domingo, 22 de dezembro de 2013

Elas Fodem, Ops, Podem

Dilma comete infração de trânsito e pede desculpas pelo erro
Quando transportadas em veículos automotivos, crianças de 1 a 4 anos devem ir no banco traseiro e acomodadas no dispositivo de segurança conhecido como "cadeirinha".
De acordo com resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), o objetivo da "cadeirinha" é "estabelecer condições mínimas de segurança de forma a reduzir o risco ao usuário em casos de colisão ou de desaceleração repentina do veículo, limitando o deslocamento do corpo da criança". 
Desobedecer à essa resolução é considerada falta gravíssima, acarretando sete pontos na carteira de habilitação do condutor do carro, multa de R$ 191,54 e retenção do veículo até a resolução da irregularidade. 
Pois Dilma Rousseff cometeu essa falta gravíssima - mais essa falta gravíssima. Foi flagrada no banco traseiro de um automóvel com o neto de 3 anos no colo, no trajeto entre a casa de sua filha e a casa do avô do menino.
"Estive hoje na casa da minha filha e, de lá, levei meu neto à casa do avô, que fica no mesmo bairro. Meu neto foi abraçado comigo no banco de trás. Foi um erro. A legislação de trânsito é clara: criança tem que andar na cadeirinha. Peço desculpas pelo erro." 
Desculpas? Só isso? Desculpa é o caralho! E ainda por cima as desculpas foram pedidas via o abominável twitter. Comete uma infração gravíssima, entra no twitter, pede desculpas e fica por isso mesmo?
Dilma foi mais longe na cara de pau e na certeza da impunidade que seu antecessor, Lula, o ex-informante do Dops de Codinome Barba. Lula disse que não sabia de nada. Dilma admitiu que sabia da lei, infringiu-a em plena consciência, disse que foi um erro e desculpou-se. Fim de papo.
Tenho um colega que foi pego com a viseira do capacete erguida até a metade, foi multado e perderá sua carta por 90 dias ainda nesse mês. Ele tentou de tudo, recorreu da forma que foi possível, mas de nada adiantou. Ele só se esqueceu de uma coisa : abrir uma conta no twitter e pedir desculpas pelo erro.
Fica aqui a dica de Dilma Rousseff - a famosa companheira Estela da época das guerrilhas - para os infratores de trânsito : peçam desculpas ao guarda que lhes autuar.
Ela fode, ops, pode.

Após 31 anos, Marina Silva é exonerada do quadro de professores da rede do Acre
Eu nem sabia disso, mas Marina Silva foi professora da rede pública do estado do Acre - e eu que reclamo das escolas públicas daqui. E foi "professora" até há muito pouco tempo. Para ser mais exato, até essa sexta-feira última, dia 20/12, quando da publicação de sua exoneração no Diário Oficial do Governo do Acre.
Marina Silva ingressou em 1982 no quadro professoral de seu estado e trabalhou muito pouco com o giz na mão. Logo, em 1990, elegeu-se deputada estadual, daí para frente, foi só vida mansa. Marina Silva se afastou das salas de aula para exercer suas funções legislativas, mas não largou do osso, continuou no cargo de professora.
Desde 1990 que Marina Silva não sabe o que é uma sala de aula, há 23 anos que ela ocupa um cargo que não exerce. E pelo qual, segundo a própria, também não recebe. Se assim for, menos mau. Diz que desde o início de sua carreira política, tem recorrido a afastamentos do cargo sem ônus aos cofres públicos. De qualquer forma, um cargo ficou impedido de ser ocupado por outro professor, mais disposto ao trabalho.
Eleita senadora em 1994, foi reeleita em 2002. Com o fim do mandato no início de 2011, após ficar em terceiro lugar na disputa pela Presidência, Marina solicitou um novo período de afastamento, desta vez recorrendo à "licença para tratar assuntos particulares".  
Não sei lá nos cafundós do Acre, mas um professor da rede pública do estado de SP pode se afastar sem remuneração de seu cargo por um período máximo de dois anos, ao fim do qual, ele tem que decidir se caga, ou se sai de trás da moita, se reassume o cargo, ou se exonera.
Será que a legislação do Acre é tão mais elástica assim? Mais de 20 anos de afastamento sem remuneração?
Um especialista opina sobre a questão:
Para o advogado Edinei Muniz, especialista em administração pública, a ex-ministra do Meio Ambiente deveria ter sido processada por abandono de emprego, pois não voltou a lecionar em fevereiro, quando expirou a licença.  Segundo ele, houve um crime contra a administração pública, ao Marina não ser notificada pela Secretaria de Educação por abandono de emprego. Além disso, Muniz afirma que a secretaria cometeu improbidade administrativa ao conceder a exoneração com efeito retroativo a fevereiro, o que não poderia ter ocorrido.
Marina se defende:
"Com a agenda que tenho, não me atentei quando isso [a licença] ia terminar. Mas eu tinha no meu radar de que eram apenas por dois anos. Mas obviamente eu não era funcionária renumerada e não estava dando nem prejuízo aos cofres públicos", afirmou."Quando me dei conta de que havia extrapolado o período de licença, entrei com o pedido de exoneração", completa. 
Ou seja, igualmente à Dilma Rousseff, Marina Silva simplesmente pediu desculpas.
Que pena, hein, Marina? Logo agora, tão perto de se aposentar como docente...
Ela também fode, ops, pode.

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