segunda-feira, 2 de abril de 2012

A Dita Dura Brasileira

No aniversário de 48 anos do golpe de 1964, que deu origem a uma ditadura que durou mais de 20 anos no país, o oficial Sergio Sparta escreve um artigo levantando questões sobre a necessidade da ação militar na época e sobre o que ele classifica como benefícios do regime implantado. 
A dita dura brasileira, por Sergio Sparta*
A esquerda é persistente em acusar o período de 1964 a 1985 de ditadura militar ou anos de chumbo. Será que foi? Que razões levaram os militares a assumir a direção da nação? São questionamentos que devem ser considerados, pois os fatos e principalmente os fatos políticos são reflexos do momento em que vivemos.
Era o período do marxismo-leninismo, a doutrina esquerdista “da moda” (que não deu certo em nenhum lugar do mundo), que não media consequências (promoveu o genocídio de mais de 100 milhões de pessoas, fora as prisões e trabalhos forçados) para conquistar e subordinar povos, à força, na intenção de internacionalizar a sua doutrina.
O Brasil, por suas características geográficas excepcionais, população considerável e fragilidade econômica e política, foi alvo da cobiça comunista/socialista. Aqui aportaram – na década de 1920 – e insuflaram pessoas a aderirem as suas ideias. Subvertendo a ordem ao desrespeitar os poderes constituídos e as autoridades e praticar o terrorismo (atentados, sequestros, roubos, assassinatos...) como ação inibidora, criavam as condições para a implantação da sua ideologia, que se resume na direção centralizada através de um partido único – o Partido Comunista – na restrição das liberdades individuais e no controle da economia, da imprensa e das mentes.
A situação em 64 tornou-se crítica. As Forças Armadas foram chamadas e, como sempre, não se omitiram. Assumiram o poder, sem confrontos ou mortes e respaldadas pelo poder civil, para impedir a assunção da nefasta esquerda e preservar, dentro das circunstâncias, a tranquilidade nacional.
O período dos presidentes militares foi um período de regime político forte, que procurou restabelecer com o mínimo de sacrifício as melhores condições para a conscientização da cidadania e a plena liberdade democrática, objetivos permanentemente antagonizados pela esquerda.
Ao mesmo tempo criou a infraestrutura necessária ao progresso, o qual alcançou com ordem – passamos de 46ª para oitava economia do mundo. Gerou condições de acesso a benefícios sociais, sem populismo. Rompeu acordos, fomentou e criou empresas de interesse nacional. Expandiu a soberania do mar territorial a 200 milhas. Implantou projetos como Itaipu, Tucuruí, Carajás, Transamazônica, Mobral, Embraer, Funrural, FGTS, INPS, PIS/Pasep, polos petroquímicos, Banco Central, BNH, Estatuto da Terra, Nuclebrás, Telebrás, Embratel, Metrôs, Ponte Rio-Niterói e promoveu a abertura política e a reconciliação.
E os “presidentes ditadores”? Ao término de seus mandatos, retiraram-se da vida política levando consigo apenas os bens que construí- ram ao longo da sua carreira profissional e a satisfação do dever cumprido. Verdadeiros cidadãos e estadistas.
Fonte : Zero Hora

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