quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Escória? Nós Quem, Cara-Pálida?

Citando : "resposta grande vira post".
Pois é...  chamar as pessoas concentradas em frente aos quartéis de todo o país de "escória" - idosos e aposentados, em sua maioria - não é só por demais pesado e inadequado, mas também injusto, canalha e leviano, uma vez que sem conhecimento de causa, de vivência, coisa de quem mal põe o pé à rua e só processa suas opiniões a partir do que recebe de (des)informações das grandes mídias.
Uma das minhas possíveis rotas de volta para casa passa bem ao lado de uma Circunscrição do Serviço Militar, onde a tal "escória" está a se manifestar desde a segunda-feira pós-apocalipse petista. Essas pessoas, desde o princípio, nunca causaram nenhum tipo de transtorno ou de perturbação a alguém ou à ordem pública. Nem mesmo chegaram a obstruir o trânsito pela quadra onde estão acampados.
Nunca ofenderam nem agrediram ninguém que por ali tenha transitado. Pelo contrário, em algumas ocasiões, eu de passagem, presenciei idiotas passando de carro e os xingando dos termos mais pejorativos; não tanto como "escória", mas pejorativos.
O máximo de barulho que já os vi fazer foi a cantarem o Hino Nacional em uníssono, ou a rezarem para Deus. Aliás, para o mesmo Deus em que você acredita.
Escória, escória de fato, a rigor do termo e da mais baixa estirpe, é a máfia petista que você ajudou a recolocar no poder. Lula nem sentou seu rabo seboso na cadeira da presidência e já mudou uma caralhada de leis para alocar seus capangas nas estatais, para retomar a posse da chave da caverna do Ali Babá.
Isso é escória! E não o sujeito que trabalhou a vida toda, bem criou os filhos, netos etc e que, agora, se sente enganado, sabotado, lesado.
E falando em escória, um outro belo espécime da categoria é esse Papa, a quem você chama de gentleman. Enquanto cardeal, manteve um acordo de "convivência" com os generais da ditadura argentina. Ele e todos os seus subalternos não diriam nada contra a ditadura e, em troca, nenhum militar punha a mão em algum padreco sob a sua proteção. Porém, dois padres um pouco mais decentes, fiéis ao ofício ao qual prestaram juramento, que punham a mão na massa, que realizavam importantes obras sociais em regiões carentes de Buenos Aires, não aceitaram o "cala boca" do cardeal Bergoglio. Tomado pelo pecado da soberba e do orgulho, Bergoglio "desordenou" ou excomungou, sei lá, os dois padres, retirando-lhes a proteção contra o regime argentino. Foram duramente torturados, um veio a morrer das sevícias. Tudo com a benção do atual Francisco I.
Sem dúvida, um verdadeiro homem de Deus, desse Deus atual, que, convenhamos, também não é sujeitinho dos melhores caráteres nem dos mais confiáveis, um deusinho dos mais rastaqueras.
Quando disse que Ele estava a testar um novo "castigator", lembrei-me dos produtos da Organização Tabajara, dos saudosos Casseta e Planeta. E é bem isso que esse deusinho é : um deusinho Tabajara.

4 comentários:

  1. Por favor, não se magoe com minhas palavras. Eu só fico pensando que essas pessoas ficam ali, faça frio, faça sol, a troco de quê? A questão é: o que elas acham que acontecerá? Porque, para protestar daquela maneira, você deixar sua vida para ficar ali algumas horas, deve existir um objetivo. Qual é o objetivo? Estou falando de ação, de providência, de algo que saia apenas do verbo inconformado e se reflita numa atitude física real.
    Não acontecerá nada. Essa é a questão. E por serem pessoas, muitas que não contam mais com uma certa jovialidade, a gente se compadece e tem até medo de elas virem a passar mal e precisarem ser medicadas ou até de um atendimento, porque existe o desgaste e o desgosto, ambos que estão presentes de mãos dadas nas horas em que ficam ali.
    Essas pessoas precisam ir embora, viver suas vidas. O que elas acham que acontecerá permanecendo ali? Só mostra como são vazias essas vidas. Elas não têm com quem se preocupar? Elas não têm afazeres? Ultimamente venho pensando cinco vezes antes de comprar brigas ou atitudes por aí, porque tenho um companheiro e uma mãe, ambos idosos, que contam comigo. Esse pessoal, tem o quê? Que amor é esse por ladrões políticos, que faz com que abandonem tudo de válido que eles têm? Por que nunca se dedicaram a isso em casos de crimes de extrema violência como houve no caso da Nicole presa pelo cinto de segurança e arrastada quilômetros, ou do menino Joaquim, morto pelo padrasto?
    E já que você defende com essas veemência e vê maldade nas nossas colocações e questionamentos, convido o senhor a se integrar a eles. Largue Cleonice, largue a esposa, largue as plantas, o filho, integre-se ao movimento, pois a causa é mais do que justa, não é? Por que o nobre colega não faz o mesmo e fica lá com eles? Você acha que ficar ali é super de boa? Não. Não é. Cada vez que fico sabendo que essas pessoas ainda estão ali, mais raiva do bolsonarismo eu tenho, pois é radicalismo, isso é fanatismo, e o pior, isso não trará resultado algum. Essas pessoas precisam ser estimuladas a seguirem suas vidase não a permanecerm wlu, fazendo um movimento cuja chama já se apagou, meu caro. Já estamos em outra vaibe. O que elas estão pensando que vai acontecer ao permanecerem ali? Parecem aqueles morros que não sabem que morreram, então a alma ainda fica ali, achando que está viva, não vendo, não percebendo que a realidade é outra.
    Por favor, não se junte a eles. Não largue as coisas importantes em sua vida para ficar perdendo tempo em uma ação morta.
    Desculpe alguma coisa.

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    1. Nada irá mudar pelo fato delas ficarem ali, nada irá acontecer. Até porque o pior que podia nos acontecer já se deu. O que leva essas pessoas a ficarem ali, o que leva as pessoas a fazerem o que fazem? Essa é a pergunta de um milhão de dólares, meu amigo, válida para um Nobel.
      Mas acho que o leva os bolsonaristas a permanecerem infrutiferamente ali reunidos talvez seja a mesma motivação que leva as pessoas a frequentarem uma igreja e rezar para um deus que nem existe, a irem a estádios de futebol e torcerem insanamente por seus times etc. Rezar não irá acarretar nenhuma mudança ou melhoria prática na vida de ninguém, nem torcer feito um idiota ensandecido fará o Neymar ser um grande jogador ou a seleção brasileira ganhar o hexa. E mesmo que resolvesse, mesmo que a seleção se sagrasse campeã graças à torcida da galera, o que isso mudaria na vida dos torcedores? Porra nenhuma, né? Ou a CBF iria dividir os 42 milhões de dólares entre os torcedores?
      Acho que estão ali pela necessidade do pertencimento a algum grei, pelo espírito do rebanho, mesmo. Um local em que se sintam de alguma forma protegidos de suas angústias e fragilidades.
      Passo por ali quase que todos os dias, e o local acabou virando mais um ponto de encontro dos idosos e aposentados, que perfazem a grossa maioria dos manifestantes. Um local para baterem um papo, como se estivessem na praça a jogar dominó e milho aos pombos, num bingo ou num bailão da terceira idade.
      Duvido também que algum desses senhores e senhoras estejam a abandonar e negligenciar seus familiares, que já devem estar todos adultos e criados, duvido que estejam abandonando suas vidas, só arrumaram uma nova forma de distração, de passarem o seu tempo.
      Eu, me juntar a eles? Fique tranquilo, eu nunca corri esse risco. Sou, desde sempre, o oposto do gregário. Nunca gostei de fazer parte de nenhuma turma ou grupo. Nem trabalho em grupo na escola, eu gostava de fazer.
      Eu, abandonar minha esposa, filho e gatas? Jamais, meu amigo, jamais. Nem pelos peitos e pelo cuzinho loiro da Scarlett Johansson.
      Abração!
      E se expresse sempre que quiser por aqui.

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  2. Só acho uma grande perda de tempo pelo fato óbvio de que um dia essas pessoas ficam doentes e quem vai cuidar delas é um profissional petista.
    É uma estupidez querer as coisas num radicalismo desse, quanto nem os atores envolvidos estão se engajando mais.
    Essas pessoas são as mesmas que adorariam rachar o país entre bolonaristas e não-bolsonaristas, achando que os não-bolsonaristas iriam se ferrar porque o governo de Bolsonaro contemplaria apenas os seus e os deixaria a Deus dará. O que muitas dessas pessoas não param para pensar é que elas podem necessitar de um não-boldonarista, elas podem estar do lado ruim do muro, e aí, farão o quê?
    Tivemos a divisão da Alemanha no passado, temos a da Coreia. Isso ajudou no quê? Mas essas pessoas amariam fazer essa divisão no Brasil. E quem disse que elas é que estariam do melhor lado?
    Essas coisas são preocupantes. Eu não culpo Bolsonaro. O bolsonarismo está além dele, mas criou força porque o usam e acreditam nele, mesmo ele tendo feito tudo sob a tal cartilha da Constituição, essas pessoas acreditam que ele vai meter o louco e se transformar num tirano, e é
    isso que elas querem. Elas querem um líder para apoiarem o fascismo que existe dentro delas. Se surgir uma autoridade louca que esteja disposta a tal, esse povo esquecerá Bolsonaro rapidinho, porque nunca vem sendo por ele o motivo de elas estarem ali, mas para resgatar os tais principios da ordem plena, da moral e bons costumes que se perderam. Isso é tão preocupante quanto as questões existenciais da tal diversidade que acha normal que em Brasília um homem com a cara cheia de barba, fala grosso, costa larga, queira entrar em um banheiro feminino porque se diz transsexual. E daí começa a agredir fazendo um escândalo contra quem lhe questiona. É tão preocupante quanto o negativismo de se aperfeiçoar a inteligência artificial porque isso tiraria o emprego de muita gente. Há um barulho dobre isso porque há inteligência artificial que desenga quadrinhos e escreve livros, então já começou a onda de protestos contra, pois os desenhistas e escritores viveriam de quê?
    Todo mundo quer chegar ao ano 3000 e viver como Jetsons, mas acham uma abominação, por exemplo, gerar pessoas sem ato sexual. Mas, querendo ou não, negando o futuro ou não, isso acontecerá.
    Ninguém está enxergando os perigos de simplesmente não pararem par analisar essas coisas. Ninguém quer esquentar a cachola com nada. E depois, quando apertam o cinto, acabam decidindo qualquer bosta....

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    1. Não sei se entendi muito bem todas as associações e correlações feitas por você nesse comentário.
      Mas vou te dizer uma coisa : embora eu nem sempre use esse aprendizado na prática (eu deveria, eu sei), se tem uma coisa que aprendi em mais de 20 anos num setor do serviço público propositalmente falido, contra o que não há o que fazer, é que : Vivamos e deixemos viver.

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