Edir
Macedo, Silas Malafaia, Valdemiro Santiago e assemelhados, pastores
que, uma vez que bem assimilaram o abecê da Igreja Católica sobre a
venda de indulgências e o comércio de relíquias sagradas, tanto inovaram
e revolucionaram a arte de bem tosquiar suas ovelhinhas, estão
superados, ultrapassados, parados no tempo. Correndo rapidamente de
encontro à obsolência, a um triz de se tornarem anacronismos.
Caneta
ungida (para passar em concurso público), martelo ungido (para quebrar
as pedras do caminho), colher de pedreiro e tijolo abençoados (para
reconstruir a vida), fronhas ungidas, toalhas com sudorese benta, água
santa do Rio Jordão, óleo santo, spray mata-capeta etc etc etc são
coisas do passado. Sem nenhuma eficiência comprovada. Puro
charlatanismo!
A atual panaceia cristã, a cura para todos os males, é a porra ungida, o leitinho bento.
O pastor Sinval Ferreira, 41 anos, sacerdote no Distrito Federal, shepherd influencer com mais de 30 mil seguidores no Instagram, está sendo acusado criminalmente não só de tosquiar suas ovelhas, mas também de ordenhá-las. Aliás, suas ovelhas, não. Apenas seus carneiros. Os varões, varinhas e varetas de seu rebanho.
A ordenha do sêmen consagrado de seus fiéis, da qual está a ser acusado, acontecia em licenciosas Sessões de Avivamento (da rola) organizadas pelo pastor, em fesceninas Sessões de Descarrego (das bolas). Cultos dionisíacos que estão a ser chamados pela maledicente imprensa de "unções da sacanagem". Acontece que os fiés eleitos pelo pastor, segundo depoimentos dos próprios, não participavam da unção da sacanagem por livre e espontânea vontade. Sim, dissuadidos, coagidos e extorquidos pelo poder de convencimento e persuasão de Sinval.
Uma
operação policial de proporções bíblicas foi montada para investigar o
caso, a Operação Jeremias 23, nome alusivo ao versículo que alerta
contra falsos profetas. De acordo com as apurações da polícia, Sinval
era tido como uma espécie de profeta por sua comunidade, um homem de
deus com o dom da revelação, de ter visões e premonições que se
concretizavam.
Aproveitando-se
da boa-fé de que era depositário, o pastor chegou em um fiel e o
alertou para uma visão que tivera com a esposa dele, que ela estaria
amaldiçoada e morreria em breve. Em seguida, tranquilizou o homem, disse
que, na mesma visão, Deus lhe aparecera e o instruíra em como livrar a
esposa do fiel da morte.
Para
quebrar a maldição, o marido teria de dar a sua cota de sacrifício,
teria de se submeter ao ritual das "sete unções", unções aplicadas nas
partes íntimas do fiel. Segundo o depoimento do marido, ele, com medo do
poder profético do pastor, cedeu às investidas e deixou o pastor
ungi-lo e besuntá-lo.
As
sete unções seguiam toda uma liturgia : a primeira era de sexo oral, a
segunda, de anal, e, as subsequentes, intercalavam as duas práticas. Nas
sessões de chupeta, o pastor engolia o sêmen do fiel; nas de queimação
de rosca, o fiel penetrava o pastor.
As
unções, normalmente, ocorriam na casa do fiel às quartas-feiras e aos
domingos, dias de culto na igreja. Ou seja, a esposa estava lá, no
cul'torando, e marido, torando o cu do pastor.
Com pequenas variações, esse era o modus operandi
do pastor, obter favores sexuais de uns e financeiros de outros fazendo
ameaças proféticas da morte de algum parente próximo da vítima.
Um
dos fiéis relatou que o pastor rezava enquanto o masturbava e mamava. O
pastor tá certo, vê-se mesmo que é um homem de Deus, estava a agradecer
pela refeição de que iria se fartar.
Ouvido
pela Operação Jeremias 23, o pastor confirmou a declaração da vítima e
acrescentou que havia sido curado de gastrite e feridas estomacais
depois que engoliu a porra do fiel.
E a sinusite, a conjuntivite? E as hemorroidas? Também foram curadas?
Lembrei
de um caso real, verídico, de uns trinta anos atrás. Para efeito de
anonimato, chamarei o protagonista dessa história de João, que era um
amigo de um grande amigo meu. Na época, João e meu amigo treinavam judô
numa academia no bairro; estávamos todos na faixa dos vinte e poucos
anos. Mas os treinos de João iam muito além dos ensinamentos de Jigoro
Kano. João passava a vara no seu sensei; volta e meia, rolava o maior
rala e rola no tatame. João derrubava o mestre no tatame e lhe aplicava
um wazari, um ippon. O sensei, todo ogro, casado e tal, metido a machão,
falava pro João que ele muito lhe ajudava com sua constipação
intestinal, de que padecia desde criança. Pããããta que o pariu! Bem que
dizem que remédio pra cu é rola.
Voltando à vaca fria, ao pastor Sinval.
Se
houve denúncias, acusações, tudo tem de ser apurado, investigado etc,
mas quando a pendenga envolve relações passionais humanas, eu fico
sempre com os dois pés atrás - relações entre adultos, que fique bem
claro. Tenho cá pra mim que ninguém é 100% Lobo Mau nem 100%
Chapeuzinho Vermelho. Parto do pressuposto de que se o litígio envolve
furunfa, sempre tem caroço nesse angu. E esse angu do pastor Sinval me
parece dos mais empelotados.
Não digo que ele não tenha praticado os atos de que lhe acusam, mas será que ele teve que pressionar e coagir tanto assim?
Os
mamados fiéis são todos homens adultos, em idade viril (ou não
interessariam ao pastor), com plenas condições físicas de, caso de fato
quisessem, reagirem contra e rechaçarem os assédios do pastor. Ou, vai
lá que o cara não quisesse meter a mão nas fuças de um homem de deus,
por que não foi a uma delegacia e denunciou a tentativa de abuso, ao
invés de denunciar o abuso já consumado, depois de ter se refestelado na
boca e no toba do pastor? E por sete vezes!
Não
desprezo de todo o poder de um carisma, de um magnetismo pessoal sobre
cabeças fracas e influenciáveis. Mas sobre a cabeça do pau? Paus das
antigas, meus caros, só sofre influência é de um bucetão. E como alguém
pode forçar outro a ficar de pau duro para lhe comer? Como um pau
levanta frente a um cuzão cabeludo se não sentir tesão no produto? Nem
pela força do Espírito Santo, meus amigos.
O
que me parece é que o pastor juntou a fome (de rola, dele) com a
vontade de comer (um toba, dos fiéis). Casados com crentes que são,
geralmente mulheres reprimidas sexualmente pela religião, vai se saber
há quanto tempo esses homens não recebiam um bom boquete em casa, há
quanto tempo não mais sabiam o que era ter um cuzinho a lhes morder o
pau?
Tenho
uma hipótese para esses abusos entre homens adultos, sobretudo quando
envolvem sacerdotes. Esse pastores neopentecostais são, em sua grande
maioria, sujeitos chucros, incultos do ponto de vista acadêmico e
teológico, semianalfabetos em muitos casos. Porém, eles tem o instinto
do predador. Predadores de almas e, nesse caso, de rolas. Como todo bom
predador, ele detecta previamente os mais vulneráveis do rebanho, os
mais suscetíveis ao seu ataque. Nenhum leão investe sobre a zebra mais
vigorosa do bando, analisa antes o bando e vai na mais fraca, na mais
doente.
Não
foi à toa que ele assediou especificamente esses homens, e nem o fez do
dia pra noite, de repente. Provavelmente, ele os sondou com conversas,
com brincadeirinhas, jogou uns verdes pra colher maduros, observou seus
modos, seus jeitinhos. Viu que o cara só precisava de um empurrãozinho,
de uma justificativa, de um álibi para cometer o crime sem maiores
remorsos e crises de consciência. E o pastor forneceu esse
empurrãozinho, esse álibi para os seu fiéis, na forma das fatídicas
profecias.
Minha
mulher vai morrer se eu não te comer? Então, tá, vai, eu como. A minha
prima de quarto grau? Tá bom, tá bom, eu como de novo.
Se um pastor chega pra mim e fala : - sua tia Assunta vai morrer... mas se você deixar eu ungir sete vezes o seu pau, a velha se salva. - Olha, pastor - diria eu -, a
tia já tá velhinha mesmo, já fez tudo o que tinha que fazer na vida,
chegou mesmo a hora dela, e Deus sabe o que faz, né, pastor?
Desde
o dia 22 de maio, o pastor está preso preventivamente, até que se
encerrem as investigações. Detido no Complexo Penitenciária da Papuda,
onde, tenho certeza, vai converter muita gente, vai levar muita gente
para o seu rebanho. Pããããããta que o pariu se vai!!!!
Mas olhando para a cara de machão, de Jece Valadão, de Charles Bronson, do pastor na foto abaixo, quem diria que ele é chegado em chupar uma rola?
Mas olhando para a cara de machão, de Jece Valadão, de Charles Bronson, do pastor na foto abaixo, quem diria que ele é chegado em chupar uma rola?
E o Papa Francisco está certo, a frociaggine está solta pelo ar!
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