E hoje,
Ao invés
Do meu chá de melissa,
Usual,
Tomo chávena de Psilocybe,
Deixo na gaveta o pijama
Vou pro capão da mata
Um stonehenge no taquaral
Uma saturnália
Um sarau no bambual.
Eu e todos os Sacis,
O Pererê, o Trique, o Matiaperê, o Mofera.
O fogo da fogueira a sapecar nossos rostos
E a tomarmos fermentado de tari, de cauim,
Assando coquinhos, tanajuras e mandruvás
Pra tira-gostos,
Nos cachimbinhos, fuminho do bom,
Surrupiado da tapera do tio Barnabé :
Uma festa surpresa pra ti.
Chegaram o Caipora e o Curupira,
E não sabiam de ti.
Chegaram a Iara e o Boitatá,
E não sabiam de ti.
Chegaram a Cuca e o Negrinho do Pastoreio,
E nada sabiam de ti.
A mula-sem-cabeça
O Pai do Mato
A Comadre Fulozinha
O Mapinguari
O Corpo-seco
O Quibumgo,
O Tutu Marambá
E nada sabiam de ti
Perguntavam,
Quando perguntados de ti :
Que figura folclórica é esta?
E o sol chegou antes de tu chegares.
Fica para outra vez,
Para outro Dia dos Mortos,
Para outro Dia do Saci.
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