Folha de São Paulo - 02/08/2018
Portal Uol - 22/08/2019
Portal G1 - 05/09/2023
Algum
professor, em sã consciência (o que hoje é difícil, como mostra a
manchete do G1 de 05/09/23), com o mínimo domínio de suas faculdades
mentais (idem), é capaz de comemorar o 15 de Outubro, o Dia do
Professor? Só se for um asno de teta! Se bem que asnos de tetas há aos
magotes no magistério público, uma vez que composto de maioria
lulopetista.
Feliz Dia do Professor é o caralho! Vão parabenizar às putas que os malpariram!
Há
- e pudera - uma crescente falta de professores para preencher as
turmas no Estado de São Paulo, e acredito que a situação no resto do
país não seja diferente - pudera, também.
E
os "professores" novos são, em sua grossa maioria, pessoas saídas do
ensino médio há 5, 6, 10 anos, todas já semiletradas, analfabetas
funcionais que fizeram algum curso de licenciatura. E sabem por quê?
Primeiro
: porque os cursos de licenciatura, pela baixa procura - e pudera -,
são os cursos "superiores" mais baratos do país. Além disso :
aproximadamente 70% das faculdades de licenciatura do país são a
distância, o abjeto EAD. Um jegue paga muito mal uns 200 contos por mês
de mensalidade numa arapuca dessa, arapuca com a chancela do nosso
valoroso MEC.
Depois
: o sujeito sai com emprego garantido, quase que um subemprego, mas
garantido, o que já é muito para um semianalfabeto. Basta ele bater à
porta de qualquer escola pública do estado de São Paulo com o seu
diplominha embaixo do braço para estar, automaticamente, empregado. Sem
entrevista, sem concurso, sem nenhum tipo de triagem.
Claro
que um sujeito desse jamais irá passar num concurso, nunca será um
professor efetivo, mas todos os anos, acreditem, sobrarão para ele aulas
em "caráter emergencial" e muitos chegarão a se aposentar como
"professores emergenciais", sem nunca terem sido aprovados em um
concurso.
Este
triste e irreversível quadro da Educação brasileira acabou por me
lembrar de uma piada, das décadas de 1970, 1980, da época do Mobral.
Para os mais novos, o Mobral, o Movimento Brasileiro de Alfabetização,
programa destinado à alfabetização de adultos, a ensinar burro velho a
ler e escrever, foi instituído em março de 1968 pelo governo Costa e
Silva e se estendeu até 1985, quando extinto pelo governo Sarney.
Como
tudo no Brasil vira piada, os frequentadores do Mobral eram motivo de
chacota e pilhéria. A palavra Mobral tornou-se até um adjetivo, aplicado
a pessoas consideradas burras. Era comum ouvirmos dizer, o fulano de
tal é mobral.
Pois essa piada, esse chiste, conta-nos o seguinte :
"O
cacique Mário Juruna, o primeiro deputado federal indígena eleito no
país, preocupado com a formação escolar de sua tribo, fez uma pesquisa
entre os seus, perguntou a cada silvícola qual a faculdade que ele
gostaria de cursar. E a resposta da tribo foi unânime : todos queriam
fazer Pedagogia.
O
cacique emocionou-se. Na certa, disse ele aos seus irmãos, vocês estão
preocupados com a educação de nossos curumins, certo? Não, respondeu o
chefe da tribo, é que o Mobral é muito difícil, né?"
Na
piada original, o curso preferido pela tribo era o de Direito, cujas
instituições já começavam a ser popularizadas e, logo, sucateadas na
época. Tomei a liberdade de adaptá-la aos nossos dias atuais.
Dia do Professor? Pátria Educadora?
Ora, vão todos às putas que os malpariram!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário