo Hubble,
O J.R. Duran
Das Luazinhas maliciosamente ingênuas,
Cuidadosamente descuidadas
E desnudas.

Lula Preso, ou Impedido, Bolsonaro Será o Próximo Presidente da República

Fonte : Datafolha

domingo, 25 de junho de 2017

Barata, Ruim e, Provavelmente, Inexistente

Em minha eterna e indianajônica cruzada em busca da cerveja boa e barata perdida, deparei-me com a nunca antes vista Royal Pilsen Beer, nas prateleiras da rede de atacados Assaí. R$ 1,09 a lata de 350 ml. Barata, sem dúvida. Mais um desafio a ser encarado. Mais um experimento a ser realizado. Tudo dentro do mais espartano método científico. Comprei quatro latas.
Pu-la a gelar. Abri e deitei-a a uma caneca de vidro. Que porra de cor era aquela? Nem bege nem amarela. Seria a tão afamada cor de burro quando foge? A espuma não se sustentou por 30 segundos. Desfez-se feito bolha de sabão soprada por criança em dia de sol quente. Provei-a. Deixei-a repousar na boca, língua, palato, todas as mucosas. Sem gosto. Absolutamente insípida. Não dá pra dizer nem se é boa nem se é ruim. Simplesmente não é.
Só sabia que era cerveja pelo rótulo na lata. Nem mesmo o álcool parecia presente. Fiquei sem adjetivos para escrever sobre. Feito aluno relapso e desonesto, corri ao excelente site BREJAS.COM para dar uma "colada" na análise deles da Royal. O Brejas é um site completíssimo, com cervejas de vários países do mundo e mais de umas trezentas marcas nacionais. É um site caprichadíssimo, informam sobre o fabricante de cada cerveja, o estilo, o teor alcoólico, a temperatura ideal a ser consumida, o copo ideal e avaliam, numa escala de zero a cinco estrelas, o aroma, o sabor, a aparência, a sensação e o conjunto do produto.
Coloquei a Royal no campo de busca e nada. Verifiquei se a grafia estava correta. Estava. Por via das dúvidas, apaguei e escrevi de novo. Nada. Por mais desconhecidas e inexpressivas que tenham sido as cervejas que garimpei ao longo dos anos, elas sempre apareceram no Brejas. O Brejas nunca me deixara na mão. Até agora.
Fui, então, ao Google. E também nada. Diz um nada milenar ditado chinês que se algo não pode ser encontrado na internet, esse algo não existe. Olhei nas informações laterais da lata e descobri que ela é envasada pela companhia Bluebev, em Tatuí/SP, que tem 3,8% de álcool (fraquíssima) e que é importada da cidade de Pedro Juan Caballero, Paraguai.
Fui ao site do fabricante informado na lata : www.bluebev.com.br. Descobri que é a empresa que fabrica os bons sucos de fruta Granvalle. Produzem também uma porrada dessas bebidas energéticas e chás. Mas nada da Royal Pilsen Beer. Nem no site do próprio fabricante, ela aparece. Comecei a ficar preocupado.
Mais ao fim das informações do rótulo, outro endereço eletrônico, em letras miudíssimas, o pesadelo de todo presbiópico : www.cervejaroyal.com.br. Agora não tinha erro, enfim saberia algo sobre a Royal Pilsen Beer. Digitei o endereço e : Servidor não encontrado. Tentei de novo : Servidor não encontrado. O site não existe.
Pãããããta que o pariu!!! Tomei um produto, longinquamente parecido com cerveja, que não existe. A lata está aqui para provar. E a foto que tirei e publico abaixo.
Pus-me em observação atenta para possíveis efeitos colaterais. Até agora não começaram a me cair os cabelos, a unhas ou o pau. Nem há sinais, até então, de envenenamento radiativo. Não estou, ainda, a pôr sangue pela urina, fezes, boca, nariz ou orelhas. Mas só faz quinze dias que consumi as quatro latas.
Tudo ainda pode acontecer. Eis a inexistente quase-cerveja. Se alguém ler esse texto e tiver informações sobre a tal, sobre que antídotos tomar, envie aqui pro Marreta no campo dos comentários.
em tempo : nas lápides dos túmulos, a data do nascimento é marcada por uma estrela e a do falecimento, por uma cruz. Como, ao que tudo indica, eu serei o primeiro a fazer uma avaliação e classificação da Royal Pilsen Beer, não lhe darei nenhuma estrela em nenhum dos quesitos supracitados. Darei é cinco cruzes. Em todos eles. Cinco cruzes para o aroma, sabor, aparência, sensação e conjunto.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Quer um Copo, ou Vai Tomar no Gargalo?

A vagina humana é um ambiente - por que não dizê-la mesmo um ecossistema? - possuidor de uma enorme biodiversidade microbiana, um bioma dotado de uma profícua, viçosa e exuberante flora bacteriana, um jardim de delícias e de belezas microscópicas, um Éden de moneras.
O que torna a xavasca - tabus, viadagens e nojinhos à parte - em um vastíssimo e praticamente inexplorado manancial de matéria-prima e de insumos para todos os setores da indústria da fermentação, o de panificação, o de laticínios, o farmacêutico e, agora, o de bebidas alcoólicas.
A ideia de usar certas bactérias vaginais, a Lactobacillus casei em especial, na produção de gêneros alimentícios não é nova e muito menos minha, infelizmente. Já publiquei aqui o caso dos iogurtes feitos a partir da fermentação das bactérias da casa do caralho, trabalho de uma pesquisadora dos EUA, da Universidade de Wisconsin : Lactoxavasccus vivos.
A novidade, agora, vem da Polônia e é empreendida pelo ramo cervejeiro. A cervejaria The Order of Yoni lançou no mercado a cerveja Bottled Instinct, preparada com água, malte, lúpulo, lascas de madeira aromática, levedura e, claro, bactérias lácticas da buceta. É a Cervagi!!! 
São as bactérias lácticas que conferem aquele gosto azedinho peculiar à xavasca. Aliás, exatamente o mesmo azedinho do leite fermentado (Yakult etc) e das coalhadas.
A The Order of Yoni garante aos seus consumidores que levarão para casa uma cerveja com gosto e cheiro de mulher. Pããããããta que o pariu!!!! Isso me lembrou até do nome de uma novela mexicana exibida, é claro, pelo SBT, Café com Aroma de Mulher. Cerveja com aroma de mulher...
A empresa assegura também a higiene observada no preparo da Cervagi : "usamos o que há de mais moderno e avançado na microbiologia, as bactérias do ácido láctico são isoladas da vagina de uma única mulher e os procedimentos de isolamento e preparação evitam que outros tipos de bactérias, vírus e fungos sobrevivam, proporcionando um produto final limpo e saudável", diz o químico cervejeiro responsável.
No caso, a única mulher de quem foram retiradas as bactérias, a doadora da cepa original de lactobacilos, foi a modelo Alexandra Brendlova, a gostosa abaixo.
Conseguem adivinhar, ou mesmo supor, a nacionalidade da gostosa? Tcheca! 
É verdade! E óbvio! É a cerveja feita da xeca da tcheca! Melhor certificado de qualidade, impossível!
A empresa não pretende parar por aí, tem projetos para novas cervejas vaginais : a BDSM Ale, feita com ameixas vermelhas e bactérias vaginais de mulheres ruivas; e a Ale Blond, confeccionada com malte de trigo, açafrão e bactérias da xavasca de uma modelo ou de uma celebridade loura.
Quer um copo, ou vai tomar no gargalo?
No gargalo! No bico! Na beiçada!
E quero a minha sempre com colarinho, se é que vocês me entendem.
Se bem que só provarei dessa preciosidade caso ganhe uma garrafa de presente. Comprar, jamais. Nunca paguei por um buça. Não será agora que começarei. Só vou em degustação grátis.
Mas como saco vazio não para em pé e muito menos o pau, os leitores machos do Marreta estão a perguntar : e o acompanhamento? Que tipo de prato ou de tira-gosto bem harmoniza com a Cervagi, a cerveja com aroma de mulher? Responda-nos, oh, Azarão, grande sommelier de buceta que sois.
Tal acepipe não existe à venda. Apenas na ideia. Na minha ideia. Exponho-a aqui e a deixo de sugestão e inspiração para os fromagers europeus. Um gorgonzola, ou um camembert, ambos feitos com fungos vaginais do gênero Penicillium seriam o acompanhamento perfeito para a Cervagi. O gorgonxana. O camembuça.
Você pode também, a título de pegadinha, dar uma Cervagi para aquele seu amigo viado, aquela bichinha que jura de pés juntos que jamais colocará a boca numa xoxota. Deixá-lo degustar e, ao fim, perguntar : e aí, tomou?
Usando o que há de mais avançado na microbiologia, os criadores da bebida prepararam as bactérias do ácido láctico a partir da vagina de uma única mulher, nesse caso, a modelo tcheca Alexandra Brendlova. Os procedimentos de isolamento e preparação evitam que outras bactérias e vírus sobrevivam, proporcionando um produto final limpo e saudável. 
Esse "ingrediente especial" é combinado com água, malte, lúpulo, chips de madeira e levedura para criar a cerveja.
Fonte: Deles - iG @ http://deles.ig.com.br/mundo-masculino/2016-03-31/marca-desenvolve-cerveja-feita-com-bacterias-vaginais-de-modelo-tcheca.html
Usando o que há de mais avançado na microbiologia, os criadores da bebida prepararam as bactérias do ácido láctico a partir da vagina de uma única mulher, nesse caso, a modelo tcheca Alexandra Brendlova. Os procedimentos de isolamento e preparação evitam que outras bactérias e vírus sobrevivam, proporcionando um produto final limpo e saudável. 
Esse "ingrediente especial" é combinado com água, malte, lúpulo, chips de madeira e levedura para criar a cerveja.
Fonte: Deles - iG @ http://deles.ig.com.br/mundo-masculino/2016-03-31/marca-desenvolve-cerveja-feita-com-bacterias-vaginais-de-modelo-tcheca.html



Deles Mundo Masculino

Marca desenvolve cerveja feita com bactérias vaginais de modelo tcheca

Por Francine Olivieri | - Atualizada às
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Bebida feita com "ingrediente" do órgão genital feminino instiga a população masculina para o consumo

Entre tantas cervejas no mundo, eis que surge uma novidade que divide opiniões: a cerveja feita com bactérias vaginais. É isso mesmo que você acaba de ler!



Cerveja com bactérias vaginais, criada pela The Order of Yoni
Divulgação
Cerveja com bactérias vaginais, criada pela The Order of Yoni


Usando o que há de mais avançado na microbiologia, os criadores da bebida prepararam as bactérias do ácido láctico a partir da vagina de uma única mulher, nesse caso, a modelo tcheca Alexandra Brendlova. Os procedimentos de isolamento e preparação evitam que outras bactérias e vírus sobrevivam, proporcionando um produto final limpo e saudável. 
Esse "ingrediente especial" é combinado com água, malte, lúpulo, chips de madeira e levedura para criar a cerveja.



Ceveja Bottled Instinct, da The Order of Yoni
Divulgação
Ceveja Bottled Instinct, da The Order of Yoni


O produto final não tem gosto e nem cheiro do órgão genital feminino, mas como a própria descrição diz, é "aromatizado com instintos".
"Imagine a mulher de seus sonhos, seu objeto de desejo. Seu charme, sua sensualidade, sua paixão. Experimente o gosto dela, sentir seu cheiro, ouvir a sua voz. Imagine ela massageando-o apaixonadamente e sussurrando em seu ouvido tudo o que quer. Agora libere suas fantasias e imagine que, com uma varinha mágica, você pode fechá-la em uma garrafa de cerveja. A bebida dourada fabricada com sua atração, graça e aromatizado com instintos. Imagine a cerveja que a cada gole é um randez-vous com esta mulher quente de seus sonhos. Ela iá abraçá-lo e beijá-lo suavemente, olhando diretamente em seus olhos. Quanto você daria para essa cerveja?", diz a propaganda do produto.



A modelo tcheca Alexandra Brendlova, que cedeu as bactérias vaginais para a fabricação da cerveja Bottled Instinct
Divulgação
A modelo tcheca Alexandra Brendlova, que cedeu as bactérias vaginais para a fabricação da cerveja Bottled Instinct


E a edição Instintic é apenas o começo. A marca ainda quer desenvolver outros tipos do produto que seguem o mesmo pensamento. Entre eles estão: a  BDSM ale ale azedo feito com ameixas fumadas e bactérias lácticas vaginais de mulheres ruivas ou morenas, e a  ale Blond, feita com malte de trigo, açafrão e ouro comestível, com bactérias do ácido láctico vaginal de uma modelo ou celebridade de cabelo loiro.

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  • Fonte: Deles - iG @ http://deles.ig.com.br/mundo-masculino/2016-03-31/marca-desenvolve-cerveja-feita-com-bacterias-vaginais-de-modelo-tcheca.html

    segunda-feira, 19 de junho de 2017

    Que Fossa, Hein, Meu Chapa, Que Fossa... (43)

    Há quem pense e diga que a lancinante fossa seja deflagrada pela perda de um grande amor, pela rejeição de uma boa buceta que bate seus beiços, voa e vai se aninhar, fazer-se em ninho de outra(s) rola(s).
    Ledo e preconceituoso engano. Pretensão da mulherada. Há dessas fossas, também. Mas são fossas mi-mi-mi, fossas rasas. A verdadeira fossa é muito mais abissal, vinda de uma saudade muito mais profunda.
    A maior saudade não é da xavasca que se foi, sim do tempo em que ela se foi, da época em que o abandono se deu; do tempo, esse sim, perdido e irrecuperável. A fossa das antigas não vem da perda de uma boa buça, sim da progressiva dificuldade em abiscoitar novas delas, para perdê-las depois. A verdadeira fossa vem da saudade de quando perdíamos bucetas em série, pois em série, com nossa juventude, também éramos capazes de arrebanhá-las, vem da nostalgia de um pé na bunda atrás do outro, pois se tomávamos um pé na bunda, antes tínhamos posto nosso pau numa bunda.
    A maior dor não é pelo pé na bunda da pérfida, sim pelo pé na bunda do tempo, o pé na bunda que, de um dia para o outro, sem aviso prévio nem indenização nem FGTS nem seguro-desemprego, levamos da juventude, amante das mais infiéis, que nunca fica conosco até que a morte nos separe. A maior fossa não é lembrar da traidora, sim do tempo em que éramos tão jovens. E não mais somos. Nem o Renato Russo o seria, vivo estivesse hoje. E, sim, é sempre tempo perdido.
    É o tempo que se perdeu e nos atraiçoou, e não um bom dum entrepernas e entrefolhas, que fica para sempre feito farpa enferrujada no calcanhar. Dependendo do dia, do clima e da temperatura, do jeito de pisar, é ele que nos espeta e se faz em estopim de uma nova fossa.
    Aí, meu chapa, se num daqueles dias em que nossos olhos são chumaços de neblina e que os termômetros em nosso peito marcam 0º C (com sensação térmica de 0 K ), juntando-se ao tempo que não volta, algo ainda - um cheiro, um ruído, uma estranha a atravessar a rua, um olhar de floricultura que encontra o nosso, árido e estéril, uma música - nos faz lembrar de uma dona que nos foi desleal, um míssil terra-ar de melancolia nos atinge em cheio. Que fossa, hein, meu chapa, que fossa...
    Foi o que se deu com o sujeito da bela canção Um Tango Pra Teresa, se não com os próprios autores dessa preciosidade, Evaldo Gouveia e Jair Amorim.
    O sujeito está lá, num quarto úmido e solitário de um velho apartamento, já no outono da vida (a luz do cabaret já se apagou em mim, diz ele), quando, de repente, alguém põe um disco de Gardel no apartamento junto ao dele. Danou-se. O velho tango traz-lhe lembranças de Teresa e, mais pungentemente, de sua mocidade.
    Evaldo Gouveia e Jair Amorim são craques incontestes da MPB, mas foram de uma mestria inigualável na letra dessa canção, de uma virtuosidade poucas vezes vistas ou repetidas. São ou não são de arrepiar os versos : Era todo o passado lindo, A mocidade vindo na parede a me dizer para eu sofrer?
    A mocidade vindo na parede me dizendo para eu sofrer... pããããããta que o pariu!!!
    Agora, me calo e vos deixo com a bela letra de Um Tango pra Teresa. Que é hora de lembrar e de chorar.

    Tango Pra Teresa
    (Jair Amorim/Evaldo Gouveia)
    Hoje, alguém pôs a rodar
    Um disco de Gardel
    No apartamento junto ao meu
    Que tristeza me deu

    Era todo o passado lindo
    A mocidade vindo
    Na parede a me dizer
    Para eu sofrer

    Trago a vida agora calma
    Um tango dentro d’alma
    A velha história de um amor
    Que no tempo ficou

    Garçom, põe a cerveja sobre a mesa
    Bandoneon, toque de novo que Teresa
    Esta noite vai ser minha e vai dançar
    Para eu sonhar

    A luz do cabaré
    Já se apagou em mim
    O tango na vitrola
    Também chegou ao fim

    Parece me dizer
    Que a noite envelheceu
    Que é hora de lembrar
    E de chorar.
     Em tempo : para ouvir a canção, com o Ney Matogrosso, minha interpretação preferida dela, é só clicar aqui, no meu poderoso MARRETÃO.

    sábado, 17 de junho de 2017

    Pêlos Pelo Quê?

    Vou escovar meus dentes,
    Fazer uma atualização,
    Um upgrade evolutivo de 70 mil anos,
    Ventilar a toca neandertal,
    Maquiar o bafo paleolítico
    Com flúor, malva e menta americana
    E cuspo pelos :
    Da minha barba
    Ou da buceta que acabei de chupar.
    Enfim,
    Cuspo pelos,
    Pilosidades ralo abaixo,
    Repilo (tento me limpar de) minha condição de primata,
    De macaco,
    De mamífero.

    Vou me deitar
    (glabro e sem rabo)
    Sem bando
    (com pijama)
    Sem alcateia
    (com meias de lã)
    Sem banquete antropofágico em volta da fogueira
    (tendo ceado uma salada de rúcula com repolho roxo e rabanete e usando um protetor bucal contra bruxismo).

    No travesseiro de penas
    Peso soluções
    Peno soluços.
    Grito e clamo 
    (só os gatos no cio me ouvem)
    Pela minha condição de cria
    De filhote
    Pelo teu colo
    Pelo teus peitos
    Pela tua caverna
    Pelo teus pêlos.

    quarta-feira, 14 de junho de 2017

    U.T.I.

    Vamos rir, 
    Rir sem amarras. 
    Rir como quem galopa latas de cerveja, 
    Expelir risos como quem escarra. 

    E vamos rir. 
    Rir de tudo que em nós não mais viceja. 
    Rir um riso sem pregas, 
    Riso sem parcimônia. 
    Amanhã, de repente, a Inevitável nos pega. 
    Então, rir. 
    Rir como quem trepa em cavalos marinhos 
    Fumando sargaços pelos mares da Macedônia. 

    Rir sem vergonha, 
    Riso de quem sonha e sabe que está pra acordar. 
    Vamos rir, 
    Vai que logo amanhece, 
    Amanhece um dia bonito de amargar. 
    E se percebe nossa farra, 
    O Enfermeiro, em uma de suas rondas, 
    Logo acaba com tudo, 
    Nos tira os tubos. 

    Se percebe o ópio em nosso soro, 
    Logo corta nossa onda 
    E com riso de cachorro 
    Imediatamente nos arranca a sonda.

    terça-feira, 13 de junho de 2017

    Olimpíada Brasileira de Biologia (Ou : Conhecimento, Para Que Vos Quero?)

    Dois alunos me abordaram no pátio da escola, num intervalo entre duas aulas :
    - Professor, inscreve e ajuda a gente na Olimpíada de Biologia?
    - E em que modalidades vocês pretendem competir?
    Eles não entenderam a ironia, não captaram o chiste. Não riram nem manifestaram qualquer expressão de desdém pela piada sem graça. Ficaram a se entreolhar.

    A resposta é um categórico não. Primeiro, ainda que não principalmente, porque não tenho tempo. Deixá-los minimamente aptos a mais que simplesmente marcarem um "X" demandaria infrutíferas horas e mais horas. Segundo, e sobretudo, porque sempre acreditei que, ao conhecimento, não se deve dar esse tipo uso, o de competição, de exibicionismo e premiação. Aliás, a priori, creio que o conhecimento não precise ser de nenhum emprego prático, de nenhum utilitarismo.
    Ele, o conhecimento, deve existir e ser adquirido per si. O conhecimento pelo conhecimento. O conhecimento pelo prazer pessoal e inalienável de conhecer. Como todo prazer pessoal, ele deve ser de natureza íntima, não deve ser dado à promiscuidade, não deve ser tratado como um item em uma vitrine de shopping center, ou em uma prateleira de supermercado.
    A exemplo do que falo, não me lembro, em minhas infância e adolescência, de uma única ocasião em que meu pai tenha posto um livro em minhas mãos e ordenado que eu o lesse. No entanto, sempre deixou muitos livros disponíveis em nossa casa. Na época, e digo das décadas de 1970 e 1980, era comum as editoras publicarem coleções e enciclopédias na forma de fascículos. A cada semana, ou quinze dias, um novo fascículo chegava às bancas de jornais e revistas e, ao fim, eram encadernados em livros de capa dura.
    Havia uma estante com várias dessas coleções na sala de casa. A coleção Conhecer - doze volumes de capa dura vermelha com letras douradas e que tratava de conhecimentos gerais, História, Geografia, Ciências, Política etc -, a Ciência Ilustrada - seis volumes de capa azul escura com letras prateadas, que trazia as novas tecnologias; novas para a época, claro -, a Medicina e Saúde - dez volumes de capa verde com letras douradas, de conteúdo óbvio -, a Grandes Vultos da Nossa História - seis volumes de capa branca escrita em dourado e que trazia biografias das principais figuras de nossa triste História. Além de dois dicionários grossos, completíssimos e de toda a coleção infantil do Monteiro Lobato.
    Criei-me entre esses livros. Tomava-os sem compromisso ou obrigação, aleatoriamente, e passava tardes a lê-los. Meu pai, que eu me lembre, nunca me perguntou sobre o que eu lera neles, nem ao menos se os lera, nem eu nunca contei. Nem a ele nem a ninguém. Eu gostava de saber. E era só.
    Quando saía à rua para brincar com a molecada não ficava falando sobre a civilização Maia, sobre a longevidade das diversas espécies animais, sobre os maiores vulcões do mundo. Eu sabia. Era o importante. E o que bastava. Minha irmã, apenas dois anos mais nova que eu, por outro lado, passava pela estante e dava aos livros a mesma atenção que ao abajur, ao sofá ou à mesinha de centro; talvez até menos.
    Lembro-me de uma outra situação, que, igualmente, talvez até mais, bem ilustra minha postura para com o conhecimento. Em meu segundo ano do primário (1975), para punir alguma traquinagem da sala, a professora nos castigou com um ditado de quarenta palavras, uma imensidão para a nossa idade. Quem acertasse menos de trinta e duas palavras, o equivalente a uma nota 80 - sim, à época, a nota era de 0 a 100, e, sim, à época, as professoras primárias bem sabiam fazer proporções - teria seus pais chamados à escola.
    Acertei a grafia das quarenta. Gabaritei. Surpreendida, a professora resolveu me premiar. Saiu comigo e com o meu ditado perfeito nos exibindo pelas outras salas - eram um total de oito - e também pela sala da Diretora. Não morri porque não era a minha hora. Não me caguei porque não tinha merda pronta. Eu teria preferido o castigo ao prêmio. A partir de então, para evitar novas premiações, passei, deliberadamente, a errar  uma ou duas palavras por ditado, ou um ou dois resultados na tomada da tabuada.
    Para mim, treinar estudantes para que compitam em Olimpíadas de Biologia, ou de qualquer outra disciplina, é a mesma e exatíssima coisa que adestrar cãezinhos poodles, que colocá-los a desfilar e a saltar por sobre obstáculos e por dentro de aros para a apreciação de uma banca julgadora. É prostituir o conhecimento por umas medalhas de lata e umas faixas de falso cetim. Medalhas são para heróis de guerra. Mortos, de preferência. Faixas de campeão são para misses e Presidentes da República.
    Sentiria-me, também, levando parte do crédito e da glória em eventual boa colocação, um usurpador do trabalho de outrem, um aproveitador. Um cafetão de Mendel, Darwin, Spallanzani.

    Tornei a lhes perguntar (afinal, alguma diversão, vez ou outra, tenho de extrair de meu ofício) :
    - Em que modalidades da Olimpíada vocês pretendem competir?
    Tornaram a se entreolhar. Um deles, mais corajoso, tropeçando em gaguejares, disse :
    - Ainda não decidimos, professor.
    Ainda não decidiram... Pãããããta que o pariu!!!
    - Pois, então, quando resolverem, voltem a me procurar.
    Isso foi há dez dias.

    quinta-feira, 8 de junho de 2017

    4º Prêmio Sexy Hot, o Oscaralho do Pornô Brasileiro

    Meryl Streep e Jack Nicholson que se cuidem! Coppola, Scorsese e Spielberg que ponham as barbinhas de molho! Tapete vermelho, calçada da fama e a estatueta do Tio Oscar pelado serão instituições anacrônicas em breve, dèmodès, fadadas ao olvidamento. As colinas de Hollywood serão a nova Acrópole e os estúdios de filmagem, os templos em ruínas de deuses não mais reverenciados.
    Que o negócio, agora, ou o "quente", como se dizia antigamente, ou a "tendência", como dizem os viadinhos atuais, é o Prêmio Sexy Hot, o Oscar do cinema pornô nacional, já em sua quarta edição - e eu nem fiquei sabendo das outras. É o Oscaralho!
    o PSH, porém, não dá moral para frescuras e firulas, não premia categorias técnicas como sonoplastia, edição etc, não premia quem fica nos bastidores, por detrás das câmeras, filmando com uma mão e batendo punheta com a outra.
    O PSH só laureia quem faz a ação acontecer, só os que dão duro e os que dão pro duro!
    A quarta celebração do PSH teve data e lugar na noite dessa terça-feira (06/06), na cidade de São Paulo, e foi apresentado, pelo segundo ano consecutivo, pelo cantor e compositor Léo Jaime.
    A grande premiada da noite, levando para casa (e na bunda e na buça e na boca e nas orelhas e nas dobras dos joelhos) as estatuetas de quatro das cinco categorias às quais foi indicada, foi Emme White. Venceu nas categorias Melhor Cena de Sexo Oral, Melhor Cena de Orgia/Gang Bang, Melhor Atriz Homo Feminina e Melhor Cena Homo Feminina.
    Teve até discurso em tom de desabafo da moça. A desgraça é que sempre tem discurso. A nossa Ingrid Bergman criticou a hipocrisia de uma sociedade que assiste a filmes pornôs, porém, discrimina e avilta os atores e as atrizes que os realizam.
    Disse a moça : "Meu discurso foi em tom de desabafo porque minha família não aceita e não culpo eles (sic), culpo a educação que eles tiveram". E eu culpo os professores de português que passaram a moça de ano. Primeiro, atrizes e atores? Em tempos mais simples, pessoas que trepavam por grana recebiam outra denominação. Segundo, fico imaginando o pai de uma atriz pornô, um velhinho de suíças e de cabelos brancos, olhos baços pela catarata, dentadura periclitante a dançar pelo céu da boca, vendo a filha ajoelhada na frente a três rolas gigantes, tomando surra de pica na cara e esporrada dentro do olho, vendo a filha sorrindo para a câmera com a boca cheia de porra e ainda assoprando pra fazer bolhinhas. O cara tem que aceitar, sentir orgulho e admiração? E toda a sociedade, bater palmas?
    Hoje, o que não é de nenhum valor, exige que a sociedade lhe tenha em alto apreço e consideração. Não basta tolerar, fazer vistas grossas, todos têm também que os exaltar, engrandecer, glorificar, querem um aval da sociedade, para que, no fim, eles próprios se convençam, se autoaceitem e aplaquem qualquer resquício de culpa ou remordimento. Têm é o caralho que tem! É como diz meu amigo Fernandão, corno e filósofo de primeira categoria : não pode pintar o urubu de branco, que ele já pensa que é cisne. 
    Foram premiadas um total de 17 categorias, teve estatueta para todos os gostos, orifícios e orientações, inclusive, pasmem, Melhor Filme Hétero.
    Grande aficionado que já fui do gênero e considerando-me, hoje, apenas um diletante espectador, dou-me ao direito e à liberdade de sugerir aqui, para a 5ª edição do PSH, a inclusão de mais três categorias, afinal, incluir é com o PSH, mesmo.
    1) Oscaralho de Efeitos Especiais : dado à atriz com mais implantes de silicone, aplicações de botox, lipoaspirações e cirurgias de reconstrução da beiçuda e das pregas, e aos atores mais enviagrados;
    2) Oscaralho de figurino : conferido às fabricantes de camisinha, Jontex, Preserv, Prudence, Olla, Blowtex, Durex etc;
    3) Oscaralho de melhor roteiro adaptado, o famoso pornô com história; e esse deverá ser o ápice da premiação, o príapo do evento, a estatueta mais esperada da noite, pois não há maior sacanagem que o pornô com história. O desavisado punheteiro aluga um pornô com história e vai pra casa crente de que vai descabelar o palhaço, esgoelar o bem-te-vi, descascar o inhame, envernizar o pescoço da girafa. Aí, começa o filme e nada, mais 10 minutos e nada. O punheteiro larga do pau mole, pega o controle remoto do DVD (ou do videocassete, se for punheteiro das antigas, punheteiro VHS) e começa a acelerar o filme, e nada. Que sacanagem!
    E por que roteiro adaptado? Simples, ora porra! Porque roteiro original só tem um, do qual se derivou toda a espécie de putaria que existe hoje :
    Filme : Bundalelê no Paraíso
    Ator Principal : Adão
    Atriz Principal : Eva
    Ator/Atriz coadjuvante e epiceno : a Cobra
    Locação : Jardim do Éden
    Diretor : Deus.
    Pãããããta que o pariu!!!! O primeiro registro da história da humanidade é um filme pornô!!! A história humana já começou com um ménage. Adão, Eva e a Cobra, que pode tanto ser macho quanto fêmea, olha aí o início da porra da ideologia de gêneros.
    Também sugiro uma mudança na estatueta dada aos vencedores, uma figura geométrica meio triangular, meio que uma ampulheta estilizada, e em nada representativa. Os laureados deveriam era receber, confeccionada em ébano e bronze, uma estatueta feita nos moldes da benga do Kid Bengala. Não em tamanho real, porém; numa escala 1:12, que é para caber na estante da sala sem ter que mandar abrir uma claraboia no teto.
    Entrei em contato e perguntei a um dos organizadores do evento sobre a possibilidade da inserção das novas categorias de premiação e da mudança da viril estatueta a ser entregue aos vencedores do 5º Prêmio Sexy Hot.
    A bichinha, toda esquizoelétrica, respondeu-me categórica : "Nenhuma. Nenhuma possibilidade. Nosso trabalho é sério. Tá de gozação, é?"
    Tô. Pããããããta que o pariu se tô!!!! Pelo menos, gostaria de estar!!! Não com a bichinha, é claro!!!
    Eis a grande vencedora Emme White e, depois dela, todas as categorias premiadas, a quem interessar possa.

    Melhor Cena De Sexo Oral
    Emme White e Erick Fire ("Desejos Femininos")

    Melhor Cena De Sexo Anal
    Elisa Sanches e Yuri ("Sexy Blonde")

    Melhor Cena De Dupla Penetração
    Ana Julia, Eduardo Lima e Jack kallahari ("Molhadinhas e Meladinhas 2")

    Melhor Cena De Orgia/Gang Bang
    Emme White, Mel Fire, Angel Lima, Fabi Thompson e Paty Kimberly ("Orgasmos Múltiplos")

    Melhor Cena De Menage
    Grazy Moraes, Sol Soares e Renan Cobra ("As Aventuras de Grazy")

    Melhor Cena De Fetiche
    Nego Catra E Sandy Cortez ("Masturbatrix 9")

    Melhor Atriz Hétero
    Paty Kimberly ("Uberxxx da Paty")

    Melhor Ator Hétero
    Loupan ("Casa da Mãe Joana")

    Melhor Atriz Transexual
    Carol Penélope ("Gang Bang com Carol")

    Melhor Ator Homo Masculino
    Kaleb ("O Tímido da Sauna")

    Melhor Atriz Homo Feminina 
    Emme White ("Festival Bucetal")

    Revelação Do Ano Lgbt
    Mel Fire ("Orgasmos Múltiplos")

    Revelação Do Ano Hétero
    Elisa Sanches ("Abundância")  

    Melhor Cena Homo Feminina
    Emme White e Grazzie ("Sessões de Fetiche 3")
     

    Melhor Cena Transexual
    Grazi Cinturinha, Victoria Carvalho e Erick Fire ("Doutor Ponha no meu Rabo Por Favor") 


    Melhor Filme Hétero
    "Loucuras de Casal" (Elenco: "Polly Petrov, Elisa Sanches, Katrinha e Capoeira") 


    Melhor Diretor
    Marco Cidade ("Player")
    Meu discurso foi em tom de desabafo porque a minha família não aceita e não culpo eles, culpo a educação que eles tiveram. A sociedade é muito machista e acho que foi uma oportunidade boa, vivi muito tempo nessa luta e demorei par... - Veja mais em https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/redacao/2017/06/06/conheca-os-vencedores-do-4-premio-sexy-hot-o-oscar-do-porno-brasileiro.htm?cmpid=copiaecola