Assim
como eu, todos, ou quase todos, que estão a bater na porta da casa dos
60 anos, devem se lembrar da excelente novela exibida pela Rede Globo
(sim, a Globo já produziu excelentes novelas), Roque Santeiro, escrita
pelo genial Dias Gomes e tendo como protagonista feminina a atriz Regina
Duarte na pele da impagável Porcina, a Viúva de Roque Santeiro, título
que lhe conferia prestígio e privilégios junto aos habitantes da pequena
Asa Branca e junto a Sinhozinho Malta, coronelão das antigas
interpretado por Lima Duarte, por ter sido Roque, o suposto defunto, já
autor de milagres e declarado santo pelos locais, que morrera ao
defender a cidade do ataque do bandido Navalhada e ter posto o facínora a
correr junto com seu bando. Viúva de um mártir, portanto.
Porém,
Roque Santeiro, interpretado por José Wilker, não morrera porra
nenhuma. Picara a mula, isso sim, à invasão do bando. O corpo nunca foi
encontrado. Aproveitando-se do sumiço do santeiro, tudo foi uma história
armada pelos donos da cidade junto à Igreja Católica para transformar
Asa Branca em destino de romeiros e encher os bolsos paroquiais e os de
Sinhozinho Malta. Por isso, à boca pequena, a Viúva Porcina era chamada
de "a que foi sem nunca ter sido".
Agora,
parece-me que começamos a assistir ontem a tentativa de um remake de
Roque Santeiro, escrito mal e porcamente pelo PT e pela esquerdalha, com
uma produção da mais baixa categoria e trazendo como personagem central
não "a que foi sem nunca ter sido", mas sim "o que foi sem nunca ter
sido" : Jair Bolsonaro, o golpista que foi sem nunca ter sido.
Em
menos de 10 anos, Lula e o PT (com a coautoria e cumplicidade de todos
os jumentos que votaram no descondenado), pela segunda vez, tentam
aplicar o "golpe do golpe", para se eximirem de seus maus governos, de
seus maus-caracteres e, de quebra, desqualificarem os que lhes fazem
oposição. Acuse-os do que você faz, chame-os do que você é - já ensinou há tempos Lênin, um dos pais da esquerdalha.
Primeiro,
em 2016, com o impeachment totalmente legal, previsto em Constituição,
da pedaladora e anta Dilma Rousseff. E logo veio o "golpe do golpe" :
Dilma não pedalara, é a segunda alma mais honesta do Brasil, só perdendo
para Lula, Temer tramara contra ela nos bastidores e dera um golpe.
Temer, o Vampiro Brasileiro, enterrara a estaca da traição nas costas de
sua aliada política. Fora, Temer!!! Bradaram por um bom tempo os
petistas e os professores de história e sociologia do país,
esquecendo-se, afinal, maconheiros de carteirinha todos eles, que quem
votou em Dilma também votou em Temer, uma vez que vice da Louca do
Planalto.
Em 2018, a Universidade de Brasília, a UnB, instituiu a disciplina "O Golpe de 2016 e o Futuro da Democracia".
Em pouco tempo, outras doze universidades públicas, incluindo a outrora
valorosa USP, interessaram-se pelo componente curricular e o importaram
também para seus programas.
É a mentira, é a canalhice, é o duplipensar esquerdista sendo transformado em verdade oficial, em História. Valha-me São 1984!!!
E ontem, o início do segundo "golpe do golpe" : a denúncia da PGR contra Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe.
Com
a inflação mais galopante que os cavalos de João Baptista Figueiredo,
com os índices de desaprovação e de rejeição ao III Reich de Lula
subindo mais que pau de tarado e com a esquerdalha já a prever uma
possível e provável derrota do Seboso de Caetés em 2026 (ainda mais
agora que Trump desativou a Usaid), vem a tosca e desesperada tentativa :
"provar" que Bolsonaro tramou um golpe para impedir a posse de Lula.
"Provar" que Bolsonaro instituiria uma nova ditadura no país. "Provar"
que a democracia só tem futuro no Brasil se nas mãos de Lula. De novo :
acuse-os do que você faz...
No
primeiro "golpe do golpe", ainda que absurdo, pois previsto em
Constituição, Dilma caiu, foi derrubada, houve a deposição da
presidanta. Se legítima (como de fato foi) ou se golpe, pode-se dizer
que é uma questão de interpretação, de ponto de vista, de duplipensar.
Dilma caiu. É fato. E ainda bem.
E no corrente segundo "golpe do golpe"? Lula foi impedido de assumir? Não. Infelizmente, não.
Ah,
mas e o 8 de janeiro? Pois pergunto de volta : aqueles idosos armados,
se muito, de cortadores de unha e agulhas de crochê? Tás brincando! Não
que sejam inocentes, cometeram atos de vandalismo, e por estes, e só por
estes, deveriam ser julgados e punidos, não por tentativa de golpe e
atentado contra o Estado Democrático.
No
primeiro "golpe do golpe", Michel Temer, o suposto golpista, de fato
assumiu o poder, ocupou o trono de Dilma Rousseff. E neste corrente
segundo "golpe do golpe"? Cadê Bolsonaro a envergar a faixa presidencial
e a gastar milhões e mais milhões de reais com viagens de sua curriola e
com o mobiliário do Palácio do Planalto? Cadê Bolsonaro presidente?
E
a tal denúncia é tão inconsistente, a suposta tentativa de golpe é tão
suposta, que, ao longo das 884 páginas do relatório final da Polícia
Federal do "inquérito do golpe, ocorre o uso de 207 expressões
condicionantes como "possível", "suposto", hipotética", "teria" etc.
"Teria"
ou "teriam", usadas quando não se tem certeza ou provas do que se fala,
aparecem 107 vezes nas páginas do inquérito. "Possibilidade" aparece 47
vezes; "hipótese" ou "hipotética", 25 vezes; "suposta", "suposto" ou
"supostamente", também 25 vezes; "parece que" ou "ao que parece", 3
vezes.
Curiosamente,
num inquérito que pretende condenar Bolsonaro por tentativa de golpe,
por querer reinstaurar uma ditadura de direita no Brasil, a palavra
"ditadura" só aparece uma vez. Referindo-se à "ditadura do Judiciário".
É muito "suposto", é muita "hipótese" para pouco golpe. É muita "possibilidade", é muito "teriam" para provar alguma coisa.
Mas
Lula e o PT não precisam provar nada. Não em um Estado com o Judiciário
totalmente aparelhado e a serviço da esquerdalha. Menos ainda em uma
nação de jumenteleitores semiletrados e com QI de 83, de Joões Bobos de
Lula.
Que o Deus em que ele acredita, ajude Bolsonaro.
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