terça-feira, 28 de maio de 2024

Papa Francisco Quer Instituir o Teste Vocacional da Farinha (Ou : è tutto frocio!)

Pedofilia no desjejum, efebos glabros de agências de prostituição masculina no almoço, eclesiásticas orgias à ceia noturna. Eis o cardápio, o menu gourmet rotineiro do Vaticano, o arroz com feijão dos homens de Cristo. 
Contrapondo-se ao porra louquíssima Tim Maia, no Vaticano só vale é dançar homem com homem. A bem seguir e honrar a vida de Cristo, que só andava com macho em seus calcanhares. Maria Madalena, se muito, era um tipo de empregada da comitiva do Nazareno. Cozinhava, lavava e passava as túnicas dos apóstolos e catava piolhos dos hippies da Galileia.

E sempre foi assim, o Vaticano. Tenho cá pra mim, que foi isso que levou Bento XVI, nazistão e macho das antigas, a renunciar ao Trono de Pedro, por se sentir incapaz de lidar e pôr fim aos recorrentes escândalos sexuais dentro da Igreja. Preferiu lavar as mãos.

Tenho cá pra mim, também, que a Igreja Católica foi fundada por nobres bem nutridos, corados e roliços feito leitões, para lhes ser um refúgio seguro, um lugar onde pudessem morder a fronha e beijar pra trás longe dos olhos da sociedade. Uma maçonaria das loucas.

Bem, sai Bento XVI e entra Jorge Bergoglio, o Francisco I. Argentino, milongueiro e comunista. Sob quem recaem suspeitas e profecias de que seja o Papa Negro, ou o Papa do Fim do Mundo. Negro não na pele, mas na vestimenta, pois jesuíta, ordem que se traja de batinas pretas. Do Fim do Mundo, não por ser o último Papa antes do Apocalipse ou da queda final da Igreja Católica, mas por ter nascido na Argentina, que fica bem no fim do mundo, é só olhar o mapa-múndi.
 
Entra Francisco I com uma milonga mais progressista, pero no mucho. Francisco I dá uma esperança à comunidade LGBT de um dia ser aceita em seus quadros, coloca uma cenoura do Mario Gomes pendurada numa vara à frente da carroça para servir de promessa aos alegres fiéis. Numa vara longa, grossa, cheia de veias, cabeçote roxo.
 
E assim, desde o início de seu pontificado, católico e vermelho que é, Francisco I vinha tentando, por um lado, rezar a cartilha da Igreja e, por outro, a do "comunismo cristão", muito sendo cobrado e até pressionado a respeito das tais pautas progressistas. Sendo quase que coagido a afrouxar um tanto os preceitos da Igreja e permitir a inclusão de homossexuais em suas hostes sagradas; coação velada, creio eu, vinda tanto da parte leiga da população quanto - e mais ainda - da parte clerical enrustida.
 
Mais escorregadio que lambari ensaboado e mais liso que meu pau besuntado de creme rinse, assim caminhava Francisco I, a acender um círio para Deus e outro para o Diabo em relação a essa delicada questão - e bota delicada nisso, delicadíssima. De discurso em discurso, de dubiedade em dubiedade, de duplipensar em duplipensar, Francisco I vinha conduzindo a Igreja a uma postura mais acolhedora em relação aos fiéis LGBT. Só para, na verdade, deixá-la no mesmo lugar. Mudar para deixar tudo como sempre esteve.
 
Francisco I seguia batendo e assoprando. No ano passado, autorizou a bênção a casais de mesmo sexo, mas não a consagração do matrimônio. Disse também que se uma pessoa gay busca Deus e tem boa vontade, quem é ele para julgá-la? Não julgar está longe de ser a mesma coisa que aceitar, que admiti-la em seu rebanho. Disse ainda que homossexualidade não é crime, mas é pecado. Passível de perdão, desde que o pecador se arrependa sinceramente.
E assim vinha Francisco, a se equilibrar nessa corda bamba sobre a cova dos leões e das gazelas.
Vinha... seguia...caminhava...
 
Agora, esse flerte platônico, esse nem caga nem desocupa a moita do Papa com os LGBTs acabou de vez. A relação foi pro vinagre. O Papa pode até ser um homem santo, mas os santos também tem limitada paciência.
No último dia 20, em reunião a portas e a pregas fechadas, o Papa se reuniu com 200 bispos italianos para exigir deles mais cautela e atenção na admissão de novos seminaristas, bem como na ordenação de novos padres. Apelou para uma seleção mais rigorosa no ingresso aos seminários. Frisou que não sejam mais aceitos padres "abertamente gays", padres que deem a maior pinta. E tem jeito de ser "fechadamente" gay?
Justificou-se : já tem viadagem demais nos seminários.

E se o Papa falou que tem muita bichice nos seminários é porque tem muita bichice nos seminários. O Papa possui o dom da Infalibilidade, conferido-lhe pelo próprio Espírito Santo. O Papa falou, tá falado.
 
O Papa se valeu do termo frociaggine, considerado ofensivo pelos sensíveis LGBTs, e que, traduzido do italiano, significa viadagem, bichice. Muita bichice nos seminários, disse o Papa.
Claro, choveram acusações de homofobia para cima do Papa. As bibas italianas e do mundo inteiro estão beges de indignação, morrendo de catapora, querendo cancelar Francisco I. Mas o Papa está tranquilo : o que o Espírito Santo elegeu, as bibas não cancelam.
 
A fala do Papa causou surpresa e consternação também entre os 200 bispos que o ouviam, os quais reagiram com risinhos de incredulidade, risinhos amarelos. Ficaram ressabiados, os bispos. Sentiram-se meio que pegos no pulo, como que se descobertos e flagrados com a boca na botija. Trocavam olhares entre si e se perguntavam em silêncio, telepaticamente, será que Vossa Santidade está falando de mim? Todos os duzentos.
 
Um dos bispos tentou aliviar a barra do Papa, disse que Francisco I usara o termo de maneira inadvertida, sem ter a real noção de sua conotação pejorativa, uma vez que o italiano não é a língua materna do Pontífice.
 
Muitos creem que essa fala do Papa é uma retaliação a uma reunião de bispos ocorrida na cidade italiana de Assis, na qual se cogitou lavrar um documento que permitia a admissão de homossexuais declarados nos seminários, desde que eles garantissem o respeito aos votos de castidade e de celibato, como os padres heterossexuais.
 
Desde 2005, o Vaticano tem uma orientação expressa que impede a admissão de quem pratica ou tenha "tendências homossexuais profundamente arraigadas". Para ser aceito, o candidato tem de mostrar que superou essa tendência, que traz a cabresto e amordaçado o seu tesão na argola, e que já está em detox de pica há pelo menos três anos.
 
Pããããããta que o pariu!!!!
Como verificar a veracidade da declaração do candidato "arrependido"?
 
Corre à boca pequena, pelos corredores e catacumbas do Vaticano, que o Papa está pensando em instituir o Teste Vocacional da Farinha, que consiste em antigo, simples e infalível teste diagnóstico de viadagem. 
 
Numa bacia, coloca-se farinha de trigo o suficiente para uma camada de uns 10 cm de altura e se ordena que o candidato a seminarista se sente. Se ele se sentar meio a contragosto, é bom sinal, mas caso corra a se sentar todo esfuziante, nem precisa fazer o teste. Tá reprovado. 
 
Ao sentar-se na farinha, o aspirante a padre imprime as "digitais" de suas pregas, produzindo um molde farináceo; produzindo, em muitos casos, provas contra si próprio. O número de pregas decalcado na farinha não pode nunca ser inferior ao número de dentes da tampinha de uma garrafa de cerveja, 21 dentes, de acordo com o padrão alemão DIN6099.
 
Apresentando as 21 ou mais pregas, o candidato é aprovado no vestibular para a Universidade de Deus; menos que 21 pregas, leva pau. E sai todo felizinho. E promete voltar no próximo ano.
Hoje em dia, no entanto, o candidato pode falsear o teste vocacional da farinha. Com o avanço das cirurgias plásticas reparadoras, o cara faz uma plástica no toba e fica zero bala.
 
Caso o teste vocacional da farinha seja inconclusivo e para que a justiça divina não seja negada aos candidatos, deixo a sugestão de mais três testes complementares.
 
1) O teste graduado na escala Tony Ramos de pilosidade. Se o candidato tiver pelos nas pernas, no peito, nos sovacos, no saco e no cu, é um bom sinal; se for todo depiladinho a laser e cera quente, tá reprovado;
 
2) O teste graduado na escala Ney Matogrosso de rebolado e remelexo. Que se ponham a tocar músicas da Madonna, da Britney Spears e do Pablo Vittar. Se o candidato permanecer estóico, parado feito um dois de paus, recebe a batina; se sair a requebrar mais que o Sidney Magal, tá reprovado.
 
3) O teste graduado na escala Azarão de cervejas. Que o candidato seja posto frente a uma mesa com os mais variados rótulos e tipos de cerveja. Caso o noviço opte por uma Glacial, uma Lokal, uma Schincariol, uma Crystal, uma Belco, passou com honras e méritos. Escolheu lá uma artesanal frutada, amadeirada, sabendo a especiarias e com retrogosto de nabo, tá reprovado. Sem direito até de ficar na lista de espera, impedido até de usar a nota do Enem.
 
Pãããããta que o pariu!!!!


em tempo e tentando falar um pouco sério : não entendo o porquê dos homossexuais ainda insistirem tanto em fazer parte de uma igreja e de uma doutrina que, claramente, os desprezam e os hostilizam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário