quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Quem Não Tem Capitão América, Caça Com o Superbigote

Nicolás Maduro, atual e vitalício presidente da Venezuela, é um legítimo democrata, um benemérito, um filantropo de seu povo. E amicíssimo de Lula, que muito o admira como governante, que se espelha na pessoa de Maduro e quer ser como ele quando crescer.
Pudera, Maduro elevou a nação sul-americana a patamares de desenvolvimento nunca antes vistos ou mesmo sonhados, de causar inveja e cobiça aos países vizinhos e até à União Europeia. Nunca a inflação esteve tão baixa na Venezuela, deflação, até; inflação do Japão, do tamanho de pinto de japonês.
Nunca a Fome passou tanta fome na Venezuela, uma verdadeira cornucópia do Mercosul, nunca a Miséria viveu em tamanha pindaíba quanto hoje na Venezuela, há mais famintos e miseráveis na Finlândia que na Venezuela de Maduro.
Nunca o IDH, o Índice de Desenvolvimento Hugochavista, alçou tal voo quanto na Venezuela de Maduro, indo mesmo, audaciosamente, aonde nenhum país sul-americano jamais esteve. Nunca houve na Venezuela - quiçá no mundo - tamanha liberdade de expressão e de imprensa. Quarenta e tantas rádios fechadas numa única semana? Fake news. Tudo fake news. Um complô dos ianques para desacreditar o exitoso modelo venezuelano.
Tamanhos são os níveis de conforto, segurança e democracia no país de Maduro que o venezuelano, como qualquer outro ser humano, muitas vezes sente falta de alguma dificuldade em sua vida, de superar um desafio, um obstáculo, de alguma privação que o faça se reinventar, de evoluir como pessoa.
Tamanho é o tédio da boa vida proporcionada por Maduro aos seus concidadãos que eles fogem em massa para o Brasil. Não se sentem bem em viver numa redoma de luxo, os venezuelanos; não enquanto os seus vizinhos de fronteira sofrem as maiores escassezes e exiguidades sob o jugo de um fascista, de um genocida.
Fogem para o Brasil, os venezuelanos. Vêm se solidarizar e trazer sua empatia para os que têm menos. Nos países nórdicos - dizem - , já nascer com a vida ganha, não ter que jamais se preocupar se os filhos terão boas escolas, boa saúde e segurança, não ter que ralar pela sobrevivência, leva a altas taxas de suicídio. Nascer com o burro já na sombra traz um tal marasmo para o cotidiano deles que eles não veem outra saída, que não o suicídio.
Os venezuelanos, talvez por sua formação cristã católica, que vê o suicídio como um pecado mortal, não chegam ao extremo do autoextermínio, optam por uma penitência menor. As suas nababescas condições de vida os levam a migrar para o Brasil, em autoexílio, em autoflagelo para expiarem a culpa na alma que carregam por serem tão privilegiados, a culpa de terem tanto sem ter feito nenhum esforço, enquanto outros não têm nada.
Tão bom e atencioso é Maduro para com seu povo, que ele não se preocupa apenas em manter a qualidade Fifa de todos os serviços públicos venezuelanos. Maduro se preocupa até com as pequenas coisas da vida, ocupa-se em agrados ao seu povo, em mimos. Não que os pais venezuelanos não tenham condições de presentear seus rebentos no Natal, é obvio que têm, mas Maduro, ainda assim, os livra desse gasto supérfluo. Maduro mesmo presenteia milhões e milhões de sortudas crianças venezuelanas em todos os Natais. 
Maduro adora as crianças. Se as atribulações inerentes ao seu posto de presidente da república não lhe tomassem tanto tempo e empenho no sentido de manter o suíço padrão de vida de seu povo, Maduro diria : deixai vir a mim as criancinhas. Mas como as criancinhas não podem ir a Maduro, Maduro vai às criancinhas.
Neste Natal, além dos tradicionais carrinhos de brinquedo, bolas e ursinhos de pelúcia, a sortuda gurizada venezuelana recebeu um boneco, uma figura de ação do maior super-herói da Venezuela, um Capitão América lá deles, o Superbigote, y su mano de hierro.


Valham-me São Tom Selleck e São Belchior!!! E a meninada recebeu o Superbigote e também a sua fiel escudeira e companheira de causas e lutas Cilita, inspirado em Cilia Flores, primeira-dama venezuelana.
O Superbigote vem com um capacete e com óculos de proteção, acessórios que remontam a origem operária de Maduro. E uma de suas mãos é de ferro, para ilustrar a sua conhecida forma de governar. 
Para nós, pode parecer novidade, para mim, pelo menos, foi. Mas o Superbigote é popularíssimo na Venezuela, um desenho animado a contar suas aventuras é exibido há tempos na TV Estatal. Como todo super-herói que se preza, o Superbigote tem o seu arquirrival, o seu Lex Luthor, o seu Caveira Vermelha. É Donald Trump, ex-presidente dos EUA, que envia dinheiro e armas para os aliados com o objetivo de derrubar o grande império venezuelano.


A ideia do Superbigote, é claro, lançou sementes aqui em solo brasileiro, terra em que se plantando tudo quanto é merda dá. Como em tudo Lula deseja mimetizar Maduro, parece que o Seboso de Caetés já pôs os seus assessores à rua, à procura de uma empresa de brinquedos que queira confeccionar a sua figura de ação, o Superpixuleco. Tudo sem licitação, tudo superfaturado, claro.
Algumas ideias já surgiram para o boneco. Ele viria, por exemplo, com duas opções de traje : para o dia a dia, um macacão azul marinho de operário; para as ocasiões mais formais, um terno de cerimônia listrado horizontalmente de preto e branco. O Superpixuleco também acompanhará um torno mecânico com um dedo mindinho preso às sua engrenagens e o carro oficial da presidência, uma viatura blindada da PF.
A primeira-dama Janja, é claro, também terá a sua  boneca. Inflável.
Pãããããããta que o pariu!!!!!

9 comentários:

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  2. Carajo! Eu odeio o Nicolás. E acho que um dos acessórios do boneco deveria ser um colete a prova de balas. Pããããtaquipareu!!!!!!!!!!

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  3. Poh, só queria um desse de bigode pra mim. Tenho tara em bigode, barba, e cavanhaque... Um boneco desse seria ótimo.

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  4. Mas o Lula é horroroso! Não emplacaria não. O Maduro era muito atraente. Não sei hoje... mas a imaginação trabalhava quando ele aparecia na TV. rsrs....

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    1. Como dizia a Dona Bela, da Escolinha do Professor Raimundo, "você só pensa naquilo..."
      Mas, de fato, suponho que o Maduro, quando jovem, fosse um sujeito bem-apessoado, tipo um latin lover, um daqueles galãs de novela mexicana. Já o Lula sempre esteve mais para figurante de filme do Zé do Caixão.

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    2. Bem isso. Mas ambos são bem perigosos. Nesse quesito de aparência é marketing, quem compete com Maduro é o Boulos

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    3. Rapaz, também não vou com as fuças de Boulos. Se Lula é o Sapo Barbudo, Boulos é o girino barbudo, um aprendiz de mafioso. Perigosos? Se até nós, eu e você, meros mortais, sem poder nenhum podemos ser perigosos se quisermos, ou mesmo nos descuidarmos, imagine só esses caras.

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    4. Para nós, reles mortais, o poder deles, Lula e Boulos, é quase como o de um chefe de máfia, talvez, porque eles possuem boa segurança privada, mas eles também possuem o aval informal, pela boca e pelo apreço de peito, de uma população a qual prefiro nem mencionar aqui, mas você deve deduzir muito bem qual. E é aí que mora o perigo.
      Você é hetero, nunca vai entender a atração de homens barbudos ou bigodudos como Boulos e Maduro. E eles sabem disso, são sem-vergonhoes. Só fico imaginando se cumprem o marketing com suas esposas ou se elas descobrem que tudo ficou só no marketing kkkkk
      Fiquei com dó de Bolsonaro na Live hoje. Ninguém jamais o compreenderá. Ele foi um ótimo presidente. Pecou pela falta de noção, de consideração e de escrúpulos em plena pandemia, achando mais importante se mostrar como um motoqueiro desafiador com coração de pedra. Aliás, se ele não tivesse aberto aquela boca horrorosa de tartaruga centenária, com certeza, teria sido reeleito, pois decepcionaria menos eleitores que se focariam no que ele fez, em vez de seus confrontos.
      Muitos votaram no Lula por culpa dele mesmo. Isso sim, é muito triste.

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    5. Concordo com você. Na área econômica, ele e o Guedes, deram conta direitinho do recado. Países com economias muito mais fortes que a nossa, lastreadas no dólar e no euro, levaram um baque tão grande ou maior que a gente durante a pandemia.
      Sim, se ele ao menos tivesse demonstrado algum tipo de empatia, de solidariedade (ainda que ensaiadas, ainda que falsas) durante a crise do vírus chinês, ao invés de falas que beiravam o deboche, poderia ter ser reeleito, sim.

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