O palhaço é a alegria do circo!
Ele
é a catarse da plateia. É o saco de vômito, a escarradeira do
respeitável público desse imenso freak show, do circo de horrores e
aberrações que é a existência humana, que somos nós.
O
palhaço não é engraçado. É patético, é horrendo, é risível e ridículo.
Rimos do palhaço para podermos nos levar, minimamente, a sério. Para
fingirmos que não somos nós os patéticos, os horrendos, os risíveis e
ridículos.
O
palhaço é o bode expiatório das vergonhas que não temos coragem de
assumir. Rir do palhaço é quebrar todos os espelhos da casa.
E de quem o palhaço ri, se é que ri? Quem faz papel de palhaço para o palhaço gargalhar?
Com o que sonha, o palhaço, quando deixa sua alegria guardada em seu estojo de maquiagem?
Sonhos de um Palhaço
(Antônio Marcos)
Vejam só
Que história boba
Eu tenho pra contar
Quem é que vai querer
Me acreditar
Eu sou palhaço sem querer
Vejam só
Que coisa incrível
O meu coração
Todo pintado e nesta solidão
Espero a hora de sonhar
Ah, o mundo sempre foi
Um circo sem igual
Onde todos representam
Bem ou mal
Onde a farsa de um palhaço
É natural
Ah, no palco da ilusão
Pintei meu coração
Entreguei, entreguei amor
E sonhos sem saber
Que o palhaço
Pinta o rosto pra viver
Vejam só e há quem diga
Que o palhaço é
No grande circo apenas o ladrão
Do coração de uma mulher
Ah, o mundo sempre foi
Um circo sem igual
Onde todos, todos
Representam bem ou mal
Onde a farsa de um palhaço
É natural
Ah, no palco da ilusão
Pintei meu coração
Entreguei amor e sonho
Sem saber
Que o palhaço pinta o rosto
Pra viver
E vejam só e há quem diga
Que o palhaço é
No grande circo apenas o ladrão
Do coração de uma mulher.
Para ouvir Sonhos de um Palhaço, com Antônio Marcos, é só clicar aqui, no meu taciturno MARRETÃO.
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