sábado, 25 de junho de 2016

Nosferatu

Esfolo minhas pálpebras
Minhas córneas
Minhas cortinas
Minhas retinas
Minhas rotinas
Com os nós de meus dedos
De raios de sol.

Sou doença autoimune
Sou lúpus
Sou Guillain-Barré
Sou soldado
Que detesta a própria pátria
Sou estaca
Que nasce e se enraíza em meu próprio miocárdio
Sou guirlanda de alho
Que se aprofunda e alastra
 Hera que abraça e que tranca
O meu caixão de Nosferatu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário