quarta-feira, 9 de agosto de 2023

A Nova Marreta do Azarão

Ando um tanto quanto sumido aqui do blog. Sumido, mas ainda vivo. Ou quase.
Com o retorno, já há 3 semanas, ao convívio e ao contato tóxico com a patuleia, tenho tido picos terríveis de ansiedade e pânico - mesmo fortemente medicado. E mesmo nos dias em que eu fico "bem", a quantidade de energia despendida para que eu mantenha um mínimo equilíbrio emocional é de tal forma brutal que fico exaurido e inerte para quaisquer outras atividades. Ainda consigo, feito um morto-vivo, arrastar-me para cumprir com os afazeres do lar, manter a casa decente e habitável. Quando, finalmente, termino todas as necessárias obrigações e sobra-me um tempo para me dedicar a algo que me dê algum tipo de satisfação - escrever aqui, por exemplo -, estou tão esgotado que abro mão de um pequeno prazer em troca de ir dormir mais cedo. E não por sono. Mas para desligar. Para sair desse mundo por umas horas.
Apesar disso, tenho umas 12 ou 15 boas páginas, em caderno de folha grande, brochura, é claro, já rascunhadas à espera de serem digitadas, e que poderão render umas 3 ou 4 postagens. Porém, como disse a finada imortal Nélida Piñon : - não é a cabeça, é a mão que escreve.
No entanto, para não deixar passar mais um dia em branco (o que também acentua minha ansiedade), resolvi passar rapidamente por aqui, numa postagem vapt-vupt. Para apresentar-vos o mais novo membro do A Marreta do Azarão.
"Quem é ateu, e viu milagres como eu, sabe que os deuses sem Deus não cessam de brotar...", já disse o mano Caetano. Sou ateu, mas gosto de deuses. Sei-os (puta cacófato) como criaturas, não criadores. Como frutos da imaginação humana e não como os "plantadores e agricultores" de nossa espécie - sim, digo apenas de nossa espécie, pois, até onde se sabe, somos os únicos irracionais o suficiente para crermos em deuses.
Tanto gosto de certas mitologias, que o símbolo do blog é o imbrochável Mjolnir, o rompedor de tormentas, a fálica marreta de Thor, deus dos mais descolados e pop stars que há, o segundo em comando do Todo-Poderoso lá dos nórdicos, o caolho Odin.
Então, terça-feira agora, na volta do supermercado, passei por uma loja de artigos esotéricos, incensos, cristais, gnomos, apanhador de sonhos etc. E, na vitrine, lá estava ela. Parecendo que à minha espera. A marreta de Thor, confeccionada em resina, ao lado de outras figuras das HQs e do cinema.
A peça tem cerca de 20 cm de altura. Entrei, pedi para dar uma olhada e perguntei pelo preço. R$ 69,90. Não tinha referências para saber se estava cara ou barata, não faço ideia dos valores dessas peças de resina. Só que, raramente, compro algo para mim, raramente me presenteio, faço-me um agrado,um mimo. Pensei : por que comprá-la, por que não comprá-la? Comprei-a-a.
Ei-la. A verdadeira Marreta do Azarão. O novo mascote do Blog. De repente, pode nem parecer grande coisa, mas que é melhor que o Fuleco, isso é. 
Pãããããããta que o pariu se é.

Nenhum comentário:

Postar um comentário