Recentemente,
falei aqui do atual imbróglio envolvendo o Papa Francisco I e a turma
da batina do arco-íris, duas vezes. Então, Jotabê, o ermitão do Blogson
Crusoe, mandou-me um link pra outra notícia sobre frociaggine
dentro das religiões. Pois escrevi também sobre ela, sobre o caso do
pastor evangélico que bebia a porra de seus fiéis para se curar da
gastrite e de feridas estomacais. Em comentário a esta última, Jotabê,
que parece estar a pesquisar bastante o assunto, remeteu-me outra, a de
um estudante de biomedicina que está a requerer união estável e, lógico,
pensão alimentícia de um padre católico com quem vivera maritalmente
por anos. Disse, Jotabê : - mais munição para o seu sarcasmo.
Apesar
de muitos me considerarem um desbocado, um despudorado, um boca-suja,
um verdadeiro pornógrafo, minhas devassidões um tanto se apequenam
frente a tanta frociaggine clerical. E meu sarcasmo também tem limites. Respondi : -
Rapaz, meu estoque de sarcasmo é pequeno demais para tanta putaria
clerical. Tô precisando é voltar a falar mal do seu presidente. Mas o
ditador fala tanta merda, faz tanta cagada, que tá difícil escolher uma
para marretar.
E,
deveras, a dificuldade em escolher uma ou duas entre tantas aberrações e
barbaridades que saem da boca e, principalmente, da caneta presidencial
do descondenado continua, companheiros. Que nação, em sã consciência e
com real anseio de prosperidade, colocaria uma Mont Blanc presidencial na mão de um semianalfabeto?
Embora
há tempos não as comente, continuo, amiúde, a lê-las e, dia desses, em
uma delas, li um comentário de um leitor que muito me chamou a atenção.
Não saberei reproduzi-lo ipsis litteris. Mais ou menos, dizia que
Lula pode fazer e falar o que quiser, que palavras e atos que seriam
considerados gravíssimos se perpetrados por outros, no caso de Lula são
minimizados, abafados, varridos para debaixo do tapete (persa, no caso
dele e da Canja) pela mídia e pelos que nele votaram e que passam a mão
na cabeça do maior saqueador de cofres públicos do planeta, como uma mãe
faz com um filho que saia torto de caráter e índole.
Pensei
sobre e concordo com o leitor. Lula não é o Pai dos Pobres (leia-se
indolentes), muito menos da cultura, das artes e da educação, como
querem os artistas globais e os professores de universidades públicas,
muito dos bem remunerados e com empregos estáveis, condições que deixam
muito fácil qualquer um se tornar "socialista".
Antes
pelo contrário : Lula é o filho dessa escumalha toda. Lula é a
criatura, não o criador. Lula é a cria malparida de todos os encostados e
pretensos artistas e intelectuais deste Brasil, que nunca foi varonil.
Porém, é o filho bandido que virou arrimo de família, que provê o sustento da casa.
Feito o guri da belíssima canção do Chico, O Meu Guri. Quem não conhece, corra atrás de ouvir.
A
letra diz de uma mãe, provavelmente analfabeta, moradora de um morro
carioca, que tem um filho na vida do crime. E acho até que ela sabe
disso, mas teima em se convencer de que o filho é um trabalhador
honesto, faz vistas grossas às trambicagens de seu rebento.
Pudera. Com "tanta corrente de ouro, seu moço, que haja pescoço pra enfiar", com tanta "bolsa já com tudo dentro, chave, caderneta, terço e patuá, um lenço e uma penca de documentos, pra finalmente eu me identificar", com que o guri lhe presenteia, o que custa virar as vistas para o outro lado?
E
quando, enfim, ele é enquadrado e justiçado, ou pela polícia ou por um
rival, ela ainda se mantém convicta da santidade do filho : "eu não entendo essa gente, seu moço, fazendo alvoroço demais".
Muitas
vezes, ao longo da letra, e talvez tenha sido essa a intenção do Chico,
a falta de percepção da mãe em relação à verdadeira natureza do
trabalho de seu filho pode parecer ingenuidade. Para mim, é cômoda
conivência. O guri sustenta a casa.
Como
professor, conheci alguns casos assim, de "estudantes" que traficavam
drogas dentro da escola. Mesmo chamada pela Direção da escola e colocada
à luz dos fatos, à luz das provas, a mãe jurava de pés juntos que o
filho não traficava. Caso a Direção, fazendo valer os pouquíssimos
recursos legais e autoridade que ainda lhe cabem, ameaçasse transferir o
vagabundo para outra escola, não raro, as mães se arvoravam em
conhecimento jurídico. Imediatamente, procuravam o Conselho Tutelar,
promotores da infância e da juventude e o escambau, tudo para manter o
filho ali. Ali, era o empreendimento dele. Ali, estava a sua freguesia.
Ele é quem punha o dinheiro dentro de casa.
E, no mais das vezes, o promotor, é claro, dava parecer favorável ao pobre adolescente oprimido.
Esse
é o Lula. O filho bandido de boa parte da nação. Todos sabem de sua
verdadeira índole. Todas as suas falcatruas e crimes foram expostos pela
Justiça. Porém, desde que ele continue a sustentar (leia-se nós, nossos
impostos) toda essa bezerrada não desmamada, desde que ele continue a
dar a bolsa-família para o desdentado, os recursos da Lei Rouanet para
os "artistas" e polpudíssimas verbas publicitárias governamentais para a
"imprensa", tudo continuará nos conformes. Lula seguirá a ser o filho
que todos eles sempre desejaram. Continuarão a pôr panos quentes em
todas as atrocidades cometidas por ele.
E
você, que votou em Lula e não recebe nenhuma vantagem ou favorecimento
escuso por isso, que não tem bolsa-família, que não capta recursos da
Rouanet, que não ganha ministérios para a irmã ou altos cargos em
tribunais para a esposa (já que eu falei do Chico), que não recebe
verbas publicitárias?
Vai
seguir a dizer que Lula é um democrata, um conciliador, um moderado?
Que, de fato, um III Reich dele era o melhor para o país?
Bom,
no seu caso, não farei como a mãe que passa a mão na cabeça do filho.
No seu caso, não há outra explicação : você é um jegue, mesmo.
Abaixo, um apanhado, uma compilação, um pouti-porri
de declarações de Lula ao longo dos tempos. Verdadeiras pérolas do
politicamente correto. Imagine outro, Bolsonaro, por exemplo, a
dizê-las. A dizer uma única delas!
Nenhum comentário:
Postar um comentário