A caneta,
O caderno,
"quanto branco, oh, quanta anedonia, nem um só garrancho em seus salões...";
No copo,
A recém-solteirice da Coca com gelo,
Abandonada pelo Rum,
Que disse que ia à esquina
Comprar mais rum
E nunca mais voltou;
No toca-CD,
Nélson Gonçalves
É-me um farrapo de voz;
No banco circular de madeira de bordas lascadas,
No escuro da sacada,
Eu,
Sóbrio,
Tentando trocar a depressão pela tristeza
E sorrir para isso;
Eu,
Pedaço de vida no mundo a rolar.
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