terça-feira, 16 de agosto de 2022

Varíole des Macaques

Num mundo já há décadas sob a pandemia do politicamente correto, muito mais importante e urgente que combater e erradicar a doença é evitar qualquer estigma em torno dela, qualquer referência, estereótipo ou menção que sinalize sua origem geográfica, étnica e, agora, até zoológica.
A OMS (Organização Mundial da Saúde), um dos ramos do grande cabidão de empregos que é a ONU, muito mais preocupada do que obter e distribuir vacinas por esse mundão infecto afora, está à procura de novos nomes para a varíola do macaco. Nomes que não associem a doença à espécie animal, país ou região. Notem : é a mesma OMS que anda a recomendar que o público gay sossegue a rosca e reduza o número de parceiros.
A variante Bacia do Congo (África Central) passará a ser chamada de Clade ou Subtipo I, a variante da África Ocidental, de Clade ou Subtipo II, e as duas subvariantes, Clade IIa e Clade IIb.
Tais denominações foram propostas por uma comissão de cientistas convocados pela OMS. Comissão que continua a analisar qual seria o melhor nome para substituir "varíola dos macacos".
Numa espécie de concurso, a OMS abriu uma consulta pública para que as pessoas possam propor nomes "neutros" para a doença e um porta-voz da OMS disse que foram enviadas inúmeras propostas "muito interessantes".
E o que será que o cidadão do mundo cuja sugestão de nome for adotada ganhará? Um sagui? Um macaco-prego? Um babuíno-do-toba-vermelho?
E já que a ideia é propor um nome neutro para a doença, essa eu ganho fácil. Simples : varíole des macaques.
Pããããããããta que o pariu!!!!

2 comentários:

  1. Dia desses fiquei pasmo com a repercussão negativa do termo 'ovelha negra', onde a mídia criticou uma colega que o disse na maior naturalidade, enquanto falava um pouco de si e sua personagem de uma novela. Vi "N" comentários de pessoas falando "como fica a música cantada pela Rita Lee então?". No caso em questão, é só substituir 'negra' por 'besta', que dá no mesmo. A questão é outra, mais profunda e que infelizmente não acrescenta muito. Esses termos buscam poupar dores em quem se ressente com eles. É assim com quem se fere quando alguém grita VIADO, BAITOLA, FLOZÔ ou quando pais que tem filhos com deficiência de mobilidade se sentem agredidos quando alguém fala "seu filho é aleijado", e por aí vai em tantos exemplos diferentes que, se colocados, isto aqui ficaria maior que a benga do Kid Bengala. Sou a favor de uma educação a fim de se conscientizar o ser sobre bons modos no falar, explicando que fere as pessoas, é ruim, pejorativo, faz alguém se sentir mal sem necessidade. Mas... e põe 'Mas' nisso... a partir do momento em que vira um rebuliço por causa do nome novo do corte de cabelo estilo Joãozinho, por causa do criado mudo que nunca se tratou de um criado nem mudo, então penso que é preciso parar e observar que algo 'saiu do ponto' nessa porra toda. O que fazer? Não faço a menor ideia. Mas é certo que está havendo um certo oportunismo em torno disso, fazendo algumas situações dessas terem uma importância maior do que realmente deveriam, pois, afinal, me questiono qual é o efeito prático, no dia a dia, do nome diferente para a doença dos macacos? Apenas aquele em que você fala o nome e tem que explicar "o nome novo da varíola dos macacos" para só depois concluir sua colocação. Ah! Larga mão, sô!!!

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  2. "Um sagui?"
    Dispenso. Aqui em meu quintal já está cheio desses macaquinhos. Roubam tudo.
    Abraços!

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